Tradição e fé lapeana

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

Ainda que tímida, a decoração em lojas e shoppings dão um ar natalino à região do centro comercial da Lapa. As casas e prédios ganham o colorido da iluminação típica de Natal. A Associação de Comerciantes do Mercado da Lapa investe em enfeites reciclados para lembrar os clientes da época de variedades em produtos para as festas de fim de ano.

Faltando um mês para o Natal, a expectativa é de aquecimento nas vendas do comércio, depois de meses de crise. Nas casas, as famílias iniciam a iluminação e montagem das árvores para o feriado religioso – celebrado em 25 de dezembro –, dia do nascimento de Jesus Cristo que também é comemorado por pessoas não cristãs.

Nesse clima de confraternização que o Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), moradores, empresários, igrejas e entidades realizam o Natal Comunitário. Uma tradição que completa 18 anos com celebrações, apresentações de corais, presépio e a chegada do Papai Noel.

Em época de fraternidade, o evento comunitário traz a campanha “Leite – Alimento da Vida” com coleta de doações de leite em pó ou longa vida a partir deste sábado nas paróquias da região. Quem quiser contribuir com a campanha tem até o dia 4 de dezembro para fazer a doação. A arrecadação terá destino nobre: será dividida para entidades sociais.
A programação do tríduo de Natal começa na noite da próxima sexta-feira com missa na

Paróquia São João Maria Vianney da Praça Cornélia. Além da missa, quem for à igreja terá a oportunidade de assistir a apresentação do Coral da Paróquia Nossa Senhora da Lapa. A segunda celebração será na Paróquia Santo Estevão Rei da Vila Anastácio na tarde de sábado (3) com apresentação dos Corais Católicos Reunidos “São Francisco de Assis e São Mateus Apóstolo”. No último dia do evento, domingo (4), a Praça John Lennon será palco da abertura do presépio (9h30), seguida da chegada do Papai Noel e da benção das imagens do Menino Jesus pelo bispo Regional da Lapa Dom Julio Endi Akamine, além de apresentação dos Corais do Colégio Santo Ivo e Escola Fazarte.

Como já é tradição, às 18h haverá a procissão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima da Vila Leopoldina até a Praça John Lennon para celebração pelo Monsenhor Tarcísio Justino Loro e apresentação do Coral Interlúdio, fechando a programação que só será transferida para a Paróquia Nossa Senhora de Fátima se chover muito forte, como ocorreu no ano passado.

Assim como a praça, a festa natalina é ponto de encontro de famílias e velhos e novos amigos há 18 anos. O evento segue a tradição que começou com o saudoso Boneli, líder comunitário falecido em 2010, com o objetivo de reunir entidades, moradores e velhos e novos amigos para o momento de confraternização é fé.

Aos empresários, igrejas e entidades envolvidas na organização, basta manter o encanto dessa tradição dessa manifestação de fé e amor ao próximo.

Associação reclama da ocupação de calçada por moradores de rua

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Barracas de pessoas em situação de rua no canteiro da Avenida Gastão Vidigal

A futura secretária de Desenvolvimento Social, Soninha Francine terá um grande desafio a partir de janeiro de 2017, que hoje é de Luciana Temer: lidar com a questão dos moradores de rua, dependentes químicos e o conflito da ocupação de espaços públicos pela população que vive pelas calçadas da Cidade. Na área da Subprefeitura Lapa, as vias do entorno da Ceagesp e o canteiro da Avenida Gastão Vidigal são os locais preferidos da população de rua para montar suas barracas pela oferta de alimentos, drogas e de “bicos” (trabalho) na própria Ceagesp.

Viva Leopoldina – Para o presidente da Associação de condomínios Viva Leopoldina, Umberto de Campos Sarti, o bairro se encontra em processo de favelização. “Milhares de cidadãos encontram-se privados de se deslocar para seus trabalhos, Ceagesp e residências. Na Rua Dr. Avelino Chaves, crianças voltando da escola andam no meio da rua, pois temos calçadas ocupadas por barracos de usuários de drogas. Classificar todos como moradores de rua é um erro. O mendigo, o pedinte e o carroceiro são uma minoria que convive há década na Vila Leopoldina. O que temos é um polo crescente de consumo de drogas, sem qualquer ação dos governos Municipal e Estadual no desenvolvimento de políticas eficazes de combate às drogas e internação de usuários, especialmente de crack. A Associação Viva Leopoldina entende que rua não é lugar de moradia digna”.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informa que atua em toda a região da Lapa, incluindo a Vila Leopoldina, por meio de orientadores sociais do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) com ações preventivas e encaminhamentos para os serviços da rede socioassistencial como os Centros de Acolhida (albergues). Cada pessoa tem seu motivo para rejeitar o encaminhamento, mas o trabalho é permanente e sempre com a missão de convencê-los a deixar as ruas. 19São Paulo conta com 80 centros de acolhida (um deles, o Zancone, na Vila Leopoldina) que, juntos, ofertam cerca de dez mil vagas fixas, onde eles podem se alimentar, tomar banho, lavar suas roupas e ter acesso a serviços socioassistenciais. Já as unidades móveis do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) IV (como o trailer da Rua Manoel Bandeira) foram instaladas em locais identificados como cenas de uso (de drogas). O trabalho da Assistência Social em parceria com a Saúde é fazer uma vinculação e o encaminhamento na própria rede. Não se trata de uma reprodução do modelo do De Braços Abertos na Luz.

Já a Subprefeitura Lapa esclarece que realiza ações de zeladoria relacionadas aos procedimentos e ao tratamento da população em situação de rua, às terças, quintas e sextas-feiras com serviços de limpeza em áreas da região. A SubLapa informa ainda que, por semana, são retiradas cerca de cinco toneladas de materiais nas vias da região.

Futura secretária quer mudanças nas regras dos albergues

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Foto: Divulgação

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Soninha quer melhorar acesso aos albergues

A futura secretária de Desenvolvimento Social, Soninha Francine quer provocar mudanças no modelo de acolhimento dos albergues para atrair aqueles que rejeitam o abrigo municipal, diminuindo a presença de moradores nas ruas. “A gente precisa rever o modelo de acolhimento baseado nos albergues, que é questionável. Temos horários rigorosos. Se o cara trabalha até 22h, ele pode ser impedido de entrar. Se quer entrar antes das 16h, também. Só rever essas regras já fará o acesso aos albergues parecer menos como um quartel, um presídio. De imediato, podemos melhorar a vida das pessoas de hoje para amanhã se tivermos lugares para elas tomarem banho, lavarem roupa, guardarem pertences. Isso é fácil de oferecer e a gente vai providenciar o quanto antes”, declarou após ser anunciada como a secretária da gestão de João Doria.

Com relação às cracolândias, Soninha acredita que é preciso garantir  que todos (moradores de rua/dependentes químicos) tenham acesso ao tratamento, conforme as características de cada um. “Não acredito em atendimento em saúde que não tenha diagnóstico individualizado. Você não pode garantir estadia só para 500 inscritos no De Braços Abertos e deixar milhares de fora”. Para ela, existem aspectos do programa municipal de Fernando Haddad que nunca foram exclusivos do De Braços Abertos, que têm que continuar, e especificidades que precisam ser revistas.

Subprefeitura Lapa indica área sujeita a alagamento

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
A Subprefeitura Lapa colocou duas faixas em frente ao Mercadão da Lapa

A Subprefeitura Lapa colocou duas faixas em frente ao Mercadão da Lapa avisando os motoristas e pedestres sobre a “área sujeita a alagamento”. A subprefeitura também informa que pretende fechar a passagem de pedestres “Toca da Onça”, que fica entre o terminal de ônibus e o Mercado da Lapa em dias de chuvas fortes.

Conselheiras da Lapa garantem segurança à menina torturada

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Ermínia Alonso e Lilian Belloti protegeram criança agredida pela mãe e padrasto

O dia do Conselheiro Tutelar foi celebrado na última sexta-feira, 18 de novembro. Eleitos pela sociedade civil (para o mandato de 4 anos, podendo ser reconduzidos para mais um mandato), eles são importantes para assegurar os direitos da criança e do adolescente. Um exemplo é a atuação de duas conselheiras da Lapa, Ermínia Alonso e Lilian Belloti, que foi fundamental para garantir a segurança de uma menina de 9 anos que era torturada pela mãe Vanessa de Jesus Nascimento e o padrasto, Adriano dos Santos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o conselheiro do Butantã, Leonardo Beirão Souza, foi acionado e não atuou no caso da garota como convém a um conselheiro tutelar. Na visão do promotor de Justiça, Souza deveria ter afastado a criança do convívio e da rotina de tortura da mãe e do padrasto. Em agosto, depois de ser espancada mais uma vez pela mãe, por não ter limpado a casa direito e ter recebido a ameaça de que apanharia mais quando o padrasto retornasse do trabalho, a menina conseguiu fugir e foi socorrida por duas mulheres, no Butantã. A criança foi levada ao hospital e o conselheiro tutelar do Butantã foi acionado (por volta das 20h) e orientado a registrar o boletim de ocorrência na delegacia para direcionar as providências em relação à segurança da menina, mas ele não compareceu.

O Conselho Tutelar da Lapa foi acionado e tomou as medidas para garantir a segurança da menina, afastando da família agressora e encaminhando a um abrigo. A mãe e o padrasto foram presos após o registro da ocorrência por parte das conselheiras da Lapa. Ermínia conta que o depoimento chocou a todos. “A menina descreveu, entre outras agressões, que teve as unhas arrancadas com alicate. Ela era obrigada, por algumas vezes, a dormir no chão e no quintal da casa, como forma de castigo. O conselheiro do Butantã é processado por omissão.19O caso mostra a importância da atuação correta do conselheiro tutelar como foi o caso de Ermínia e Lilian que cumpriram a missão, como manda a Lei, de defender os interesses da criança com firmeza, ética, amor e respeito ao próximo.

Sonhadora realista

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Foto: Divulgação

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Soninha Francine é vereadora eleita (PPS) e futura Secretária de Desenvolvimento Social

Tenho sido procurada por servidores públicos da Saúde e da Assistência Social, ex-moradores de rua, dependentes de drogas em tratamento, religiosos, empresários e cidadãos de todos os lugares que dizem: “quero ajudar”!

Lidamos com um problema de grandes dimensões e alta complexidade. O Poder Público tem de oferecer políticas públicas universais, portanto acessíveis a todas as pessoas. Ao mesmo tempo, precisa dar conta das singularidades. A população de rua tem histórias parecidas e problemas em comum, mas as pessoas têm diferentes necessidades, capacidades, dificuldades e qualidades.

Sou uma sonhadora realista. Quero chegar em uma cidade que não haja milhares de pessoas sobrevivendo em condições indignas, desumanas, submetidas a todo tipo de riscos e sofrimento. O que fazer para isso? Um plano com ações imediatas, de médio e de longo prazo.

Muitos moradores de rua adorariam cuidar de si mesmos. Teremos lugares decentes para que usem o banheiro, tomem banho e lavem suas roupas. Precisamos de mais espaços onde possam passar o dia, participar de atividades diversas, receber orientação. Temos de evoluir do atual modelo de albergues gigantes com disciplina de quartel para um número maior de equipamentos menores, onde se possa realmente morar (não apenas pernoitar). Enquanto isso, precisamos de estruturas provisórias de boa qualidade.

Para isso, aceito ajuda – isto é, conto com vocês.

Camas no cimento da Leopoldina

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

As calçadas viraram cama de cimento. A ocupação dos passeios por moradores em situação de rua cresce a cada dia na Cidade. Ali eles vivem e dormem. Além dos excluídos por desentendimento familiar, desilusão ou uso de drogas, a crise econômica, falência de empresas e o aumento do desemprego têm reflexos no crescimento da população de rua.

Das quase 16 mil pessoas em situação de rua da Cidade, mais de 400 ficam na área da Subprefeitura Lapa (segundo Censo de 2015). A maior concentração fica na Vila Leopoldina, basta observar o número de barracas no canteiro central da Avenida Gastão Vidigal, em frente à entrada da Ceagesp. A fartura de alimentos, a oferta de “bicos” e facilidade de encontrar drogas os mantêm no local.

A ocupação das calçadas prejudica os pedestres. Um conflito social se estabeleceu. Com a montagem de barracas sobre o passeio, crianças, estudantes, trabalhadores e moradores da região perderam o espaço das calçadas e dividem a rua com os carros, correndo risco de atropelamento.

O consumo de drogas nas ruas é outro problema que a comunidade assiste a cada passeio ou de sacadas dos novos condomínios. O consumo a qualquer hora do dia, na rua, é motivo de muitas reclamações.

As barracas do canteiro central da Gastão Vidigal têm mais visibilidade, mas o cenário mais triste fica escondido atrás do muro do portão 10 da Ceagesp. Quem quiser conhecer o que o uso de drogas (principalmente o crack) pode fazer com uma pessoa, basta circular pela Rua Ariovaldo Silva e Rua Manoel Bandeira, onde fica o trailer do programa de atendimento aos dependentes químicos.

Para o presidente da Associação Viva Leopoldina, Umberto de Campos Sarti, o bairro está em pleno processo de favelização, especialmente após a assinatura do decreto de inverno do Prefeito Haddad que impede qualquer tipo de ação que desestimule a ocupação de espaços públicos por cracolândias repletas de usuários de drogas. “Milhares de cidadãos encontram-se privados de se deslocar para seus trabalhos, Ceagesp e residências. Na Rua Dr. Avelino Chaves, crianças voltando da escola andam no meio da rua, pois temos calçadas ocupadas por barracos de usuários de drogas”, relata Sarti.

A Secretaria Municipal de desenvolvimento e Assistência Social afirma que faz a abordagem constante e oferece abrigo aos moradores de rua que recusam a vaga por diversos motivos. O programa federal “Crack é preciso vencer”, implantado pela gestão Haddad para combater o uso de droga na Leopoldina, não se revela um sucesso.

Daqui um mês e meio, a gestão Fernando Haddad chega ao fim. A missão de administrar a São Paulo será do prefeito eleito João Doria, que confiou a Secretaria de Desenvolvimento Social a vereadora Soninha Francine. Moradora da região e conhecedora das aflições das minorias e excluídos, Soninha quer mudar as regras dos albergues, dando maior flexibilidade de horário para atrair os moradores de rua. Sobre os dependentes de drogas, a futura secretária não acredita em atendimento de saúde que não tenha diagnóstico individualizado. Quem sabe, a futura secretária consiga substituir as camas de cimento dos excluídos por espaços mais adequados ao convívio e inclusão social.

Verdejando na Lapa

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Foto: Divulgação

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Apesar da Lapa ser uma das regiões mais arborizadas da Cidade, a ação ambiental foi justificada pelo elevado número de quedas de árvores nas últimas chuvas.

A calçada da estação de trem da CPTM da Lapa ganhou 8 árvores do programa Verdejando, desenvolvido pela Rede Globo de Televisão e organizações como Novas Árvores por Aí e Amigos da Mata Atlântica, na segunda-feira, 7. A passagem é utilizada por trabalhadores e moradores que transitam entre a estação de trem, terminal de ônibus e o Mercado da Lapa. A abertura de covas começou no domingo e foi concluído na segunda-feira com o plantio das espécies. Apesar da Lapa ser uma das regiões mais arborizadas da Cidade, a ação ambiental foi justificada pelo elevado número de quedas de árvores nas últimas chuvas.

Justiça determina que barraquinhas desocupem o Parque da Água Banca

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Barracas de alimentação devem deixar o parque por determinação judicial

Barraca de milho e outros serviços de alimentação estão com os dias contados no Parque da Água Branca, que terão que desocupar os espaços depois de muitos anos no local.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, uma decisão judicial determina a desocupação das áreas do Parque Estadual da Água Branca ocupadas por permissionários de serviços. A informação é fruto de uma ação ajuizada em 2011 pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), a pedido da Secretaria da Agricultura, a quem competia cuidar da unidade à época, antes que o equipamento fosse transferido para o Meio Ambiente. De acordo com a SMA, diversas irregularidades formais ensejaram as decisões judiciais pela desocupação, emanadas do Poder Judiciário.

A decisão judicial coincide com o lançamento de um projeto da Secretaria do Meio Ambiente que busca parceria com o setor privado para manutenção e melhoria de alguns parques da Cidade, entre eles o Água Branca. De acordo com o órgão ambiental, a iniciativa pretende alavancar investimentos privados para melhorar a infraestrutura dos parques urbanos e de outros equipamentos do Sistema Ambiental Paulista.

O Parque Água Branca está entre os ativos patrocináveis ao lado de outros parques estaduais como Villa-Lobos, Cândido Portinari, Alberto Löfgren, Guarapiranga, Juventude, Belém e Pomar Urbano.

A Secretaria do Meio Ambiente informa que os serviços de alimentação serão oportunamente licitados para atender à população, mas em estrita observância das normas legais.
O dono da barraca de milho, Valter Alves, conta que se instalou no parque há 13 anos a convite da extinta Assamapab (Associação Amigos do Parque da Água Branca). “Depois passei a permissionário da Secretaria da Agricultura”, conta Alves que ficou viúvo e cuida de três filhos com a renda dos produtos de milho e churros que vende no parque. “Só parei de recolher a taxa para a secretaria porque desativaram a conta (destinada ao depósito). Tentei pagar na secretaria do parque, mas o Toninho, na época diretor do parque, disse que não podia receber. Isso faz cerca de seis anos”, lamenta o permissionário.

Villa-Lobos será o primeiro parque com energia solar

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Foto: Divulgação

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A energia gerada atenderá todo o consumo dos dois parques tornando-os autossustentáveis além de um excedente que será cedido à Secretaria do Meio Ambiente.

A partir da segunda quinzena de novembro os Parques Villa-Lobos e Cândido Portinari serão abastecidos por energia solar. O projeto liderado pela Cesp (Companhia Energética de São Paulo) está em fase de conclusão. O projeto conta com participação das empresas RTB Energias Renováveis, AES Eletropaulo, além do apoio das Secretarias de Energia e Mineração e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O investimento é de R$ 13 milhões na construção da microcentral de nove quilowatts-pico (kWp) e na instalação de 40 postes para gerar a própria luz no Villa-Lobos, além da cobertura de 264 vagas para veículos com mais de 3 mil placas de captação de energia solar no estacionamento do Parque Cândido Portinari, anexo ao Villa-Lobos. O sistema tem capacidade de produção anual de 665 megawatts-hora (MWh) e foi dimensionado para atender a demanda do estacionamento, lanchonete e área de esportes do parque.

Segundo informações da Secretaria de Energia e Mineração do Estado, esse é o maior projeto de mini geração solar distribuída em um parque do Brasil. A energia gerada atenderá todo o consumo dos dois parques tornando-os autossustentáveis além de um excedente que será cedido à Secretaria do Meio Ambiente para uso em suas instalações. Mesmo autossuficiente o parque continua conectado à rede de fornecimento de energia elétrica da AES Eletropaulo, no chamado sistema de compensação. Isso porque os parques consomem a energia solar no momento em que é gerada e fornecem para a rede o seu excedente.

No momento em que não houver a produção de energia, como por exemplo, à noite ou em dias nublados, os parques serão abastecidos pela rede. O empreendimento foi desenvolvido com a finalidade de estudar os aspectos regulatório, econômico, técnico e comercial da energia solar. Além da obtenção de dados de geração fotovoltaica para pesquisas acadêmicas e a autossuficiência dos parques, o projeto pretende propagar o uso de energia fotovoltaica, demonstrando que geração de energia solar é amigável ao meio ambiente e pode se integrar com as instalações urbanas.