Água Branca ganha Museu das Culturas Indígenas

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Unidade tem como premissa o protagonismo dos diversos povos originários

Na quarta-feira (29) foi inaugurado o Museu das Culturas Indígenas (MCI), no Complexo Baby Barione, ao lado do Parque da Água da Branca. A unidade é a primeira a ser criada e conduzida por indígenas, tendo como premissa a participação e o protagonismo dos diversos povos e comunidades por meio do Conselho Indígena Aty Mirim. A gestão será compartilhada entre a Organização Social de Cultura ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), e o Instituto Maracá, entidade que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O novo museu tem sete andares, com 200 m² cada, totalizando 1.400 m² de área total. Haverá espaço para exposições de longa e curta duração, centros de pesquisa e referência, auditório, administrativo e reserva técnica. O investimento realizado pelo governo de São Paulo para a criação do museu foi de R$ 14 milhões.

Governo do Estado de SP
Rodrigo Garcia e Ricardo Nunes participaram da inauguração

Durante todo o mês de julho a entrada para as exposições será gratuita e os ingressos devem ser reservados através do site (http://museudasculturasindigenas.org.br). A curadoria dos artistas e obras será de Tamikuã Txihi, Denilson Baniwa e Sandra Benites, que escolheram duas exposições temporárias inaugurais. “Invasão Colonial Yvy Opata – A terra vai acabar”, de Xadalu Tupã Jekupé, denuncia como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo cimento da cidade, e que além da violência da invasão, existe um estado de segregação étnica em que vive o Povo Guarani.

Já “Ygapó: Terra Firme”, de Denilson Baniwa, é um convite para adentrar a floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. A mostra traz produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas.“Eu vejo o Museu das Culturas Indígenas como uma grande escola, uma escola viva, que vai dialogar sobre história, arte, cultura e as diversas formas de se pensar e transmitir conhecimentos, saberes e fazeres tradicionais, que até hoje não são dialogados dentro das escolas”, afirmou Cristine Takuá, diretora do Instituto Maracá e membro do Conselho Indígena Aty Mirim.

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Durante todo o mês de julho a entrada para as exposições será gratuita

Na área externa é possível conhecer a “Ocupação Decoloniza-SP Terra Indígena”, que através de diferentes linguagens artísticas destaca os grafismos Guarani.

O Museu das Culturas Indígenas funcionará de terça-feira a domingo, das 9h às 18h, e nas quintas-feiras, das 9h às 20h. Após julho, os ingressos custam R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia) e indígenas não pagam. Nas quintas-feiras a entrada é gratuita para todos. O espaço cultural fica na Rua Dona Germaine Burchard, 451.

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