De domingo a domingo o paulistano sempre tem uma boa desculpa para pedir uma pizza. Tanto é que como campeã no consumo da iguaria, a cidade tem uma data para festejar a redonda mais apreciada do mundo, o Dia da Pizza, em 10 de julho.
A comemoração acontece desde 1985 em São Paulo, quando foi instituída pelo então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, por ocasião de um concurso estadual que elegeria as dez melhores receitas de mussarela e margherita. Empolgado com o sucesso do evento, o secretário escolheu o dia de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de comemoração da redonda.
Apesar da receita do disco feito com farinha de trigo e coberto com recheio ser desconhecida, a pizza faz sucesso na mesa de pobres e ricos. De nada importa se ela nasceu há 6 mil anos com os egípcios ou se os pioneiros foram os gregos, se a redonda chegar rápido e quente, com o queijo bem derretido, a mesa do consumidor.
Seja como for, desde que desembarcou no Porto de Santos com os imigrantes napolitanos, no século 19, a receita se tornou popular entre os brasileiros. De lá-pra-cá surgiram cerca de 6500 pizzarias só na cidade de São Paulo, muitas delas na região da Lapa, Vila Romana e Leopoldina, onde famílias italianas fixaram residência e até hoje se concentra grande número de casas especializadas em combinar a massa com novos sabores de recheios para a promoções do dia da redonda.
Segundo colocado
Segundo o presidente do Clube da Pizza, Maurício Costa, a pizza de São Paulo é considerada uma das melhores do mundo, deixando para traz até as preparadas na Itália. “O Brasil só perde em consumo de pizza para os Estados Unidos, ficamos em segundo lugar com destaque para São Paulo. Aqui temos pizza para todos os gosto, com massa grossa, média e fina”, informa o especialista.
As estatísticas da cidade são impressionantes: São Paulo possui cerca de 6500 mil pizzarias, responsáveis pelo preparo de aproximadamente uma tonelada de massa por dia. ”A cidade consome mais de 1 milhão de pizza por dia. Hoje já existe cerca de 265 tipos de coberturas diferentes em São Paulo. As mais vendidas são as tradicionais: mussarela, margherita e calabreza”, revela Costa. Segundo ele, o mercado das redondas gera R$ 5 bilhões em faturamento anual e milhares de postos de empregos. “Só em São Paulo são cerca de 200 mil empregos diretos”, conclui Costa.