Comunidade luta pela extensão de avenida

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

O problema de trânsito que ocorre na Pompéia, Perdizes até a Lapa fez com que moradores se mobilizassem para buscar alternativas na região. Uma antiga reivindicação é a extensão da Avenida Auro Soares de Moura Andrade – que começa na Avenida Pacaembu, passa em frente ao Terminal Barra Funda e vai até embaixo do Viaduto Antártica. Pela Operação Urbana Água Branca, essa avenida está projetada para ir até a Rua Carijós, próximo à Santa Marina. As Operações Urbanas nasceram na gestão do prefeito Celso Pita (1997-2000) para melhorar urbanisticamente grandes áreas da cidade de São Paulo.
A Construtora Ricci, por um contrato com a Operação Urbana, deveria construir 13 edifícios comerciais na Avenida Francisco Matarazzo e dar como contrapartidas (pagamento por construção acima do permitido ). Entre os 13 itens da Operação Urbana Água Branca, está estabelecida a extensão da Avenida Auro Soares. A medida facilitaria o escoamento do trânsito pesado da Francisco Matarazzo, congestionada nos horários de pico.
Porém, a Ricci não cumpriu o contrato, construiu apenas cinco edifícios e não pagou as contrapartidas sem fiscalização. Segundo a diretora do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa e Adjacências (Consabs), Maria Antonieta de Lima e Silva, o tráfego na região aumentou demais com a inauguração da Uninove, que conta hoje com 27 mil alunos, dos quais metade tem carros, provocando os inúmeros estacionamentos lotados no entorno da universidade, principalmente no horário de pico.
No sentido centro bairro da Avenida Auro Soares de Moura Andrade tem nove metros de leito viário, somam-se a isso mais nove metros da Rua Júlio Gonzales e outros nove metros (sentido inverso) da Auro Soares, em frente aos prédios da Ricci. Isto perfaz 27 metros de leito viário que se afunila em apenas 12 metros, cujos veículos demandam da Lapa, Sumaré, Perdizes, Pompéia.
Nos horários de pico, com o acúmulo dos carros vindos da Uninove, o elevado Costa e Silva (Minhoção) fica congestionado até o bairro de Santa Cecília.
Maria Antonieta alega que a Uninove deveria ter feito um estudo de impacto ambiental e urbano antes de erguer um complexo de aproximadamente 20 mil metros quadrados, pelos quais não pagou absolutamente nada de contrapartida. “Uma construção de tal porte na região trouxe todos os tipos de problemas, não só o pior que é o de transito como dos camelôs, barraquinhas de comida, sujeira, ratos e baratas na Rua Adolfo Pinto, que virou uma verdadeira feira”, reclama a moradora da Pompéia.
Segundo a diretora do Consabs, os transtornos trazidos por falta de infra-estrutura cabe a Uninove pagar em obras para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o que viria sanar um pouco o desajuste trazidos a vários bairros. O presidente do Consabs, José Benedito Morelli, o Boneli, luta para melhorar o transito da região. A conclusão dos encontros entre moradores e o Consabs destacou um projeto da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana (Siurb) e Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) para a ampliação das pistas viárias embaixo do Viaduto Antártica numa área municipal, a fim de escoar o trafego mais rapidamente para os bairros.
Como medida de emergência, a CET estuda inverter a direção da Rua Germaine Bouchard que iria da Avenida Auro Soares Moura Andrade em sentido a Rua Turiaçu, escoando melhor o trânsito para Perdizes, e desafogando o nó de embaixo do viaduto Antártica. “Estive com o novo diretor da CET –Lapa, Roberto Tatsuo Kyono, para expor nossas necessidades. Acredito que ele é capaz de ajudar muito os nossos problemas”, disse Maria Antonieta, ressaltando que o projeto da Siurb atende bem a demanda local, pois evitaria grandes voltas e acúmulo de trânsito na Praça Marrey Junior para se chegar a Perdizes e Pompéia.

Foto: José de Oliveira Jr.

Legenda : Av.Auro Soares de Moura Andrade

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Comunidade luta pela extensão de avenida

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

O problema de trânsito que ocorre na Pompéia até a Lapa fez com que os moradores se mobilizassem para buscar alternativas na região. Uma antiga reivindicação é a extensão da Avenida Auro Soares de Moura Andrade, que começa na Avenida Pacaembu e desemboca na Avenida Francisco Matarazzo. Pela Operação Urbana Água Branca, a avenida está projetada para ir até a Rua Carijós (travessa da Rua Guaicurus). As Operações Urbanas nasceram na gestão do prefeito Celso Pitta (1997-2000) para melhorar urbanisticamente grandes áreas na cidade, como na Água Branca.
A Construtora Ricci construiu cinco arranha-céus acima do permitido pelo zoneamento. Em troca, a empresa complementaria a Auro Soares de Moura Andrade, com o objetivo de escoar o trânsito da região, principalmente a Francisco Matarazzo, hoje saturada pelos constantes congestionamentos.
Segundo a diretora jurídica do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), Maria Antonieta de Lima e Silva, o tráfego de veículos aumentou muito com a inauguração da Uninove, que conta com cerca de 27 mil alunos e provocou o trânsito de mais 15 mil carros nos horários de pico.
De acordo com a advogada, a Auro Soares de Moura Andrade começa na Pacaembu, com nove metros em cada uma das suas duas pistas. “Quando chega até embaixo do Viaduto Antártica, todos os carros viram com destino à Sumaré ou ao bairro da Lapa. Nos horários críticos, até o elevado Costa e Silva (Minhocão) fica congestionado”, reclama a moradora da Pompéia.
Maria Antonieta disse que a Uninove deveria ter feito um estudo de impacto ambiental e urbano antes de erguer um complexo com aproximadamente 20 mil metros quadrados. “Como não o fez, reivindicamos que a universidade pague em obras o complemento da avenida até a Lapa, diminuindo o problema de trânsito no bairro”, disse.
O presidente do Consabs, José Benedito Morelli, o Boneli, também luta para melhorar o trânsito da região. O objetivo é abrir mais duas pistas embaixo do Viaduto Antártica para escoar o tráfego de veículos. “Estamos estudando junto com a Emurb para investir nas duas pistas. Uma iria para a Avenida Francisco Matarazzo e outra seguiria para a Avenida Sumaré, amenizando o problema até o complemento da Auro Soares de Moura Andrade”, disse.
Como medida paliativa, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estuda inverter a direção da Rua Germaine Buchard, que começaria na Avenida Francisco Matarazzo num único sentido até a Rua Turiaçu. Antonieta – que esteve com o novo gerente de Engenharia de Tráfego da CET (que organiza o trânsito na região), Roberto Tatsuo Kyono – afirmou que esta medida atenderia os moradores daquela localidade, que não precisariam dar uma volta na Praça Marrey Júnior, na Sumaré, para seguirem até Perdizes.

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