Sorocabana pode ser nomeado em homenagem a médico

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Foto: Divulgação/ALESP

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Carlos Neder morreu aos 67 anos em decorrência da Covid-19 em setembro de 2021

Está em tramitação na Câmara Municipal o Projeto de Lei (PL) 872/2021 de autoria dos vereadores Juliana Cardoso, Arselino Tatto, Jair Tatto, Eduardo Suplicy, Alessandro Guedes, Antonio Donato, Alfredinho e Senival Moura que altera a denominação do Hospital Sorocabana, localizado na Rua Faustolo, para Hospital Sorocabana – Doutor Carlos Neder. Ele foi o autor do requerimento para a instalação de CPIs para apurar o fechamento do Hospital Sorocabana e irregularidades nos contratos entre o Poder Público e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra várias unidades hospitalares, tanto estaduais quanto municipais.

Nascido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Carlos Neder veio para São Paulo na década de 70, onde se formou na Faculdade de Medicina da USP. Se envolveu com movimentos populares de saúde e participou das lutas pela redemocratização do país durante a ditadura militar. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e convidado pela prefeita Luiza Erundina para ser seu chefe de gabinete (1989-1990) e secretário de saúde (1990-1992).

Foi eleito vereador pela primeira vez em 1996 e exerceu quatro mandatos na Câmara Municipal. Em 2005, assumiu o cargo de deputado estadual, na condição de suplente, sendo reeleito posteriormente. Atuou no legislativo municipal e estadual como fiscalizador do Executivo em casos e denúncias históricas como o da compra de frango superfaturado (Frangogate), de funcionários fantasmas, leve-leite, PAS, Santas Casas, Planos Privados de Saúde e, mais recentemente, na CPI das Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Também foi autor de inúmeros requerimentos e representações ao Tribunais de Contas, Ministérios Públicos e Poder Judiciário para investigar irregularidades. Foi coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no Estado de São Paulo e dos Institutos de Pesquisa e Fundações Públicas. Entre os assuntos pelos quais também trabalhou estão a preservação do meio ambiente, alimentação saudável e combate ao uso de agrotóxicos. Apresentou mais de 100 projetos em diversas áreas de políticas públicas como saúde, educação, ciência e tecnologia, reforma agrária, direitos dos servidores, transparência e controle público.

Entre as leis de sua autoria se destacam as dos conselhos gestores da saúde, dos CEUs e dos parques municipais, dos direitos dos usuários do SUS e acolhimento nas unidades de saúde, incentivo ao aleitamento materno, a criação do Banco do Povo para oferecer crédito para pequenos empreendedores, entre outras.

Carlos Neder morreu aos 67 anos em decorrência da Covid-19 em setembro de 2021.

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