O samba da Império Lapeano

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Porta-bandeira e mestre-sala da Império Lapeano: em busca de um título

A Escola de Samba Império Lapeano vai contar um pouco da História do bairro no Carnaval do ano que vem, dedicado aos 450 anos da cidade de São Paulo. Com 13 alas e três carros alegóricos, os cerca de mil integrantes da Império entrarão na passarela na segunda-feira, dia 23 de fevereiro, cantando “Lapa – Passagem Obrigatória na História da Cidade de São Paulo”.
O primeiro abre alas será o “símbolo da História”, com os imigrantes que povoaram a região. No ritmo do samba, a escola contará a olaria e as primeiras construções do bairro. Crianças vestidas de tropeiros mostrarão o aspecto rural da Lapa antiga. O primeiro carro alegórico, chamado “O Morto Procurando sua Cova”, significa a reivindicação da população pelo Cemitério das Goiabeiras no início do século 20. A bateria prestará uma homenagem à Corporação Musical Operária da Lapa. Também será revelado ao público os antigos carnavais do bairro, com pierrô e colombina.
Outras alas da escola mostrarão o piquenique, futebol, vinho, a ferrovia e o comércio na Doze de Outubro. Haverá alas da Estação Ciência e também do Tendal da Lapa. Ainda serão lembrados o Mercado da Lapa e o Colégio Santo Ivo. O último carro alegórico será uma homenagem à indústria.
Segundo a presidenta da Império Lapeano, Luiza Fonseca, a pesquisa do enredo ficou por conta de Gelson Coelho. A letra é de Zé Gomes, Daniel, Carlos Jr. e Denny Gomes. O interpréte da escola é o Marcelo.

Lapa – Passagem Obrigatória na História da Cidade de São Paulo

Lá vem minha Império tão querida
A Lapa hoje é nossa capital
Vermelho, verde e branco na avenida
É samba, meu amor, é Carnaval

Nasceu como Fazendinha, assim o padre batizou
Mão-de-obra não havia, o jesuíta se cansou
Trocou então a sesmaria, pra Baixada se mudou
Era Via dos Tropeiros, só vinhedos, olarias
Até chegar a Ferrovia
Vem com ela o europeu
E nos trilhos do progresso
Nosso bairro floresceu

Ô Ô São Paulo a tua História
A cidade vem cantar
A Lapa é passagem obrigatória
Minha Império vai passar

Que saudade de Pierrô e Colombina
No desfiles sem igual
Dos bondes, da brilhantina
Da várzea aos domingos, que legal!

Na “12” o comércio até hoje
Velho Mercado, as Estações do lado
Indústria, operários, correria
Lá vem o trem pra estação da fantasia
Vem viajar, esquecer toda a rotina
Quero sambar e descer na Leopoldina

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