Gestão do Sorocabana ainda é uma incógnita

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Amorim (C) conversa com o prefeito de Botucatu João Cury

A saída, aparentemente voluntária, de José Carlos Simião da presidência da Associação Beneficentes Hospitais Sorocabana (Abhs)– mantenedora do hospital da Rua Faustolo e da unidade localizada na cidade de Botucatu – continua sem explicação. O mesmo acontece em relação à diretoria da entidade que também pediu demissão. Esse vácuo, ainda não preenchido de forma regimental e estatutária, deixa dúvidas quanto à legitimidade da atuação de Carlos Amorim como superintendente da Abhs, atolada em dívida que, segundo fontes oficiais da área da Saúde, chega a R$ 300 milhões.
Amorim ainda não se dispôs a conversar com o Jornal da Gente para explicar quais mecanismos o garantem e o legitimam como gestor do Sorocabana. Como ninguém filiado à Abhs aparece para dar explicações, a qualificação e autoridade de Carlos Amorim como gestor continua sendo uma incógnita. Em Botucatu, essa autoridade ganhou ares exteriores, uma vez que ele foi recebido pelo prefeito João Cury para discutir o futuro da unidade do Sorocabana naquela cidade. Segundo reportagens da imprensa local (Acontece Botucatu e Diário da Serra), o superintende chegou a sugerir que a Prefeitura adquirisse a unidade de Botucatu. Na ocasião, sempre segundo relatos da imprensa, Amorim se apresentou como representante da Abhs e do grupo Assim – Assistência em Saúde, além de representante do Imperial Bank.
A reportagem do Jornal da Gente apurou que no Rio de Janeiro existe uma empresa chamada Assim Saúde, mas sem nenhum braço operacional em São Paulo. Em nota enviada ao JG, o gerente jurídico Luiz C. G. Brandão informa que “o Grupo Hospitalar do Rio de Janeiro Ltda, nome fantasia Assim Saúde, não participou ou está participando de negociação para assumir as operações da Associação Beneficente Hospitais Sorocabana. Os fatos narrados na reportagem anexa (noticiário do site Acontece Botucatu) são totalmente estranhos ao corpo executivo e aos sócios desta operadora de saúde, cuja atuação está restrita à cidade do Rio de Janeiro”.
Amorim, questionado pela imprensa de Botucatu, admitiu que, no passado, participou da administração da operadora Save Assistência Médico Hospitalar colocada em regime de liquidação, em 2003, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Em 2008, outra operadora, a Universo Assistência Médica, da qual Amorim participava da administração, também foi liquidada pela ANS.

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