Saúde em|risco

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Hospital Itatiaia fechado e o Sorocabana em crise.

A região da Lapa perde o
Hospital Itatiaia (City), que encerrou suas atividades em janeiro, e vê
o Hospital Sorocabana mergulhado numa crise que parece não ter fim.
O Itatiaia, de acordo com a apuração da reportagem do Jornal da Gente,
dificilmente será reativado pelo grupo Amil, a quem coube a decisão de
fechar o hospital, após a incorporação da Medial Saúde, empresa que
respondia pelo complexo hospitalar da Rua Duarte da Costa. A Amil
prefere centrar esforços de investimentos num outro hospital que mantém
na região, o Metropolitano, na Vila Romana. Oficialmente a Amilpar,
holddin do grupo, afirma que o fechamento do Itatiaia se deu por
“decisões estratégicas da empresa” e não pelo fato de haver
irregularidades no processo (alvará) de ampliação física do hospital.
O embargo da obra resultou num esqueleto de alvenaria cujo destino,
segundo posicionamento oficial da Amilpar, “ainda será definido”. A Sub
Lapa, no entanto alerta: a Amil se vê na obrigação de derrubar a
terceira laje do esqueleto de ampliação do agora extinto Itataia, pois
ela fere os limites do gabarito legal.
Não bastasse a perda de um hospital, algo que, independente do caráter
público ou privado da instituição, deve ser objeto de preocupação, a
Lapa continua assistindo, indignada, a longa e crônica crise do
Hospital Sorocabana. O JG apurou que a dívida do Sorocabana em
negociação com a Receita Federal ultrapassa R$ 100 milhões. Já os
acordos trabalhistas vigentes consomem R$ 200 mil/mês. Há dívidas sendo
renegociadas com fornecedores. A folha de pagamento é de R$ 500 mil.
Cerca de 90% das verbas que sustentam o hospital são do Sistema Público
de Saúde. A média mensal dos repassse SUS nos últimos meses ficou na
casa de R$ 500 mil.     
Na quarta-feira, 2, a ACSP-Lapa recebeu o vereador Gilberto Natalini
(PSDB), integrante do G-8 Lapa, que explicou os motivos que o levaram a
pedir a municipalização do hospital da Rua Faustolo. “A crise é
profunda, com dificuldades de ordem financeira, jurídica e
administrativa. Por si só a associação mantenedora do Sorocabana já não
tem mais condições de conduzir o hospital. Portanto, é preciso que a
Prefeitura encontre um caminho que nos leve à municipalização”.

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