Para secretário saída da Ceagesp da Leopoldina é vital

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Secretário João Carlos Meirelles

O secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles lembrou que a discussão sobre a saída da Ceagesp da Vila Leopoldina é antiga, durante a abertura da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow 2017, dia 1º de maio, em Ribeirão Preto. Meirelles foi secretário de Agricultura do Estado entre 1998 e 2002. “(A questão da Ceagesp) É um estudo que começou tem mais de 15 anos quando eu estava como secretário de Agricultura. Fiz todo um projeto para a transferência da Ceagesp para o Rodoanel, onde tínhamos uma área, mas depois não houve sequência. Isso foi no final do governo Fernando Henrique, já no governo do Lula (o projeto) não se viabilizou”, revela o ex-secretário de Agricultura (governo Mário Covas/Geraldo Alckmin).

Projeto premiado – O projeto foi concluído em 2002. “O projeto ganhou um prêmio na Bienal de Arquitetura – era para ser no Rodoanel Mário Covas e depois virou uma área de preservação porque fizemos um parque no local. Essa área está descartada, mas há outros espaços que o setor privado traz para essa discussão”.

Segundo ele, uma série de estudos estão sendo feitos para mostrar a inviabilidade do modelo atual da Ceagesp. “É o maior entreposto do Hemisfério Sul, entretanto os entrepostos modernos são sobretudo eletrônicos – onde o produto não precisa ir de Ribeirão Preto para São Paulo, para de São Paulo voltar para Franca, como está acontecendo hoje na Ceagesp. Então esses modelos mais modernos com comércio eletrônico já estão engendrados por grupos privados que hoje estão propondo fazer um novo Ceagesp fora dali”, declara.

A mudança ou permanência da Ceagesp na Vila Leopoldina é de responsabilidade do governo federal, proprietário da área. “Logicamente o município está bastante interessado e o (governo do) Estado de São Paulo super interessado por conta de ter um grande centro de abastecimento para a região metropolitana. O que acontece é que uma parte das verduras que se consome em Manaus hoje saem do Ceagesp de São Paulo”.

Investimentos de interessados – O ex-titular da Agricultura acredita que o novo modelo tende a ser privado com o investimento dos próprias interessados. “No modelo que eu havia feito, uma parte dos investimentos ia ser feito pelos bancos, que tem todo interesse em ter agências para fazer um movimento brutal que tem a Ceagesp, os distribuidores de veículos, de caminhões e também os postos de combustíveis. Enfim, os fornecedores de serviços que sustentam um negócio desse tipo, como se faz modernamente (em outros países)”.Para o político, a mudança da Ceagesp passa a ser um negócio vital para São Paulo.

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