ACSP discute SUS com Gilberto Natalini

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A reunião ordinária da Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP-Lapa) realizada na quarta-feira, 28, contou com a presença do vereador Gilberto Natalini (PSDB), que palestrou sobre a dinâmica do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o parlamentar, a sociedade, como um todo, precisa lutar para que as bases de financiamento do SUS sejam cada vez mais consistentes. “A Constituição de 88 garantiu o atendimento universal na área da Saúde. Foi assim que surgiu o SUS”, diz Natalini. “É um sistema complexo, cujo maior problema não é de gestão, mas sim de financiamento”, acrescenta o vereador.
Segundo ele, o atendimento SUS em todo o Brasil, envolve números anuais grandiosos: 350 milhões de consultas médicas, que geram quase quatro bilhões de procedimentos. “O que o Brasil tem disponível, hoje, para atender todo esse volume corresponde a US$ 220/ano/habitante. É um valor insuficiente para melhorar, por exemplo, o salário de um cirurgião, que hoje em São Paulo ganha pouco mais de dois mil reais. No Rio de Janeiro existem médicos que recebem salários de R$ 800”, explica Natalini.
Na capital, de acordo com o vereador a política de saúde pública progrediu bastante nos últimos três anos e meio, sobretudo com a multiplicação de equipamentos como as Amas (Assistência Médico Ambulatorial). Desde a entrega da primeira AMA em março de 2005 (gestão Serra), no Jardim Ângela, Zona Sul, já foram realizadas mais de 5,8 milhões de consultas com clínicos-gerais e pediatras. O número equivale à população da Dinamarca.
Outro ponto positivo do SUS, segundo Natalini, são as campanhas de vacinação. “Criou-se uma rede preventiva que funciona. No caso dos idosos, a adesão à vacina contra a gripe é de 70%. Algo de fazer inveja a países de primeiro mundo. Nos Estados Unidos, a adesão é bem inferior ao patamar brasileiro”.
Também não ficou de fora da avaliação do vereador o esforço do governo brasileiro em relação ao tratamento de pessoas infectadas pelo vírus HIV, com programas reconhecidos como padrão pela comunidade internacional.

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