Empresárias criam grupo virtual de parcerias nos negócios

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Grupo afasta a crise com parcerias que fortalecem negócios dentro do bairro

Para afastar a crise dos negócios e do vocabulário, empresárias da Vila Leopoldina se uniram em grupo virtual – o Parcerias da Leopoldina – que saiu da tela do computador e está rendendo frutos no mundo real, segundo elas. As empresárias se conheceram em outro grupo do espaço virtual: o Mães da Leopoldina. Moradora do bairro há três anos, Sheila Cristina Ferreira era sócia de uma pizzaria quando teve a ideia (em agosto de 2015) de criar o grupo de empresárias na rede social. “Com essa crise, teve um dia que pensei porque não sugerir parcerias com quem está aqui no bairro (com seu negócio). Lancei a ideia no grupo (de Mães) e acabou sendo um sucesso. A gente resolveu fazer uma reunião (presencial) do que nosso grupo poderia realizar e como seriam as parcerias. Acabamos nos conhecendo e uma convidou a outra. Assim o grupo cresceu”, conta Sheila. Sua sociedade na pizzaria não deu certo. Sheila mudou de ramo, mas não deixou o grupo.

O Parcerias da Leopoldina reúne 42 empresárias de vários segmentos como alimentação, eventos, buffet, educação, beleza, estética, lavanderia, consultoria, conteúdo, fotografia, odontológica, entre outros. “Quando já tem um negócio no mesmo segmento passa por análise do grupo. A ideia é crescer com diversidade de negócios”, diz a dona de uma escola infantil bilíngue”, Mirela Aliaja.

No começo (em agosto quando foi criada a página do Parcerias) elas faziam divulgação uma do negócio da outra, depois as parcerias foram surgindo. “É super legal. Se alguém vai fazer um lançamento na loja, por exemplo, me contrata para servir a comida e assim ela divulga o meu produto e eu divulgo na minha página o lançamento dela”, explica Marilisa Sequeira.
Além de parcerias nos negócios, o grupo também desenvolve ações sociais como a realizada em dezembro com distribuição de presentes de Natal as crianças da comunidade do entorno da Ceagesp. Elas já programam nova ação, dessa vez, voltada para idosos em alguma entidade do bairro.

Carcaças em terreno público preocupa vizinhos por causa de mosquitos

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Carcaças em area usada pela CET é apontada como foco de proliferação de insetos

A moradora da Vila Leopoldina Nilza Miranda Bonicci reclama do depósito de carcaças de veículos no terreno da antiga garagem de ônibus da CMTC (Avenida Imperatriz Leopoldina, 928, da SPTrans), usado pela CET. O medo da moradora é que o local vire um criadouro do mosquito Aedes aegypti que transmite a dengue, chikungunya e o zika vírus causador de microcefalia de bebes de mães contaminadas pela doença. Ela teme pela saúde da família e vizinhança, principalmente de sua nora que está grávida. As janelas de seu apartamento ganharam telas para evitar a entrada dos insetos. “São muitos, ninguém aguenta no final da tarde”, diz Nilza.
Outros moradores da região também apontam o terreno como um local propício para proliferação do mosquito devido as constantes chuvas e dias quentes do verão. Os síndicos dos condomínios Vila Nova Leopoldina I e II – próximos ao terreno – contrataram até serviço de nebulização por causa dos insetos. “O terreno (da antiga garagem) tem causado muita preocupação porque a quantidade de mosquito aumentou, é muito grande mesmo. Tanto que investimos em nebulização do condomínio. Estamos fazendo tudo, mas é preciso que a Prefeitura também faça”, conclui Calos Alexandre de Oliveira do Vila Nova Leopoldina I.
O síndico do Vila Nova Leopoldina II, José Fernando Blota, faz coro com o vizinho Carlos Alexandre e também investiu na dedetização do condomínio. “Agora é preciso que o órgão público também cumpra sua parte”, afirma Blota. A Cidade encerrou 2015 com mais de 100 mil casos de dengue.

A Coordenaria Regional de Saúde Oeste informa que na área da Subprefeitura Lapa foram 2001 registros. O distrito da Lapa teve maior número de casos na região: 556, seguido do Jaguaré com 456, Perdizes/Pompeia com 399, Leopoldina 236 e Barra Funda com 105. Foram registrados 47 casos de Chikungunya em 2015, todos importados, assim como os três casos do Zika vírus.

A Coordenadoria informa que a área da Avenida Imperatriz Leopoldina, 928, faz parte da relação de Pontos Estratégicos para ações contra a dengue e recebe visitas periódicas das equipes de controle de endemias para avaliação de presença do mosquito Aedes aegypti.
O coordenador de Saúde da Região Oeste, Alexandre Nemes Filho, lembra que eliminar qualquer recipiente com água parada significa também eliminar um possível criadouro do mosquito que também transmite as outras chikungunya e zika.
Nemes informa que 15 soldados do Exército vão acompanhar os agentes zoonoses para orientar os moradores na região nos próximos dias.

A água e o avanço do mosquito

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

Todo mundo rezou para que a chuva caísse. Ela chegou com força neste verão. Mas a mesma água que tirou o Sistema Cantareira (que abastece a maior parte da região Metropolitana) do volume morto trouxe outras preocupações como o acúmulo do líquido em recipientes deixados pelas ruas, calçadas e jardins. Ambiente propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue e também da chikungunya e zika vírus (causador da microcefalia).
O secretário Municipal de Saúde Alexandre Padilha falou da preocupação com o avanço da dengue no Município. “Estou muito preocupado. Em 2015 tivemos 700 mil casos no Estado de São Paulo, 100 mil casos aqui na Cidade”, disse Padilha. Ele lamentou o descuido de muitos que já tiveram a doença. “Visitamos a casa de todo mundo que teve dengue em 2015 para saber se as pessoas mudaram seus hábitos, mas infelizmente muita gente ainda tem latinha, recipiente, vasilha de água do cachorro. Achamos larvas do mosquito em casa de gente que já teve a doença”, declarou.
Todos devem eliminar qualquer quantidade de água parada. Nesses dias mais quentes, as larvas colocadas pelas fêmeas do Aedes aegypti se desenvolvem rapidamente nesses ambientes.
Vizinhos da antiga garagem de ônibus da CMTC, na Vila Leopoldina, estão preocupados com as carcaças de veículos depositadas pela CET no terreno usado como pátio pela companhia. Síndicos dos condomínios próximos investiram em nebulização e a moradora de outro prédio colocou até tela nas janelas para impedir a invasão das nuvens de insetos. A secretaria de Saúde informa que o local está entre os pontos estratégicos de monitoramento pelos agentes.

Assim como o secretário, a comunidade está preocupada e cobra cada vez mais ação do poder público na prevenção da dengue. Muitas grávidas estão com medo do zika vírus também transmitido pelo mesmo Ades aegypti, mas, segundo a secretaria, todos os casos registrados na Cidade foram importados de outros locais. O mesmo acontece com os registros da febre chikungunya.

Mas, como disse Padilha na sexta-feira durante a visita a região, todo mundo precisa ficar atento porque mais de 80% dos focos do Aedes aegypti (transmissor da diença) estão dentro das casas. “As pessoas falam: olha o foco do mosquito dentro do parque, do córrego, mas não é lá que está o Aedes. O Aedes gosta de conviver com o ser humano. Ele está onde tem gente durante o dia, por isso precisamos cuidar da nossa casa, do nosso quintal, do ralo do banheiro, da bandeja da geladeira, dos pratinhos de flor. É ali que está o foco do mosquito”, alerta o secretário.

No mapa da dengue divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, a area da Subprefeitura Lapa está em 16º lugar, isso significa que a região não é a pior em casos de dengue (2001 casos), mas é preciso redobrar a atenção para que um mosquito tão pequeno não derrube toda a comunidade. Dengue mata. Eliminar qualquer recipiente com água parada é uma maneira de impedir o avanço do mosquito e da doença

A luta contra a Dengue

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Alexandre Nemes Filho é coordenador Regional de Saúde Oeste da Secretaria Municipal de Saúde

A Cidade de São Paulo vem apresentando um crescente número de casos de Dengue, considerando os anos recentes. Em 2015 foram 100.357 casos positivos da doença. Na área da Subprefeitura da Lapa foram 2.001 casos. 95% deles nos meses de fevereiro a maio. Isso exige uma ação intensificada a partir do início de 2016.
Na próxima semana teremos 15 membros do Exército na região da Lapa junto com os nossos 70 Agentes de Controle Ambiental, atuando de casa em casa na eliminação dos criadouros do mosquito.

Outras medidas incluem o Teste Rápido NS1, o uso de equipamentos de nebulização, distribuição de material de orientação, reforço de cata-bagulho e limpeza de ruas e bueiros na atuação do Comitê de Dengue da Sub Prefeitura da Lapa. Está prevista ainda a instalação de Tenda para hidratação no local da AMA Sorocabana se os casos forem muitos na nossa região.

Lembramos sempre que a Dengue é uma doença grave capaz de levar a óbito se não tratada e acompanhada em certos casos e que o mosquito Aedes aegypti transmite também a Chikungunya e o vírus Zika, duas outras doenças de consequências importantes para os acometidos.

Por isso, neste período e com a chegada do Carnaval o morador deve eliminar todos os locais com acúmulo de água limpa na sua casa e verificar se sua caixa de água se encontra devidamente fechada. E com isso proteger a si e sua comunidade evitando a proliferação deste vetor.

Obra na Piscina do Clube Pelezão chega a fase final

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Obra de reparo nos vazamento da piscina do Pelezão inclui melhorias como a instalação de elevador para cadeirantes

A obra de reparo no vazamento da piscina do Clube Escola Pelezão está prevista para ser concluida esse mês. A primeira previsão era novembro depois passou para o final de dezembro, mas acabou ficando para janeiro. O coordenador do clube, Ricardo Santos explica que primeiro demorou porque foi necessário, por conta da crise hídrica, o esvaziamento gradual para reaproveitamento da água da piscina. “A água foi usada para limpeza do clube e uma parte foi para abastecer outros clubes municipais, evitando o desperdício. Agora foi por causa das chuvas que paralisaram a obra. Fizemos a pintura da piscina, mas acabou estragando (com a chuva). Falta pintar a parte do fundo. Foi feita a varrição, lavagem, agora precisa secar para receber a pintura. Também estamos terminando a colocação de pedras (mineira onde foram feitos os reparos)”, afirma Santos.

Santos explica que a ideia é concluir a obra na primeira quinzena de janeiro. Outro problema será o abastecimento da piscina por causa da crise da água. O coordenador pretende usar recurso da mina que tem nos fundos do clube. “Só que o volume da vazão também depende de chuva. Vamos ver com a Sabesp como fazer isso e pegar água de reuso e fazer tratamento para resolver o abastecimento da piscina”, afirma Santos.

O balneário vai ganhar um elevador para os cadeirantes. O equipamento será instalado após a pintura da piscina. “O cadeirante não terá mais que se arrastar, como era na rampa, ele vai até a beira da piscina e o elevador vai deixá-lo na parte rasa”, conclui o coordenador.

Subprefeitura Lapa terá orçamento menor em 2016

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Painel revela nomes dos nove vereadores que votaram contra e dos demais que votaram a favor

O plenário da Câmara Municipal aprovou em segunda e definitiva votação, em 21 de dezembro, o substitutivo ao Projeto de Lei (PL) Orçamentária (538/2015), do Executivo, que estima em cerca de R$ 54 bilhões as receitas e despesas para 2016. A peça orçamentária foi aprovada com 40 votos a favor e 9 contrários. Durante as audiências da Comissão de Finanças e Orçamento foram atendidos pedidos da sociedade como aumento nos recursos das Subprefeituras.

Após as alterações, a Subprefeitura Lapa ficou com um orçamento de R$ 38.321.505 para 2016, menor que o de 2015 de R$ 43,8 milhões e maior que a previsão inicial para esse ano que era de R$ 32,6 milhões.

Do orçamento inicial apresentado pela gestão Haddad foram remanejados (do projeto original) mais R$ 105 milhões para Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, que tinha antes, cerca de R$ 1,2 bilhão. Outras pastas também vão receber mais recursos do que o previsto pelo projeto do Executivo. A maior parte da verba prevista para 2016 será destinada a pasta de Educação, que fica com orçamento de cerca de R$ 11 bilhões.

O vereador Natalini (PV) foi um dos 9 votos contrários ao substitutivo. “Votei contra o orçamento porque foi mantida o proposto por Haddad. A taxa de luz vai aumentar 76% e as multas 30%. Um absurdo”, afirma o parlamentar. Natalini não teve nenhuma das emendas (cerca de 100) atendidas: uma delas (de R$ 1 milhão) era destinada a implantação da UBS da Lapa de Baixo e outra para reforma e manutenção do Hospital Sorocabana (R$ 3 milhões).

Anhanguera é a única escola da Lapa que continua ocupada

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Alunos resistem e mantém prédio ocupado pelo movimento

As escolas Anhanguera, Manuel Ciridião Buarque e Romeu de Moraes começaram o ano novo ocupadas pelos alunos do movimento contra o plano de reorganização escolar da rede estadual de ensino. Além das três unidades da Lapa, uma de Pinheiros ainda está ocupada, a Godofredo Furtado. As quatro pertencem a Diretoria de Ensino Centro Oeste da Secretaria de Educação do Governo do Estado e são as últimas ocupadas, as demais foram entregues e retomaram a reposição das aulas referente ao ano letivo de 2015, interrompido pela ocupação em novembro. Com a ocupação, o governador Geraldo Alckmin voltou atrás no plano e anunciou o adiamento da reorganização escolar com a publicação de decreto (61.672) de revogação (em 5 de dezembro no Diário Oficial), mesmo assim as escolas permaneceram ocupadas. O secretário de Educação, Herman Voorwald pediu demissão
Por causa da ocupação, os alunos da Romeu de Moraes começaram o ano com a reposição de aula de 2015 na Escola Pereira Barreto e os estudantes da Anhanguera na Alexandre Von Humboldt (na Vila Anastácio). Para a estudante do 3º ano do Anhanguera, Ingrid Gollo, a ocupação atrapalhou os alunos que queriam se formar e que precisam do diploma para entrar na faculdade. “Ficou faltando algumas provas e trabalhos para fechar a programação de 2015. Nas férias estamos tendo que estudar por causa dessa ocupação. As aulas de reposição serão concluídas dia 26 de janeiro”.

As escolas Romeu de Moraes (Rua Tonelero) e a Manuel Ciridião Buarque (Rua Cerro Corá) foram desocupadas na quinta-feira (7). Os estudantes entregaram ofício com reivindicações aos representantes da Diretoria de Ensino na entrega do prédio das escolas da Lapa. “Pedimos o anfiteatro para debate, filme, aulas livres e oficinas aos sábados, tudo voltado para educação, por que a gente está em busca de uma educação libertadora que vem através do conhecimento que em aula a gente não tem. Esse tempo de ocupação de 42 dias foi uma escola da vida onde aprendemos com as diferenças e a desenvolver responsabilidades. Vamos continuar lutando pela Educação”, disse a estudante do 3º ano do Ensino Médio da Romeu de Moraes, Gabriela Olivieri.

Na região da Lapa, apenas a Anhanguera permanece ocupada, mas segundo a diretora de Ensino Centro Oeste, Rosangela Valim, existe uma proposta de desocupação pelos estudantes na quinta-feira, 14. Já a escola Godofredo Furtado de Pinheiros, a previsão de entrega do prédio é na segunda-feira

Deputada alerta: calçada passa a ser obrigação da Prefeitura

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Mara Gabrilli enfreta buracos e degraus na ruas Doze de Outubro e Cincinato Pomponet

Buracos e ausência de rampas foram alguns dos problemas constatados pela deputada federal Mara Gabrilli durante uma vistoria de calçadas no trecho da Rua Doze de Outubro entre a Dronsfild e Cincinato Pomponet, na quinta-feira, 7. A deputada é cadeirante e sentiu dificuldade de circular pelas calçadas do Centro Comercial da Lapa. Mara teve que contornar uma grelha (de concreto) quebradas da calçada da Doze com John Harrison e outros buracos ao longo do caminho, principalmente no lado par da Doze e Cincinato Pomponet. Falta de rampa de acesso à faixa de travessia na Cincinato Pomponet com Doze de Outubro, na John Harrison (saída da passagem de trem) de ambos os lados e na calçada oposta ao Mercado da Lapa. “Está difícil de andar. A calçada não está de todo destruída, mas tem buracos que inviabilizam para o cadeirante. Estou circulando com uma cadeira normal que alguém empurra e dá para subir e descer desníveis, mas uma pessoa com uma cadeira motorizada e sozinha, não consegue. Agora com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) em vigor é importante que o povo fiscalize porque a responsabilidade das calçadas passou a ser da Prefeitura, da Subprefeitura. A Subprefeitura pode conversar com moradores, fazer parceria com a iniciativa privada, mas é ela que tem que fazer”, explica a relatora da LBI que entrou em vigor em 2 de janeiro.

Mara esclarece que com a nova Lei, a Prefeitura não pode cobrar, sem antes conversar (com morador). “Então ela tem várias possibilidades para fazer, inclusive em parceria com a iniciativa privada. Aqui já tem a Lei Municipal de minha autoria (quando vereadora) do Plano Emergencial de Calçadas que obriga a Prefeitura a fazer calçadas em rotas de serviços, foram feitas só 12% do total que o prefeito se comprometeu. É pouco, não cumpriu a Lei. Agora temos uma Lei que pune, antes era um decreto sem punição. A diferença da Lei federal é que o não cumprimento vai resultar crime administrativo. O prefeito não vai querer ser denunciado por improbidade administrativa, nem o secretário, nem o subprefeito. É isso que vai acontecer se eles apresentarem um cronograma e não cumprirem”, afirma a deputada. “É importante que a população conheça a Lei Brasileira de Inclusão que são 127 artigos sobre diversas áreas, enfim, ficar ligada e quando for uma causa coletiva, procurar o Ministério Público ou a Defensoria Pública”, acrescenta.

A Subprefeitura Lapa informa que será realizada na próxima semana uma vistoria nas calçadas do trecho para programar os serviços apontados após avaliação técnica.

Anhanguera é a única escola da Lapa que continua ocupada

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Anhanguera continua ocupada por estudantes contra a reorganização escolar da rede estadual

As escolas Anhanguera, Manuel Ciridião Buarque e Romeu de Moraes começaram o ano novo ocupadas pelos alunos do movimento contra o plano de reorganização escolar da rede estadual de ensino. Além das três unidades da Lapa, uma de Pinheiros ainda está ocupada, a Godofredo Furtado. As quatro pertencem a Diretoria de Ensino Centro Oeste da Secretaria de Educação do Governo do Estado e são as últimas ocupadas, as demais foram entregues e retomaram a reposição das aulas referente ao ano letivo de 2015, interrompido pela ocupação em novembro. Com a ocupação, o governador Geraldo Alckmin voltou atrás no plano e anunciou o adiamento da reorganização escolar com a publicação de decreto (61.672) de revogação (em 5 de dezembro no Diário Oficial), mesmo assim as escolas permaneceram ocupadas. O secretário de Educação, Herman Voorwald pediu demissão
Por causa da ocupação, os alunos da Romeu de Moraes começaram o ano com a reposição de aula de 2015 na Escola Pereira Barreto e os estudantes da Anhanguera na Alexandre Von Humboldt (na Vila Anastácio). Para a estudante do 3º ano do Anhanguera, Ingrid Gollo, a ocupação atrapalhou os alunos que queriam se formar e que precisam do diploma para entrar na faculdade. “Ficou faltando algumas provas e trabalhos para fechar a programação de 2015. Nas férias estamos tendo que estudar por causa dessa ocupação. As aulas de reposição serão concluídas dia 26 de janeiro”.
As escolas Romeu de Moraes (Rua Tonelero) e a Manuel Ciridião Buarque (Rua Cerro Corá) foram desocupadas na quinta-feira (7). Os estudantes entregaram ofício com reivindicações aos representantes da Diretoria de Ensino na entrega do prédio das escolas da Lapa. “Pedimos o anfiteatro para debate, filme, aulas livres e oficinas aos sábados, tudo voltado para educação, por que a gente está em busca de uma educação libertadora que vem através do conhecimento que em aula a gente não tem. Esse tempo de ocupação de 42 dias foi uma escola da vida onde aprendemos com as diferenças e a desenvolver responsabilidades. Vamos continuar lutando pela Educação”, disse a estudante do 3º ano do Ensino Médio da Romeu de Moraes, Gabriela Olivieri.
Na região da Lapa, apenas a Anhanguera permanece ocupada, mas segundo a diretora de Ensino Centro Oeste, Rosangela Valim, existe uma proposta de desocupação pelos estudantes na quinta-feira, 14. Já a escola Godofredo Furtado de Pinheiros, a previsão de entrega do prédio é na segunda-feira.

Deputada alerta: calçada passa a ser obrigação da Prefeitura

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Mara enfrenta buracos e falta de rampas nas calçadas do centro comercial da Lapa

Buracos e ausência de rampas foram alguns dos problemas constatados pela deputada federal Mara Gabrilli durante uma vistoria de calçadas no trecho da Rua Doze de Outubro entre a Dronsfild e Cincinato Pomponet, na quinta-feira, 7. A deputada é cadeirante e sentiu dificuldade de circular pelas calçadas do Centro Comercial da Lapa. Mara teve que contornar uma grelha (de concreto) quebradas da calçada da Doze com John Harrison e outros buracos ao longo do caminho, principalmente no lado par da Doze e Cincinato Pomponet. Falta de rampa de acesso à faixa de travessia na Cincinato Pomponet com Doze de Outubro, na John Harrison (saída da passagem de trem) de ambos os lados e na calçada oposta ao Mercado da Lapa. “Está difícil de andar. A calçada não está de todo destruída, mas tem buracos que inviabilizam para o cadeirante. Estou circulando com uma cadeira normal que alguém empurra e dá para subir e descer desníveis, mas uma pessoa com uma cadeira motorizada e sozinha, não consegue. Agora com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) em vigor é importante que o povo fiscalize porque a responsabilidade das calçadas passou a ser da Prefeitura, da Subprefeitura. A Subprefeitura pode conversar com moradores, fazer parceria com a iniciativa privada, mas é ela que tem que fazer”, explica a relatora da LBI que entrou em vigor em 2 de janeiro.

Mara esclarece que com a nova Lei, a Prefeitura não pode cobrar, sem antes conversar (com morador). “Então ela tem várias possibilidades para fazer, inclusive em parceria com a iniciativa privada. Aqui já tem a Lei Municipal de minha autoria (quando vereadora) do Plano Emergencial de Calçadas que obriga a Prefeitura a fazer calçadas em rotas de serviços, foram feitas só 12% do total que o prefeito se comprometeu. É pouco, não cumpriu a Lei. Agora temos uma Lei que pune, antes era um decreto sem punição. A diferença da Lei federal é que o não cumprimento vai resultar crime administrativo. O prefeito não vai querer ser denunciado por improbidade administrativa, nem o secretário, nem o subprefeito. É isso que vai acontecer se eles apresentarem um cronograma e não cumprirem”, afirma a deputada. “É importante que a população conheça a Lei Brasileira de Inclusão que são 127 artigos sobre diversas áreas, enfim, ficar ligada e quando for uma causa coletiva, procurar o Ministério Público ou a Defensoria Pública”, acrescenta.

A Subprefeitura Lapa informa que será realizada na próxima semana uma vistoria nas calçadas do trecho para programar os serviços apontados após avaliação técnica.