Tuberculose tem tratamento gratuito

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Quem estiver com tosse por um período superior a 15 dias deve procurar uma unidade de saúde próxima de sua casa e fazer o exame de escarro (catarro), para verificar se está infectado pelo bacilo de kock, causador da tuberculose. O alerta é da médica e coordenadora do Programa de Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde, Naomi Kawaoka Komatsu, que explica que a tosse pode ter várias razões. “Na gripe, por exemplo, ela dura até 15 dias. Mais que isso, é recomendado o exame para averiguar se a pessoa está com a tuberculose”, orienta.
Ela lembra também que, além da tosse, a doença pode apresentar outros sintomas como febre, dor no peito, falta de apetite, cansaço e sangue no escarro (catarro).

Transmissão

Apesar da principal manifestação ser a tosse, a médica explica que a tuberculose também pode ser transmitida por meio de gotículas expelidas pela fala e espirro. “O bacilo entra no corpo via pulmão. As pessoas que convivem com o doente no local de trabalho, em casa ou na escola, especialmente em ambientes fechados, sem ventilação, são as que têm maior chance de contágio”, esclarece Naomi.

Doença

Na Campanha de Combate à Tuberculose veiculada na imprensa, o Ministério da Saúde informa que o Brasil faz parte da lista de 22 países com os maiores índices de tuberculose do mundo. Cerca de 85 mil casos são registrados a cada ano e quase seis mil pessoas morrem vítimas da doença. “Desses 85 mil, cerca de 18 mil são do Estado de São Paulo e sete mil do Município. No ano passado, foram 93 casos na região da Lapa, que abrange além da Lapa, a Leopoldina, Jaguaré, Jaguara e Perdizes”, informa a coordenadora.
Segundo Naomi, isso pode ser evitado. “Grande parte da população desconhece o tratamento, os sintomas e a possibilidade de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). O exame pode ser feito em uma unidade de saúde, onde a pessoa deve procurar pelo serviço de enfermagem e solicitar o exame. Após o resultado, quando detectada a doença, o paciente deve fazer o tratamento por seis meses, sem interrupção, com medicamentos que são gratuitos e que só existem na rede pública de saúde. Como os remédios são bons, de 15 dias a um mês os sintomas diminuem e a pessoa geralmente abandona o tratamento, dificultando a cura”, disse. Por isso, ela recomenda que o doente seja acompanhado por um profissional de saúde durante o tratamento. “Quando o diagnóstico é tardio, a doença se agrava tornando o tratamento mais difícil e deixando seqüelas irreversíveis. Quanto maior for a gravidade e as seqüelas, maior o risco de morte”, conclui.

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