Prefeitura avalia futuro do Sorocanbana

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Complexo hospitalar está fechado desde setembro

Nos gabinetes da Secretaria Municipal de Saúde um sinal de alerta mobiliza os homens de confiança do secretário Januário Montone. O fato que gera preocupação é o fechamento do Hospital Sorocabana e o consequente aumento da demanda em equipamentos da rede municipal como o Pronto-Socorro da Lapa.
Por determinação do prefeito Gilberto Kassab, a equipe de Januário Montone tenta consolidar um plano para reabrir o Sorocabana. A tarefa que já não era fácil, ficou ainda mais complicada desde a renúncia, no início de janeiro, de toda a diretoria da Associação Beneficente Hospitais Sorocabana (Abhs), mantenedora das unidades Lapa e Botucatu (interior de São Paulo). Hoje, quem responde pela Abhs seria Ivens Scruph, conselheiro mais velho, que teria dado respaldo à posse de Carlos Amorim como superintendente da instituição.
Montone, surpreendido com as mudanças na Abhs, busca entender quem é e o que faz Carlos Amorim na estrutura do Sorocabana. Nas mãos da equipe do secretário estão documentos oficiais (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Câmara Municipal de São Caetano) e reportagens da imprensa de Botucatu e de São Caetano. Esse dossiê revela de um lado, o envolvimento de Amorim em processos judiciais e extajudiciais (empresas na área da saúde), e, do outro, a sua relação empresarial com Grupo Imperium Bank, uma corretora de comodities, com capital social de apenas R$ 20 mil, que teria incorporado o Hospital São Caetano (fechado com dívidas de R$ 60 milhões).
Ao se apresentar ao prefeito de Botucatu, João Cury, para discutir o futuro do Sorocabana naquela cidade, Amorim, segundo a imprensa local, disse que representava o Imperium Bank. Na ocasião, o superintendente sugeriu que a Prefeitura de Botucatu incorporasse a unidade regional do Sorocabana.
O caso do arrendamento do Hospital São Caetano, segundo o site Repórter ABC, levanta suspeitas e resultou em investigações por parte da Câmara Municipal. O relatório dos vereadores foi encaminhado ao Ministério Público.
Em São Paulo, nem Amorim, nem o conselheiro Yvens se pronunciam publicamente sobre a legalidade da atual administração do Sorocabana. O terreno onde está localizado o hospital foi doado pelo governo do Estado de São Paulo há quase 60 anos. O contrato estabelece condições que, se não cumpridas, devolvem o terreno e tudo o que nele estiver contido ao patrimônio público. Especialistas ouvidos pelo JG, entendem que o governo estadual tem plenas condições de ganhar a área, recorrendo á Justiça. “Falta coragem e vontade política para tanto.”, avalia uma fonte ouvida pelo JG.

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