A reportagem publicada pelo Jornal da Gente, em 6 de agosto, relatando problemas no atendimento no Pronto-Socorro Municipal João Catarin Mezono (Pronto-Socorro da Lapa), na Avenida Queiroz Filho, repercutiu na comunidade. Como contraponto a essa matéria, os responsáveis pela administração do PS enviaram à redação uma longa carta abordando alguns aspectos funcionais e administrativos. Segundo a Autarquia Hospitalar Municipal Regional, entidade responsável pelo PS Lapa, o local possui todos os equipamentos básicos para o atendimento à população, inclusive 11 medidores de pressão, quantidade considerada adequada à demanda. Com relação à questão dos leitos, os administradores afirmam que a quantidade oferecida atende perfeitamente à demanda e, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não é obrigatória em Pronto-Socorros, de acordo com a legislação.
Quanto à acomodação de pacientes com tuberculose, os administradores explicam que esse tipo de doença não implica em isolamento obrigatório para todos os casos . “Caso haja indicação médica de isolamento, esta providência é imediatamente tomada”.
Ainda, segundo a Autarquia, o Pronto Socorro da Lapa possui dois contratos distintos para serviços de remoção através de ambulância, ambos licitados. A carta encaminhada ao jornal esclarece que “o primeiro diz respeito a uma ambulância fixa e custa R$ 20 mil mensais, não tendo limite de quilometragem ou número de saídas. O segundo é referente a serviço de remoção para atendimento através de chamados com custo diferenciado para distâncias acima de 30 quilômetros”.
A Autarquia nega que Pronto Socorro da Lapa tenha problemas com a falta de iluminação, mas admite que “a área externa é extensa e arborizada, o que acarreta, às vezes, um prejuízo à iluminação completa deste local”. Segundo a administração do PS “um novo projeto de iluminação está sendo elaborado”, além de já ter sido providenciada a poda de galhos de algumas árvores. A Autarquia informa, também, que existe “uma empresa contratada, através de licitação, e que disponibiliza um corpo adequado de seguranças”.
Promessas
A nossa equipe de reportagem voltou ao Pronto Socorro Lapa no dia15 de agosto e foi recebida pelo diretor do PS Joaquim de Paula Ribeiro Júnior, que assumiu o cargo no início deste mês. Confirmamos a existência de 11 medidores em uso e outros dois em manutenção. Após a primeira reportagem publicada por este jornal, a direção do Pronto Socorro Lapa, de fato, providenciou a poda de árvores, que encobriam as luminárias existentes no pátio externo do PS. O diretor reconheceu a existência de lâmpadas queimadas nessas luminárias. “Não temos isse ítem em estoque. A compra é feita mediante licitação, o que já está sendo providenciado”, afirma Joaquim Ribeiro.
Segundo ele, existem 27 leitos, número considerado satisfatório. “Não somos um hospital, mas uma unidade de Pronto-Atendimento, onde é grande a rotatividade de ocupação dos leitos”.
Com relação à segurança do local, o diretor explicou que existem dois vigias e dois porteiros, num revezamento de turno de 12 horas. Joaquim Ribeiro Júnior disse estar ciente dos problemas de violência nas imediações do Pronto-Socorro, com marginais pulando o muro do cemitério, à noite, para assaltar pessoas nos pontos de ônibus. “Vamos dialogar com a Guarda Civil e PM para tentar solucionar este caso”, afirma o diretor do PS Lapa. Quanto ao contato do corpo de funcionários e médicos com a população, Ribeiro Júnior promete uma gestão onde essa interface privilegie o diálogo e a humanização do atendimento.