A batata quente de Haddad

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Carlos Fernandes é morador da região da Pompeia, presidente do PPS e Prefeito Regional da Lapa

Vamos imaginar que Fernando Haddad fosse o prefeito da maior cidade do País. Agora vamos fazer de conta que ele não foi reeleito e, nos últimos dois meses de mandato, resolveu iniciar o processo de audiências públicas para uma grande reestruturação urbana, que foi uma de suas propostas de campanha. Você acha que isso faz sentido?

Pois é o que ele está fazendo. A um passo de deixar a Prefeitura, ele marcou quatro audiências públicas para Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Arco Tietê, que é parte de sua proposta do Arco do Futuro, alardeada com muito estardalhaço na campanha de 2012. Por que fazer, aos 45 do segundo tempo, o que não conseguiu fazer em quatro anos? Como, ao mesmo tempo em que corta serviços essenciais, como varrição de ruas e distribuição de leite para as crianças, ele planeja um investimento de tamanha monta, que inclui mexer com trilhos ferroviários e em uma das principais vias expressas da cidade?

Se o problema de sua gestão não foi incompetência e sim falta de dinheiro, como ele alega, é honesto da parte dele dar o start neste projeto e jogar a bomba para seu sucessor? Para mim, essa é mais uma das provas de que não há volume de recursos que resolva a inabilidade de Haddad. Sem entrar no mérito dos benefícios que a revitalização da região do entorno do rio Tietê pode trazer, considero de mau gosto a tentativa de enganar a população e trapacear seu sucessor, jogando em suas mãos uma batata quente sem solução. Essas audiências só servirão para gastar dinheiro público em sua realização. Doria vai entrar, olhar a casa e traçar suas estratégias. É prepotência querer enfiar goela abaixo seus projetos não executados. Pelo visto a transição amigável é mais uma das ações de fachada, que foram a especialidade desta gestão.

Presidente de associação luta para alterar projeto de avenida

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Maria Isabel Coelho
Prolongamento da Av. Auro Soares de Moura Andrade pode ter grandes impactos no trânsito

A presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva se reuniu com o diretor de Planejamento, Projetos e Educação da CET, Tadeu Leite Duarte e o chefe do departamento da Gerência de Engenharia de Tráfego Noroeste 1 da CET, Ricardo Pradas, para discutir alterações no projeto de prolongamento da Avenida Auro de Moura Andrade, na quinta-feira, 10. Antonietta manifestou a preocupação com os impactos no trânsito, caso o projeto de abertura da Avenida Auro Soares de Moura Andrade deixe de contemplar o alargamento da Rua José Benedito Boneli (ao lado do Viaduto Pompeia) e a desapropriação de área para abertura da Rua G (entre o viaduto Pompeia e a Joaquim Ferreira) para o escoamento do trânsito.

Antonietta lembrou que a Rua Boneli (lateral direita do Viaduto Pompeia) vai receber o fluxo da Avenida Pompeia e Francisco Matarazzo no horário de pico. “Se alargar um lado tem que abrir o outro também para receber o fluxo (que virá também do futuro túnel que vai ligar a Avenida Santa Marina entre Água Branca e Pompeia – sob a linha férrea da CPTM)”, disse Antonietta. O problema é um prédio (onde funciona uma concessionária) que fica na esquina da Avenida Francisco Matarazzo com Rua Carlos Vicari, ao lado do Viaduto Pompeia, que necessita de desapropriação para criação de mais faixas de rolamento para escoar o tráfego já existente do condomínio Casa das Caldeiras e das avenidas Pompeia e Matarazzo.

A obra está orçada em 170 milhões. “Dinheiro tem. Não podemos fazer uma obra para hoje, temos que fazer para 20 anos”. Ela lembrou que a execução do prolongamento da avenida será feita com recursos da Lei da Operação Urbana Água Branca (de outorga onerosa arrecadada dos empreendimentos com autorização da Prefeitura para construir acima do permitido na Lei de Zoneamento). O diretor de Planejamento orientou Antonietta a solicitar (peticionar por ofício) a reanálise do projeto junto a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e ao Grupo Gestor da Operação Urbana Água Branca requerendo as alterações desejadas (alargamento da Rua e abertura da Rua G).

Antonietta pediu a reunião com o diretor de Planejamento da CET depois de um encontro com o diretor da SPObras Pedro Algodoal e a gerente de projetos Antonia Guglielmi, que explicaram que para qualquer alteração seria preciso o parecer da CET. O diretor da CET disse que para nova manifestação do órgão é necessário que a secretaria reencaminhe o projeto, solicitando a reanálise. “Luto com isso desde 1995 para conseguir a Lei com outorga onerosa. Agora é preciso fazer uma obra não para um ano, mas para 20 anos ou mais”.
O morador da Leopoldina e diretor da Associação Amigos da Vila Pompeia Eduardo Fiora também participou da reunião.

Debate do futuro

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

A transformação prevista no Projeto de Intervenção Urbana do Arco Tietê abrange nada mais nada menos que uma área de 6 mil hectares, que inclui várias regiões da Cidade, entre elas a Lapa. A proposta de desenvolvimento propõe, entre outras, a criação de áreas verdes, abertura de córregos e habitação de interesse social, aproximando trabalho e moradia em áreas subutilizadas ao logo do rio e da ferrovia.

A arquiteta e coordenadora do projeto de Área de Intervenção Urbana Centralidades da SP Urbanismo, Anna Gabriela Callejas apresentou as transformações propostas para o perímetro do Arco Tietê, com destaque para a região da Lapa e o desenvolvimento previsto ao longo do rio e da ferrovia, como prevê o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo. Anna Gabriela lembrou que a densidade populacional da Lapa é menor do que a área comporta, com proporção de três vagas de emprego para cada habitante. As mudanças têm a intenção de trazer mais pessoas e fomentar o serviço na região. “Será um adensamento com qualidade”, disse a coordenadora.

A perspectiva apresentada é de alterações significativas na zona norte, sul e oeste que abrange a área da Subprefeitura Lapa com destaque para região da Rua Guaicurus, Mercado da Lapa e Lapa de Baixo.

A audiência, exigência de Lei, teve baixa participação: 18 pessoas – contando os funcionários dos órgãos municipais envolvidos. Nem os conselheiros participativos compareceram. Aliás, o esvaziamento da participação popular pós-eleições já vem sendo notado em outras reuniões como zeladoria e até mesmo no Conselho Participativo. Mas o Arco Tietê é um projeto de grande impacto na Cidade e faz parte do Arco do Futuro, anunciado pelo prefeito Fernando Haddad, projeto que vai ficar mesmo para o futuro uma vez que ainda faltam duas audiências públicas da Prefeitura para esse mês.

Segundo o diretor de Projetos da SPObras, Fábio Mariz, a previsão é que, após ouvir a população, o PIU Arco Tietê seja enviado à Câmara Municipal até o final de dezembro, mesmo mês que termina o mandato do prefeito Haddad.

A pressa dessa gestão é iniciar um processo de discussão. A população terá mais oportunidades de debate nas audiências que a Câmara vai realizar antes do projeto entrar em votação pelos vereadores.

Depois das festas de fim de ano, já na gestão do novo prefeito João Doria (PSDB), quem sabe, os moradores voltem a se interessar pelo debate do futuro da nossa região e da Cidade.

Estação Barra Funda da CPTM terá ação do Dia Mundial do Diabetes

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Equipe da ADJ vai fazer testes de glicemia e dar orientação sobre a doença

A ADJ Diabetes Brasil promove a campanha de prevenção e estímulo ao diagnóstico precoce do diabetes tipo 2, na Estação Palmeiras-Barra Funda, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na sexta-feira, dia 11, das 8h30 às 16h.

Segundo a associação, o objetivo é sensibilizar o maior número de pessoas a realizarem o teste de glicemia e a prevenir as complicações causadas pela doença. O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta ou incapacidade do organismo em produzir a insulina, o que provoca aumento da glicose (açúcar) no sangue. No mundo, cerca de 16 milhões de pessoas sofrem com a doença. Só no Brasil, 106.600 mortes são registradas por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Após a realização do teste de glicemia, quem apresentar índice alterado, acima de 99mg/dL (jejum) e de 140mg/dL (2 horas após refeição ou aleatório) serão encaminhadas para o balcão de orientação no próprio evento. Além de informações básicas sobre o diabetes também será oferecido apoio educacional gratuito da ADJ. A campanha é uma das iniciativas da entidade que atende gratuitamente pessoas com todos os tipos de diabetes, independente da faixa etária e classe socioeconômica, oferecendo um trabalho integrado por uma equipe multidisciplinar.

A equipe da ADJ (com sede na Rua Padre Antônio Tomás, 213, telefone 3675-3266) procura conscientizar as pessoas para as causas e prevenções da doença além de alertar sobre possíveis complicações para quem ainda não foi diagnosticado e os riscos sobre o mau controle. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 46% das pessoas que apresentam a condição não sabem que tem a doença.  Outras informações pelo site da ADJ (www.adj.org.br).

Dia Mundial do Diabetes

Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes é visto como a maior iniciativa mundial em torno da doença. Criada em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a data foi escolhida em homenagem ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebeu o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes.

 

Instituto lança campanha na Ceagesp

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Ceagesp teve orientação para homens sobre a doença

Um ator fantasiado de bigode gigante chamou a atenção de quem passou pela Ceagesp na terça-feira, 1 de novembro, no lançamento da campanha Novembro Azul de prevenção ao câncer de próstata realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. A equipe do instituto distribuiu materiais e abordou os homens com orientação sobre a doença.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens depois dos tumores de pele não-melanoma. Na fase inicial, a doença não apresenta sintomas, exigindo atenção aos exames preventivos para que a doença não seja descoberta em estágio avançado ou fatal. Mesmo com ausência de sintomas, homens a partir de 50 anos, ou 45 se houver histórico familiar ou raça negra, devem consultar o urologista todos os anos para realizar o exame retal e fazer o PSA no sangue.

Quando os sinais começam, quase 95% dos tumores já apresentam estágio avançados e de difícil cura. “Nossa campanha é pioneira no Brasil em alertar sobre a importância de se prevenir do câncer de próstata. Com o Novembro Azul consolidado em todo País, passamos este ano a alertar sobre cuidados com a saúde integral do homem”, explica a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira.

Segundo dados do Instituto do Câncer, em 2016 mais de 61 mil novos casos da doença serão registrados no Brasil. Por ano, são registradas mais de 13 mil mortes: uma a cada 40 minutos.

No dia 22, a equipe do instituto retorna ao entreposto para mais uma ação da campanha com orientação e atividades físicas em parceria com a Bioritmo e prevenção de doenças com a UBS Parque da Lapa. A campanha nacional tem atividades em todo o País durante o mês.

Entidades encerram Outubro Rosa com doação de lenços ao ITACI

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Campanha arrecadou lenços para doação

Um desfile encerrou a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama realizada pela OAB-Lapa, Comissão de Idosos da Lapa e Lions Nova Lapa na segunda-feira, 31, no salão da ACM-Lapa, parceira do evento.

A empresária Claudia Pacheco da Kau Moda Feminina e Andrea Fulaz da YStore – loja da ACM-Lapa foram responsáveis pelos looks do desfile. As voluntárias das entidades organizadoras do evento fizeram a entrega de cerca de 280 lenços arrecadados na campanha ao gerente Administrativo da Fundação Criança do ITACI (Instituto de Tratamento ao Câncer Infantil), Vagner Carvalho. “Isso que vocês estão fazendo (doando lenços) é muito importante para aquelas meninas que estão no instituto”, disse Carvalho. A doação vai atender as meninas do ITACI. “Hoje temos cerca de mil pacientes no instituto”, acrescenta.

Rosana Altafin lembrou que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 25% dos casos novos a cada ano. “Em 2016 estão previstos mais de 57 mil novos casos da doença. O câncer de mama também acomete homens, mas é raro, representando apenas 1% do total de casos”, anunciou a advogada com dados do Instituto Nacional do Câncer.

Crianças de condomínio e instituto revitalizam passarela

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Maria Isabel Coelho
Ação educativa une crianças na revitalização da passarela da Avenida Santa Marina

Uma ação educativa reuniu crianças do condomínio do Pateo Pompeia e da Comunidade Água Branca na manhã de domingo, 30, na revitalização da passarela da Avenida Santa Marina sobre a linha férrea da CPTM, próxima à estação Água Branca.

A iniciativa partiu da ex-síndica do condomínio Pateo Pompeia, Silmara Oliveira, que vivia incomodada com a degradação do escadão. “Minha vontade sempre foi de pintar, mas como não sou artista, só pintar não ia resolver. Com o projeto da Operação Água Branca conheci o pessoal do Instituto Rogacionista e os conselheiros do projeto da Operação Água Branca. Fizemos uma vaquinha dentro do condomínio para comprar o material (tinta spray e máscaras). Foi assim que conseguimos colocar todo mundo num circuito bacana para fazer esse projeto extraordinário para o bairro. Estamos integrando crianças do Instituto Rogacionista com as do Pateo Pompeia nessa ação. A Subprefeitura da Lapa realizou a limpeza e pintura base (branca) da passarela e capinação e jardinagem das calçadas e áreas de terra do entorno e colocaram uma geladeira com minions (lado da estação Água Branca). É um projeto muito especial”, afirma Silmara que deixou o cargo no dia 13.

Sua sucessora, a síndica Fernanda Aires promete dar continuidade ao projeto com outras ações. A escadaria recebeu nova pintura com detalhes feitos pelas crianças sob a orientação do artista plástico Zito Romão, que já desenvolve oficinas com crianças de 6 a 14 anos do Rogacionista. Pais, voluntários do condomínio e da comunidade e do Conselho Gestor da Operação Urbana Água Branca participaram da revitalização.

Antes da ação, as crianças participaram de uma oficina coordenada por Zito onde foram definidos os desenhos grafitados na passagem. “Esse projeto de revitalização é importante para as crianças, mais que para a gente. Elas têm que participar dessa construção (revitalização da passarela)”, disse Zito.

Moradora da Água Branca e membro do coletivo de arte urbana de Zito, Ana Carla Pereira dos Santos conta que foi procurada por Silmara para deixar a passagem mais alegre. A passarela é o caminho de moradores, trabalhadores, universitários e principalmente de crianças e adolescentes que atravessam a Avenida Santa Marina, bloqueada pela linha férrea da CPTM, para chegar à escola na Vila Pompeia e Lapa.

Segundo a conselheira da Operação Urbana Consorciada Água Branca, Jupira Cahuy, além de deixar a passarela mais agradável, a ação contribui com o desenvolvimento cultural dos jovens moradores e propicia uma experiência inédita para todos que residem na região e transitam pela passarela.

Projeto de descarte de eletroeletrônicos é prorrogado

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Maria Isabel Coelho
Projeto em parceria com o Japão quer sensibilizar sobre o descarte de eletroeletrônicos

O projeto inédito de logística reversa de resíduos elétricos e eletrônicos (REEE) “descarte ON” foi prorrogado até 31 de dezembro de 2016 no bairro da Lapa. Resultado de parceria entre os governos do Japão e do Brasil, o projeto conta com a participação de varejistas, associações e empresas de reciclagem.

O objetivo do projeto é sensibilizar o cidadão sobre a importância do descarte correto e da Logística Reversa do REEE, evitando prejuízos ao meio ambiente e à saúde, e utilizar os dados e informações obtidos para a execução do projeto-piloto na criação do futuro sistema de reciclagem de REEE no Brasil, desde a coleta e o transporte, até a reciclagem e a destinação correta do resíduo. O projeto disponibiliza uma pesquisa no site do “descarte ON”, para avaliar o nível de conhecimento sobre logística reversa de eletroeletrônicos e responsabilidade compartilhada na reciclagem de resíduos.

Os resíduos eletroeletrônicos envolvidos no projeto são os de pequeno e médio porte, como eletrodomésticos em geral, liquidificadores, espremedores, ferros de passar, aparelhos de áudio e vídeo, câmeras fotográficas e filmadoras, além de computadores, laptops e celulares; e os de grande porte, como TVs e linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e secadora de roupas, e aparelhos de ar-condicionado). Não estão incluídos itens como baterias, pilhas secas, lâmpadas fluorescentes e tonners de impressora.

Coleta – Há dois tipos de coleta: um para itens de pequeno e médio porte e outro para os de grande porte. Na Coleta nas Lojas, o próprio consumidor poderá depositar em caixas de coleta especiais e devidamente identificadas no interior dos estabelecimentos participantes na região da Lapa.

A “Coleta na sua Casa” é voltada a itens de grande porte (TV, geladeira, máquina de lavar e secadora de roupas, fogão e aparelho de ar condicionado). Ao comprar qualquer um dos cinco tipos de eletroeletrônicos como TVs, geladeiras/freezers, fogões, máquinas de lavar/secadoras e aparelhos de ar-condicionado nas lojas participantes, se o consumidor quiser descartar o aparelho antigo, poderá solicitar a coleta em domicílio pelo valor simbólico de R$ 10 por unidade, restrita ao tipo e quantidade de equipamentos comprados, ou seja, o cliente que adquirir uma geladeira poderá descartar uma geladeira, e assim por diante.

O valor irá cobrir parte do custo de transporte para a coleta, que vai abranger apenas o município de São Paulo. Demais custos serão cobertos pela JICA (Japan International Cooperation Agency) – órgão do governo Japonês. O período de coleta é diferente em cada loja. O consumidor deve confirmar nas lojas participantes o prazo de coleta. O ideal é que o agendamento seja feito o quanto antes. O mapa das lojas participantes está disponível no site do descarte ON.

Se essa rua fosse minha

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Dulcinea Pastrello é diretora executiva do Instituto Rogacionista

O Centro para Crianças e Adolescentes (Centro de Convivência São Lucas) do Instituto Rogacionista, em parceria com o condomínio próximo a Carlos Vicari, desenvolveram um projeto com as crianças sobre a passarela da linha do trem que passa pela Avenida Santa Marina.

Desde que ouvimos falar da remoção dessa passarela, futuramente dentro da Operação Urbana Consorciada Água Branca, ficamos preocupados com o trajeto dessas crianças, adolescentes e muitos adultos que a utilizam para seu caminho à escola, à universidade, ao trabalho e à sua residência, pois muitos também são moradores do bairro. Então, junto com a síndica e moradores do condomínio Pateo Pompeia, que estão também refletindo sobre as mudanças no bairro, realizamos várias oficinas de grafite com o tema “Se essa rua fosse minha” e aí colocados os desejos de como deveria ser o lugar para esses trajetos.

Um dos objetivos é tornar a passarela um local agradável e repleto de arte para quem passa por ela todos os dias, contribuir com o desenvolvimento cultural dos jovens moradores da região e promover a valorização do local. Vale a pena passar por lá.

Vamos deixar claro

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Foto: Arquivo JG

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Maria Isabel Coelho

Ficou lotada a audiência pública de apresentação da proposta do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Leopoldina referente à Manifestação de Interesse Privado da Votorantim e outras empresas realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e SPUrbanismo, na terça-feira. O Projeto de Intervenção Urbana – PIU é um instrumento que foi regulamentado em março pelo prefeito Haddad e tem por finalidade reunir e articular os estudos técnicos necessários para promover o ordenamento e a reestruturação urbana em áreas subutilizadas e com potencial de transformação como a da Votorantim e outras empresas, localizadas entre o Parque Villa-Lobos, Marginal Pinheiros e Ceagesp.

O templo da Igreja Palavra Viva foi sede do evento de apresentação da proposta, não do projeto como esperavam os moradores da comunidade da Linha e do Nove. A expectativa era conhecer um projeto com moradia digna para as centenas de pessoas que vivem em habitações improvisadas em parte da área dos 290 mil m². Eles ficaram desapontados.
Manifestações contra e a favor marcaram a audiência na véspera do feriado do Dia de Finados. Aliás, a data foi um dos motivos de um pedido de adiamento da data pela Associação Viva Leopoldina (junto com outras entidades como Consegs e associações como Amocity e Assampalba) em um ofício à secretaria.

O diretor da Viva Leopoldina, Carlos Alexandre de Oliveira disse que a comunidade da Linha e do Nove estão sendo enganadas para que abram mão de seus direitos no terreno valorizado que ocupam. Oliveira lembrou que em parte do terreno da proposta encontram-se as duas comunidades em moradias precárias. Para ele, a proposta é de exportar a problemática da desigualdade para as demais regiões da Leopoldina para beneficiar os proponentes (Votorantim S. A., a BV Empreendimentos e Participações S.A., a SDI Desenvolvimento Imobiliário Ltda. e o URBEM – Instituto de Urbanismo e de Estudos para a Metrópole).

Já para o chefe de gabinete da subprefeitura e fundador do Fórum Social da Vila Leopoldina, Adaucto Durigan, o projeto busca um planejamento no médio prazo. Durigan alertou que atropelar o processo só prejudica a discussão e não leva a lugar nenhum. “Temos terrenos para serem construídos e a proposta privada para investir aqui. É uma oportunidade. Essa é uma conversa preliminar, sem o detalhamento da proposta. Não é hora de detalhar agora, devemos apoiar a continuidade dela. Ninguém está dando cheque em branco para a Votorantim, estamos defendendo a continuidade desse debate”, declarou Durigan.

Porta-voz de sua comunidade, Artur Jaime questionou a falta de informações sobre o projeto na internet. Disse que muito foi tirado daquelas pessoas. “Roubaram a nossa saúde, nossa educação e agora nosso lugar de morar? Não vamos trocar nossos direitos por dinheiro”, declarou.

Os proponentes do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina-Villa Lobos afirmam que estão abertos ao diálogo com as forças vivas da comunidade e aguardam a autorização da Prefeitura para iniciar os estudos para o PIU. Para o grupo, houve consenso por todos que se manifestaram na Audiência Pública em relação à necessidade de buscar uma solução para a moradia popular que atenda o problema das famílias em situação vulnerável, mantendo os moradores no próprio bairro.

Uma coisa é certa: a gestão do prefeito Fernando Haddad chega ao fim em dezembro e em janeiro começa a era do tucano João Doria, portanto, o próximo capítulo dessa história deve ficar mesmo para 2017. Apesar de ser um processo previsto no marco regulatório da Cidade (o PDE), vamos deixar claro: nada está definido.