José de Oliveira Jr. Repórter
Se depender do superintendente da Autarquia Central, que gerencia o Pronto-Socorro da Lapa, o estoque de medicamentos necessários ao atendimento da população deve se normalizar ainda neste mês. O doutor Massayuki Yamata disse que em abril houve um aumento da demanda, surpreendendo a Autarquia Central. Foram 16 mil atendimentos registrados pelo PS da Lapa no mês passado. A maioria dos assistidos se concentrou no horário entre 8 e 20h.
Entretanto, a falta de remédios não é o único problema do local. Existe deficiência de infra-estrutura, como cadeira de rodas e macas, que não se encontram em condições de uso. Segundo Yamata, não há recursos suficientes para o investimento nos materiais permanentes, pois apenas 10% do orçamento destinado à Autarquia Central – que ainda administra outros sete prontos-socorros e hospitais – são aplicados nestes equipamentos. Cerca de 60% são gastos na folha de pagamento e 30% na contratação de serviços terceirizados (como segurança, limpeza, alimentação e remoção em ambulâncias).
“Embora tenhamos muita dificuldade, acreditamos que neste semestre, poderemos adquirir os materiais permanentes necessários”, garantiu Yamata, que, em reunião com membros da comunidade lapeana, na última terça-feira, reconheceu as dificuldades, rechaçando, porém, a idéia de que exista um descaso com o atendimento público prestado pelo PS da Lapa. De acordo com o superintendente, os 168 profissionais de saúde do PS da Lapa – entre médicos nas áreas de Ortopedia, Psiquiatria, Clínica Cirúrgica e Pediatria, Clínica Médica – os dentistas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem são “muito dedicados”.