Na última reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Vila Leopoldina, moradores questionaram se havia a previsão de realização de ações para eliminar os mosquitos transmissores da dengue, como a aplicação do fumacê no entorno dos rios. O bairro, localizado entre as duas marginais, tem uma presença maciça do inseto durante o verão e período de chuvas. Desde o dia 14 de dezembro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), intensificou as ações de prevenção e conscientização contra o Aedes aegypti. As atividades serão realizadas até 30 de dezembro de segunda a sexta em toda a cidade.
Mais de 11 mil agentes, entre comunitários de saúde, de endemias e da área ambiental, realizarão visitas casa a casa para a conscientização dos munícipes, além de identificação e eliminação dos pontos de água parada, entre outros focos de reprodução do mosquito. “A intensificação das ações de prevenção à proliferação dos mosquitos integra as estratégias da Prefeitura de São Paulo de preparação para o enfrentamento à sazonalidade da dengue, habitualmente no início do ano”, explica o coordenador de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira. Neste ano, até o início de dezembro, a SMS realizou 4.541.507 ações de controle de arboviroses. Ao todo, foram 1.794.420 visitas casa a casa, além de 43.310 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 2.703.777 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas.
A dengue é uma doença sazonal e, entre os meses de março e maio, é observada uma alta na taxa de transmissão. A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor. Os principais sintomas da dengue são febre alta (acima de 38,5 graus), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Segundo Gladyston Costa, biólogo da Covisa, nas visitas casa a casa é observada a desatenção em relação a pequenos objetos, como pratos de vasos de plantas, garrafas velhas, recipientes plásticos ou metálicos em desuso e acumulados nos quintais. Calhas e ralos de escoamento de águas pluviais entupidos e com água acumulada também são bastante observados nas ações, além de piscinas malcuidadas.
Entre as recomendações para evitar os criadouros estão guardar pneus em locais cobertos, lavar os potes de água dos animais com esponja e sabão ao menos duas vezes por semana, eliminar ou furar os pratinhos dos vasos de plantas, furar, tampar ou guardar em local protegido da chuva os demais recipientes que possam acumular água, tampar ralos, vasos sanitários, barris, tambores, tanques e caixas d’água, limpar calhas e lajes, além de manter as saídas de água desobstruídas, deixar latas, potes e outros recipientes recicláveis em locais cobertos. Quando há casos de transmissão de arboviroses, a partir da notificação, é desencadeada uma ação de eliminação de criadouros (casa a casa) e nebulização nas proximidades do local. Isso ocorre em até 24 horas a partir da notificação.