Na semana que o Fórum Social da Vila Leopoldina volta a discutir a implantação do programa “De Abraços Abertos” no bairro, a Prefeitura divulgou uma nota onde lamenta a falta de apuração jornalística e senso crítico do texto “Braços Abertos começa a ruir”, publicado no jornal “O Diário de S. Paulo” (pg. 2-3, 23/04/2015). Segundo a Prefeitura, a fonte primária do texto são “donos de hotéis” que estão em disputa com a administração municipal e que ao longo dos últimos meses têm tentando pautar diversos veículos para pressionar por pagamentos adicionais que não são devidos, pelos termos do contrato que assinaram. (MIC)
Comunidade participa de audiência|da Lei de zoneamento
Moradores, movimentos de moradia, entidades e comerciantes da região da Subprefeitura Lapa, Butantã, Pinheiros e Sé lotaram o auditório da Uninove Barra Funda, no sábado, 18, para última etapa da revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do Diálogo Macrorregional realizada pela Prefeitura.
O subprefeito da Lapa, José Antonio Queija e a nova subprefeita de Pinheiros, Harmi Takiya, participaram da abertura do encontro ao lado do assessor Werber Sutti da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Técnicos da SMDU fizeram apresentação sobre o que foi incorporado no texto da nova minuta do projeto de lei a partir das contribuições da sociedade, em seguida os participantes foram separados por subprefeitura. A Lapa teve quatro salas de discussão. O encontro serviu para confirmar propostas e sugerir novas alterações além de esclarecer dúvidas da minuta.
O presidente da Amocity (Associação de Moradores da City lapa – Canto Noroeste), Jairo Glikson, disse que as alterações propostas pela associação na audiência anterior foram incorporadas na nova minuta, mantendo o Zoneamento Estritamente Residencial (ZER) na City Lapa. A Amocity aceitou, segundo ele, as mudanças para zonas corredores (ZCOR’S) em algumas ruas da City Lapa já consolidadas como a Rua Brigadeiro Gavião Peixoto e a Rua PIO XI (em toda a sua extensão) e a Rua Mercedes em seu 1° quarteirão. O ex-subprefeito Adaucto Durigan defendeu a manutenção de uma Zeis 3 no terreno da antiga garagem da CMTC, na Avenida Imperatriz Leopoldina, na Vila Leopoldina. A secretaria vai consolidar a versão definitiva do texto que será enviado à Câmara Municipal no início de maio.
Grupo cuida de horta, mas desiste de adoção de área
Uma das idealizadoras da horta City Lapa e moradora da Rua João Tibiriçá, Neide Rigo acompanhou o inicio da reforma na calçada da área onde fica o canteiro de plantas e ervas aromáticas. Ela ofereceu café aos trabalhadores que removiam a calçada para construção do novo passeio, na quinta-feira (23).
Segundo Neide, o grupo de moradores da João Tibiriçá vai continuar cuidando das plantas, mas desistiu do termo de adoção da área (pública da horta), junto a Subprefeita Lapa. Ela conta que foi uma decisão do grupo. “A entrada no termo de adoção foi uma decisão apressada, sem comunicar o coletivo. O coletivo decidiu que não tem um responsável pela horta. Aqui vai mudando, eu a Ana, o Bruno, a Maria. Então não tem sentido eu ficar responsável por uma coisa que é do grupo. É uma colaboração voluntária e por isso a gente acha que não necessidade de burocratizar. Antes era um lugar degradado, tinha mato alto e todo tipo de entulho e trabalhos religiosos, hoje as pessoas vem conversar, vem colher flores. Nós estamos cuidando, só isso”, conclui Neide.
Guilherme Ranieri, Gestor Ambiental (USP), enviou uma carta por e-mail para redação do JG, em nome do Grupo de Estudos Acadêmicos em Agricultura Urbana, de apoio à permanência da Horta da City Lapa.
Já a moradora da Rua Tordesilhas, Lisette Fleury aplaude a iniciativa, mas é contra uma horta no local por se tratar de uma área pública aberta, exposta a poluição dos veículos e de todo tipo de animais. Em um comunicado distribuído na região, Lisette sugeriu a criação de um jardim pela subprefeitura, com apoio da comunidade, mas sem termo de cooperação.
A Subprefeitura Lapa confirmou a desistência do termo. O indeferimento foi publicado no Diário Oficial do dia 7 de abril. A área está disponível para novos interessados em adotá-la.
Sub começa reforma na calçada da horta City
A Subprefeitura Lapa iniciou a obra de recuperação da calçada da Rua Barão de Itaúna e João Tibiriçá, na quarta-feira, 22. A deterioração do passeio ficou em evidência após a publicação de uma fotolegenda de capa do Jornal da Gente, edição de 21 a 27 de março, mostrando o plantio no meio da calçada. A imagem que tinha objetivo de chamar atenção para a acessibilidade se transformou em debate de grupos favoráveis e contra a horta na área pública. Em meio a polêmica, o subprefeito da Lapa José Antonio Varella Queija reconheceu que o passeio estava danificado e necessitando de reforma.
A previsão é que a nova calçada seja concluído em dez dias. A subprefeitura informa que o projeto de revitalização foi definido em acordo com a comunidade local. A calçada terá concreto e um caminho verde. Na parte de baixo (Rua Barão de Itaúna), o passeio terá 1,40m de largura com a implantação de um caminho verde, e a parte de cima (Rua João Tibiriçá), a calçada de concreto com largura variando de 1,20 a 1,40m). Já a construção de rampas de acessibilidade terá que aguardar o projeto de uma futura rotatória a ser implantada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) entre as duas ruas, informa a SubLapa. Só após a implantação do projeto, a subprefeitura fará um estudo para as melhorias necessárias no local.
Viva Leopoldina recorre de|nulidade da eleição do Conseg
Os integrantes da chapa Associação Viva Leopoldina inscrita para eleição da diretoria do Conseg Leopoldina, que não ocorreu no dia 14, recorreram da decisão dos membros natos, delegado Wanderley Afonso da Costa Junior e do comandante da 2ª Cia do 4º Batalhão da Polícia Militar capitão Ricardo Nicotari, e Coordenadoria dos Consegs. O documento foi encaminhado à Coordenadoria dos Consegs.
Na ocasião, foram apontadas falhas nas duas chapas, a do atual presidente Rafael Barcha porque não reside mais dentro da área do Conseg (exigência do novo regulamento) e também porque alguns componentes da chapa não estavam cadastrados ou ficaram sem atualização das fichas como membros efetivos. Na chapa da Associação Viva Leopoldina foi apontada falta de cadastro de membros efetivos (ficha que passa por assinatura e análise do delegado do 91° DP e do comandante da 2ª Cia da PM).
Para a diretoria da associação, a única chapa legítima para participar da eleição era a da AVL porque os integrantes inscritos são moradores do bairro e passaram por idêntico processo de membros efetivos (com levantamento pela polícia). No recurso, a associação pede a anulação da suspensão do processo eleitoral e a posse da chapa da AVL. “O Capitão recebeu o requerimento (de inscrição) no dia 17 de março e o delegado no dia 24 de março”, disse Campos.
Carlos Alexandre de Oliveira reforça que a inscrição da AVL foi feita de acordo com o Edital e Convocação de Eleições, publicado pela Coordenadoria do Conseg. “Foram fornecidos os dados dos candidatos, que foram verificados, constatando-se a Ficha Limpa e residência na região, onde as inscrições da chapa (e consequentemente dos membros) foram aceitas pela Comissão Eleitoral”, diz Oliveira.
O coordenador dos Consegs, Evaldo Coratto esclareceu que, além das falhas de cadastro, o Conseg Leopoldina está inativo pela falta de entrega das atas de reunião de forma continua. “O Rafael ficou afastado por motivo de saúde, por bastante tempo”, lembrou o coordenador. “No ano passado só foram entregues duas ou três atas. A regra diz que quatro reuniões sem atas somos obrigados a desativar o Conseg”.
Onda de assaltos assusta moradores da Rua Paumari
Moradores da Rua Paumari estão assustados com a onda de assaltos e furtos às residências. Eles contam que pelo menos quatro casas foram invadidas por ladrões em menos de 30 dias, sendo que duas na mesma semana. Apavorados, eles já pediram socorro na Secretaria de Segurança Pública e ao comando da 1ª Companhia da Polícia Militar, responsável pelo policiamento preventivo da região. A família de Rosana Fernandes foi uma das vitimas. Ela e o marido foram surpreendidos por dois homens armados dentro de casa, na madrugada do dia 14, por volta das 4h. A moradora foi abordada na cozinha por um homem armado que anunciou o assalto. O outro encontrou seu marido, que acordou com os gritos. Assustado, ele acabou rolando junto com um ladrão escada abaixo e ficou ferido.
Foram levados da casa vários objetos de valor, além de televisão, microondas, celulares, máquina fotográfica, roupas e até alimentos e bebidas da geladeira, que foram colocados no veículo da vítima (Ecosport), usado na fuga. A ocorrência foi registrada na 7º Delegacia de Polícia da Lapa. Poucas horas depois, o carro foi localizado (às 8h19) pela Polícia no Jaraguá, mas sem nada dentro.
No domingo antes (dia de manifestações na Avenida Paulista), outra residência foi invadida na Paumari. A sorte dos moradores é que não estavam em casa e seus pais tinham saído para fazer caminhada na região. Quando retornaram encontraram o portão aberto e a casa revirada. Foram subtraídos objetos variados, eletrônicos, além de dinheiro, joias, roupas e até o enxoval do bebê.
As imagens das câmeras instaladas em casas da rua estão ajudando a polícia na investigação. Muitos que não possuem câmeras investem no equipamento. Esta semana, Rosana providenciou a colocação de câmeras em sua casa. Diante do avanço da criminalidade, as vitimas se mobilizam para criar uma rede de proteção para afastar os ladrões do local. O comando da 1ª Cia do 4º Batalhão da PM informou que reforçou o policiamento na rua.
União e segurança
Na semana que o Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina ficou inativo após a anulação do processo eleitoral da diretoria para o período 2015/2017, a chapa da Associação Viva Leopoldina resolveu recorrer da decisão. A AVL concorria com a chapa do atual presidente do conselho, Rafael Barcha.
A disputa não aconteceu após análise do delegado do 91 DP e comandante da companhia da PM na região (membros natos do conselho) que apontaram falhas nas inscrições das duas chapas como falta de atualização ou registro de cadastro de membros efetivo. O atual presidente também ficou inelegível por não morar mais na área de atuação do conselho.
O coordenador dos Consegs na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Evaldo Coratto, explicou que além da falha nas inscrições, as atas das reuniões (mensais) acabaram sem continuidade na entregue, somente 2 ou 3 chegaram à secretaria no ano passado. “A regra diz que quatro reuniões sem atas, temos que desativar o Conseg”, esclareceu o coordenador.
A Leopoldina deve ter o conselho reativado no próximo mês após os interessados apresentar cadastro junto ao delegado do 91 DP e o capitão da 2ª Cia da PM. Dos cadastros levantados e aptos será escolhida a nova diretoria do Conseg. Mas a Viva Leopoldina alega que a inscrição foi feita dentro do regulamento e edição de convocação da eleição.
Não muito longe da Leopoldina, moradores da Rua Paumari que nem se conheciam iniciaram conversações após o avanço da criminalidade que passou dos furtos de veículos na rua para dentro das casas. Ameaçados pelo número crescente de roubos às residências, eles iniciam a discussão para criação de uma rede de proteção comunitária em parceria com a Polícia Militar. Das ocorrências negativas nasceu algo positivo: novas amizades.
A Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo é outro exemplo. A distrital tem projeto de reunir entidades para discutir problemas e soluções para o bem da região.
A Leopoldina vai perceber que apesar do Estado de São Paulo registrar queda no primeiro trimestre do ano em todos os principais indicadores de criminalidade, entre eles os roubos e furtos em geral e de veículos, a união da comunidade é fundamental, principalmente quanto se trata de segurança pública. Apesar da análise trimestral do estado, se compararmos os dados de março desse ano com o mesmo período do ano passado houve um aumento no furto de veículos de 57 para 75 ocorrências, na área da Leopoldina, mas é verdade que o roubo de carros teve queda de 31 casos para 17 no mesmo período.
Quem sabe, se a comunidade ficar unida, as conquistas sejam maiores e duradouras. Muitas vezes as divergências resultam em bons frutos. O recomeço pode ser o caminho para uma região cada vez mais unida e segura.
Dengoso inseto
Tamanho não é documento. Prova disso é o estrago que o pequenino mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vem fazendo em toda a Cidade. Na região não é diferente.
No período de 4 de janeiro a 28 de março, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 31.980 notificações na Cidade e 8.063 casos confirmados e contraídos no município (autóctones). Mais de 38% desses casos estão concentrados na zona norte de São Paulo. Na area da Subprefeitura Lapa já foram confirmados 207 casos (71 no distrito da Lapa, 48 no distrito da Leopoldina, 34 em Perdizes/Pompeia, 29 no Jaguaré, 21 Jaguara e 4 na Barra Funda). Também foram confirmadas mais duas mortes nas regiões leste e sul da cidade, somando quatro óbitos por dengue na Cidade.
E a situação pode piorar, abril é considerado o período de maior incidência da doença. Os cuidados com os possíveis focos do mosquito dentro de casa devem ser redobrados. É que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é mesmo vetor da febre amarela e da chikungunya. Ele é encontrado principalmente em locais de grande concentração humana e vive dentro das casas. Daí o perigo.
Somente a fêmea transmite a doença, quando pica uma pessoa em busca de sangue para amadurecer os ovos. Ela ataca durante o dia, principalmente ao amanhecer e no final da tarde, preferencialmente nas pernas.
Em média, cada fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ao contrário do que muitos pensam, o inseto coloca seus ovos milímetros acima de sua superfície da água, principalmente em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe e entra em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Em cerca de cinco a sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. Essa rapidez na multiplicação resulta em maior contaminação da população que lota os serviços de Saúde.
Com o crescente avanço da doença, a Secretaria Municipal de Saúde instalou seis tendas na Cidade para atendimento exclusivo as pessoas com sintomas de dengue. Na área do Hospital Sorocabana está uma das tendas, ou melhor, o serviço foi implantado na casa ao lado da AMA 24 horas. A AMA permanecia lotada nas últimas semanas, dos 800 atendimentos por dia, 300 eram de pessoas com sintomas de dengue. Entre eles moradores da região da Subprefeitura da Lapa (a própria Lapa, Lapa de Baixo, Leopoldina, Vila Anastácio, Ipojuca, Romana, Pompeia, Barra Funda, Perdizes etc), e também de outras localidades como Freguesia do Ó, Pirituba, Perus, Brasilândia.
Na quinta-feira, o prefeito Fernando Haddad anunciou reforço no combate ao Aedes aegypti. Homens do Exército vão ajudar agentes de saúde nas visitas as residências para orientar a população a eliminar os possíveis focos do mosquito. A situação exige muita atenção, disse o prefeito, sobretudo no combate aos focos, já que 80% deles encontram-se dentro das residências. Ou seja, o cidadão pode ajudar eliminando qualquer recipiente com água parada para afastar o perigo da contaminação pelo dengoso inseto.
Comunidade se mobiliza para|reabrir Parque Villas Bôas
Conselheiros do Parque Leopoldina Orlando Villas Bôas, do Cades-Lapa, de entidades e moradores da região estiveram reunidos segunda-feira (13) com o vereador Gilberto Natalini para discutir o encaminhamento a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Sabesp e Justiça para a reabertura da área. Fechado desde 9 de março por decisão da Justiça, a pedido do Ministério Público, por suspeita de contaminação, o parque preocupa a comunidade que teme perder a área de lazer (em área da Sabesp) para o mercado imobiliário.
Glaucia Prata, do Movimento Popular de Vila Leopoldina, lembrou que antes da inauguração do parque, a Cetesb já tinha pedido de análise ambiental e de risco da área. “A área que ficou separada para o parque era usada por funcionários da Sabesp (para lazer). Ali existe risco, sim, de gás metano, mas como a área é aberta, dispersa. O parque abriu nessa situação, mas foi pedido um acompanhamento com análise de risco e também para informar o que deveria ser feito para a segurança dos usuários e funcionários. Isso faz cinco anos que a Cetesb pediu para Sabesp apresentar o estudo. Pediram prazo e assim a situação ficou até fechar o parque”, explicou Glaucia. “A ação civil (do MP) é de 2010, depois ela retornou em 2012 e agora a juíza entendeu que em cinco anos ainda não foi feito nada e pediu o fechamento do parque. A Sabesp contratou uma empresa para fazer o estudo. O prazo é de 9 meses para conclusão. Precisamos saber se é necessário todo esse tempo para reabrir. Outra coisa é proteger o parque para não perder a área para a construção civil e também cobrar providências da Secretaria do Verde para implantação do parque na área da ex-usina”, concluiu a líder comunitária.
Autor da Lei de criação do parque (na área da ex-usina de compostagem (que aguarda a retirada de equipamentos da Secretaria de Serviços para descontaminação), o vereador Gilberto Natalini está engajado na defesa do parque. “Sabemos que há poderosos interesses imobiliários, mas não vamos esmorecer. Queremos o parque de volta”, disse vereador.
Para a conselheira do Cades-Lapa e advogada, Rosana Altafin, não existe nenhuma prova contundente que faça com que o parque fique fechado. “Como Cades, vamos nos reunir para achar uma legitimidade e entrar nesse processo para tentar revogar a liminar (de fechamento)”, afirmou Rosana.
Sem eleição, Conseg Leopoldina fica inativo
Um clima tenso marcou a reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Vila Leopoldina (Conseg Leopoldina), na noite da terça-feira, 14. O motivo foi a disputa eleitoral para diretoria (biênio 2015/17) entre o grupo do atual presidente Rafael Barcha e a chapa encabeçada por Umberto de Campos, presidente da Associação Viva Leopoldina, que agrega 14 condomínios da região da Leopoldina. Cerca de 70 pessoas compareceram à sede da Sociedade Esportiva e Recreativa da Vila Anastácio (Serva), na expectativa de escolher seus representantes ao conselho, mas muitos desconheciam um requisito básico: para votar era necessário ser membro efetivo do conselho.
O membro nato do Conseg e delegado titular do 91ª Delegacia de Polícia, Wanderley Afonso da Costa Junior, explicou que pelo novo regulamento, o presidente tem que morar dentro da area de atuação do Conselho. Critério que inviabilizou a disputa de Rafael Barcha à reeleição porque não reside mais na Vila Anastácio (area do Conseg Leopoldina) e sim na Pompeia, area de outro Conseg. Além da inelegibilidade do atual presidente, foram apontadas outras irregularidades, como a falta de cadastro de outros membros efetivos na sua chapa.
De acordo com o delegado, a outra chapa inscrita – encabeçada pelo presidente do Viva Leopoldina – também apresentou falhas, por não ter membros efetivos cadastrados. O conselho tinha apenas um membro efetivo, mas o presidente do Conseg também não fez a atualização da ficha, como exige o regulamento. “Hoje não teremos a votação em razão das irregularidas das chapas”, anunciou o titular do DP da Leopoldina na terça-feira, deixando o conselho inativo.
Coordenador explica
Segundo o coordenador dos Consegs na Secretaria de Segurança Pública, Evaldo Roberto Coratto, além das falhas nas inscrições, o Conseg teve outro problema. “O Conseg Leopoldina vai ficar inativo porque a diretoria não se preocupou em trazer novos membros efetivos e de manter os cadastros em dia”, disse o coordenador.
Segundo Coratto, as duas chapas apresentaram falhas. O coordenador explicou que o Conseg fica inativo até os membros natos, delegado Wanderley e capitão PM Nicotari, reativá-lo. Coratto avisa que até 10 de maio, que seria de posse do novo presidente, o delegado e o capitão poderão receber as fichas de pessoas interessadas em se tornar membros efetivos. Nesse período, mesmo com o conselho inativo, Rafael continua presidente. “O delegado e o capitão vão fazer o levantamento, avaliar as fichas e tirar cinco nomes para a nova diretoria. Espero que isso ensine as pessoas a trabalhar melhor o Conseg”, conclui o coordenador.