Em entrevista ao Jornal da Gente, o novo presidente da Ceagesp, Antonio Carlos do Amaral Filho, reconhece a necessidade de modernização do sistema de abastecimento do entreposto, mas que seria “loucura” transferir uma operação de mais de R$ 2 bilhões (do entreposto ligado ao governo federal) por ano para a iniciativa privada. “É necessário analisar os envolvidos e entender esses conceitos para montar uma estratégia de crescimento. O problema hoje não é sair ou ficar, é que nós estamos com o crescimento estagnado por absoluta falta de espaço, então nós precisamos crescer”.
Sobre a reportagem intitulada “Futuro da Ceagesp opõe prefeitura a União”, publicada na Folha de S. Paulo, caderno Cotidiano dia14, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) esclarece que as declarações do presidente Antonio Carlos do Amaral Filho não ficaram claras quando foi dito que não compete a ele, como presidente da Companhia, tomar qualquer decisão de mudança (da Ceagesp), ou se contrapor aos poderes constituídos. Seu papel como principal gestor da CEAGESP será o de cumprir e administrar o que for decidido a respeito da questão, mas que uma decisão de tamanha importância, que tem reflexos na cadeia alimentar de frutas, legumes, verduras e pescados não só do Estado de São Paulo, como de todo o Brasil – todos os envolvidos no processo, como consumidores, atacadistas, produtores e permissionários devem ser consultados apropriadamente.
Segundo matéria publicada no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo de sexta-feira (15), o ministro Blairo Maggi afirmou que dará prosseguimento a proposta de levar a Ceagesp da Vila Leopoldina como defende o prefeito Haddad.
Posição da NESP
O consultor do grupo de empresários que formam a empresa NESP (Novo Entreposto de São Paulo), João Crestana informa que a implantação do Novo Entreposto de São Paulo (NESP) no bairro de Perus não depende de uma desativação da Ceagesp ou de autorização da União. O projeto privado não se vincula à desativação ou não do velho entreposto de Vila Leopoldina. “Trata-se de tema exclusivo de diálogo e entendimento entre a União, que é dona da Ceagesp, e o município”, explica João Crestana. A nota ressalta que o NESP é um empreendimento privado, a ser construído em área particular (em Perus). No entanto, os produtores e comerciantes de alimentos idealizadores do empreendimento lembram que o projeto atende às diretrizes do Plano Diretor do Município de São Paulo, conforme foi enfatizado pelo prefeito Fernando Haddad ao receber ontem (13) a Manifestação de Interesse Privado (MIP) relativa à edificação em Zona de Ocupação Especial (ZOE).
Gostaria de saber se foram feitas pesquisas com a população que frequenta o CEAGESP sobre essa mudança. A quem realmente interessa que o CEAGESP , que passou por uma reforma grande no piso onde são realizadas as feiras de flores e os varejões aos finais de semana, ? E as opiniões do pessoal dos BOXES, fornecedores, vendedores, plantadores, em fim, o pessoal que traz, leva e comercializam os produtos, eles querem essa mudança? ou mmelhor, é boa para eles ??? E se tratando de um prefeito que hoje tem a pior aceitação da cidade de SP, não vejo nada de bom que ele possa fazer agora no fim de seu mandato.
Um boa reforma e modernização seria mais prudente hoje.