Coletivo cobra participação consultiva na Praça Cornélia

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
A falta de placas que indicam que a área possui um termo de cooperação faz com que vizinhos e usuários não saibam sobre a parceria

O Coletivo da Praça Cornélia protocolou na segunda-feira (11) junto à Subprefeitura Lapa um documento sobre o termo de cooperação vigente da área verde, realizado junto a REM Construtora. O grupo aponta que durante os três anos de vigência do termo, tanto a empresa quanto a subprefeitura não realizaram os serviços necessários de forma regular.

Vizinhos da praça, incluindo antigos moradores e comerciantes do entorno, afirmam que a manutenção dos jardins e principalmente a revitalização dos canteiros, com capinação e reposição das plantas, serviços que fazem parte do escopo da parceria, só foram realizadas recentemente. Também foi informado que, em janeiro de 2020, o coletivo entrou em contato com a REM, que ofereceu aos vizinhos uma proposta de rateio de despesas para a execução de serviços de jardinagem, no valor de R$ 23.566,00. Por entender que isso deveria fazer parte do termo de cooperação, a proposta não foi aceita.

O grupo afirma que a REM é uma empresa que realiza diversos empreendimentos que impactam a região e, portanto, cuidar da maior praça do bairro, com frequência e agenda definidas para a realização dos serviços, seria uma boa contrapartida.

O coletivo, de onde saiu o Comitê de Usuários da praça de acordo com a Lei Municipal Ordinária nº 16.212 de 2015, sobre a Gestão Participativa das Praças do Município, também acredita que seria um grande ganho para a comunidade se os integrantes pudessem ter um contato maior com a subprefeitura e com os cooperantes, com o objetivo de conseguir mais melhorias para a Praça Cornélia, atuando de forma consultiva. “Valorizamos muito essa área e acreditamos que precisamos unir forças. A comunidade, o poder público e o ente privado, atuando juntos para que o potencial de uso positivo dessa praça seja aproveitado”, afirma Kátia Braga, integrante do coletivo.

Com o fim do termo de cooperação no dia 17, o coletivo reitera a importância de que a subprefeitura fiscalize os serviços prestados pela empresa cooperante que vier a assumir a área.

A falta de placas que indicam que a área possui um termo de cooperação faz com que vizinhos e usuários não saibam sobre a parceria. “Muitos moradores não sabem que aqui tem um termo de cooperação. Tinha uma grande necessidade de serviços, mas vimos que melhorou a partir de novembro”, conta Sandra Calixto, síndica de um prédio próximo à praça.

Entre as melhorias feitas no final do ano passado estão a reposição de bancos quebrados, pintura nos canteiros, novas lixeiras e reposição de plantas. O coletivo questiona a realização das intervenções em um período próximo ao fim do termo de cooperação e afirma que os serviços deveriam ser mantidos durante toda a vigência da parceria.

O termo de cooperação diz respeito ao serviços de manutenção geral, jardinagem, conservação de bancos, lixeiras e pinturas eventuais, entre outras medidas pontuais com vistas à preservação da Praça Cornélia. Questionada, a REM afirma que seguirá, em 2021, responsável pela zeladoria da praça. A construtora reitera seu comprometimento com o espaço que é tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal e reconhecidamente relevante para a contínua melhora da qualidade de vida dos moradores da Vila Romana.

Segurança
Os vizinhos também reclamam da insegurança do local, principalmente à noite, com relatos de uso de drogas e tentativas de abrir os carros estacionados para a realização de furtos.

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