Dirigente lamenta danos em escolas durante greve

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Escola Estadual Anhanguera recém restaurada foi alvo de pichações esta semana

Cadeados colados e muros de escolas estaduais pichados marcaram a semana na região. A dirigente de educação Centro-Oeste, Rosangela Valim, lamentou os danos aos prédios para impedir a entrada de funcionários e estudantes durante a greve dos professores. “Foi preciso quebrar o portão do Raul Cortez, por exemplo, para as crianças entrar”, conta Rosângela. “Tem um grupo radical – de fora-  que faz confusão”, afirmou.

Outras escolas da rede estadual passaram pelo mesmo problema como a Alfredo Paulino (Rua Caativa) e a Anhanguera. “No Anhanguera os murros foram pichados na manhã de quarta-feira. O prédio é tombado (como patrimônio histórico) e passou por obra de reforma e restauro que custou R$ 624.801,65. Levamos anos aguardando essa reforma e agora vamos ter que usar o dinheiro que temos para arrumar os portões e pintar os muros”, lamentou a dirigente. De acordo com a dirigente Centro-Oeste, a adesão é baixa nas escolas da região:  no Anhanguera 11 professores dos 50 entraram em greve, na escola Alfredo Paulino 5 dos 28,  Boanova três, Raul Cortez (Rua Faustolo) três, Romeu de Moraes (Vila Ipojuca) dois. “Mas estamos com professores eventuais para repor as aulas”, revela Rosangela que lamento os danos nos portões e muros das escolas.

Os professores estão em greve há mais de 50 dias e pedem reajuste salarial. A Secretaria de Estado da Educação afirma ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos e que apresentou três propostas em reunião em 23 de abril, entre elas manutenção de uma política salarial pelos próximos quatro anos com data base em 1º de julho. Uma audiência de conciliação terminou sem acordo entre professores estaduais e representantes da Secretaria de Estado da Educação, quinta-feira (7) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ). 

Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), os atos não foram orientados pela entidade. A categoria está em greve há mais de 50 dias e reivindica 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, além de melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das salas de aula restantes. A garantia de direitos para docentes temporários também está entre as demandas dos grevistas. O Governo do Estado tinha uma liminar para desconto dos dias parado, mas a  juíza Celina  Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública, concedeu liminar, garantindo aos professores estaduais em greve o pagamento dos dias parados e multa de R$ 5 mil, por dia de descumprimento a determinação. A Procuradoria Geral do Estado recorreu e a Justiça cassou a liminar da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública que impedia o Governo do Estado de descontar os dias parados na sexta-feira, 8.

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