Alerta na saúde

0
735

A situação do Hospital Sorocabana continua sem previsão de início da reforma e reabertura para atendimento pelo Sistema Único de Saúde à comunidade. São várias as tentativas em resolver a questão do hospital fechado desde 2010, quando a Associação Beneficente Hospitais Sorocabana mergulhou em dívidas e paralisou o atendimento. O imóvel acabou retomado pelo Governo do Estado, dono do terreno cedido à associação em termo de permissão de uso para o atendimento exclusivamente de saúde hospitalar. Com a mobilização da comunidade que pediu a municipalização do Sorocabana, o governador Geraldo Alckmin e o então prefeito Gilberto Kassab assinaram um termo em 2012 dando início ao processo de transferência do hospital para o Município. Kassab prometeu reabrir o Sorocabana, mas sua gestão terminou em dezembro passado sem nenhuma obra de reforma. Em entrevista ao Jornal da Gente, no início de abril, o secretário Municipal de Saúde de Haddad, José de Fillipi Junior, disse que a intenção é reabrir o Sorocabana como hospital geral, de porta aberta para a comunidade. Faltava uma reunião com o secretário de Saúde do Estado, Giovanni Cerri, para costurar um acordo e começar a obra. A proposta era para que o governo estadual aplicasse seu conhecimento já adquirido no Hospital das Clínicas para reformar o Sorocabana. O Município entrava com os recursos. Mas como o governo precisava desocupar o hospital da Cotoxó para adequá-lo ao atendimento de dependentes químicos, o HC reformaria e usaria dois andares (o 4º e o 5º) para leitos de retaguarda, pelo período de dois anos. O vereador Gilberto Natalini alertou sobre o perigo de uma ocupação pelo HC por prazo indefinido em reunião na Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, na segunda-feira, que discutiu justamente a demora na reabertura do hospital. No mesmo dia, um decreto (59084) do governador Alckmin trazia a boa notícia de permissão de uso do prédio do Sorocabana ao Município, mas também a autorização para que o Hospital da Clínicas use parte o térreo, parte do 4º andar e parte do 5º andar para o atendimento assistencial da autarquia. É,  parece que Natalini acertou. Segundo o atual secretario adjunto de Saúde do Município, Paulo Puccini, com a publicação do decreto na segunda-feira está sendo agendada uma nova reunião com o governo para discutir a questão.  A conselheira de Saúde Berto Moraes vai pedir o apoio do prefeito Fernando Haddad para intervir junto ao  governador  para rever a autorização por tempo indeterminado ao HC. Sem leitos na região, uma coisa é certa, Haddad e seu secretário de Saúde Fillipi precisam ser rápidos. O alerta vermelho está acionado.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA