Exame esclarece falso estupro de aluno da Emei

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JG acompanhou o caso da escola da Lapa de Baixo desde o início mas preferiu aguardar laudo do IML

Deu negativo o exame médico feito pelo Instituto Médico Legal no memino de cinco anos, K. P. S., que era aluno da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Neyde Guzzi  de Chiacchio na Lapa de Baixo. O resultado contraria a declaração de sua mãe Raquel Kelyane Bento da Silva, registrada no Boletim de Ocorrência do 7º Distrito Policial da Lapa, em 17 de outubro, como Estupro de Vulnerável. Ela também deu entrevistas ao programa Brasil Urgente da TV Bandeirantes (Band), comandado por José Luiz Datena, falando sobre as alterações nas partes intimas da criança após sua chegada da escola. O Programa Brasil Urgente exibiu imagens do menino (desfocadas), da escola e a entrevista da sua mãe falando do suposto abuso sexual ao filho. A exposição e exploração do caso no programa de televisão deram visibilidade ao suposto crime contra o menor, levantando suspeitas sobre a Emei e seus funcionários. 

Laudo do IML
O resultado do exame feito (em 18 de outubro) pelo IML e divulgado na terça-feira, 13, constata que “não há evidências que comprovem atos libidinosos” nas partes intimas do garoto. Ou seja, nada do que foi dito e divulgado por vários dias por Datena (na segunda quinzena de outubro), é verdade. O diretor de Educação das escolas Municipais da região da Lapa, Waldecir Pelissoni, preferiu manter silêncio até a divulgação do resultado do exame. “Sou a favor da verdade”, resumiu ele.A diretora da Emei, Rita de Cássia Ribeiro Liviero, e todos os funcionários da escola estão aliviados com a revelação da falsa notícia. O fato vinha sendo investigada pela equipe do DP da Lapa e foi esclarecido com o resultado do IML. Por conta da ocorrência, o garoto foi transferido para outra unidade escolar do Município, teve que passar pelo exame e tomar coquetel antiaids, conforme declaração da própria mãe em entrevista ao programa da Band. 

Mães em pânico
As matérias do programa de Datena causaram queda na frequência dos alunos. Os pais e mães ficaram em pânico e muitos não deixavam os filhos ir à escola. Segundo Rita de Cássia, a Emei tem cerca de 280 alunos. “Teve dia que apenas um sexto das crianças compareceu as aulas. Meus 28 anos na Educação ajudaram, consegui manter o prédio funcionando, mas foi difícil porque as pessoas enxovalharam a diretora e a escola”, desabafou a diretora da escola, após reunião com mães de alunos onde revelou o resultado negativo do exame de K., na terça-feira, 13. Para o diretor de Educação, o resultado do IML restaura a verdade. Ele lamenta a exposição do menino, que em nenhum momento confirmou a denúncia da mãe.

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