Uma torcida comunitária

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Com a proximidade da abertura do da Copa do Mundo, com o jogo Brasil e Croácia, dia 12, a comunidade finalmente entrou no clima de Copa. Já é possível ver bandeiras e enfeites verdes-amarelo. Os bolões de apostas correm entre amigos e colegas de trabalho. É o espírito da Copa que toma conta da região. Uma torcida que acontece em meio a tantas greves e manifestações, com problemas de transporte para chegar ao trabalho e volta pra casa. 

Muitos moradores ainda se dizem preocupados, e até com medo, de decorar casas e ruas por causa desses protestos contra a Copa, que após 64 anos volta a acontecer no Brasil. Aos poucos todos parecem entrar na onda da torcida pela seleção.

Como disse um amigo e morador da Leopoldina, os problemas sempre existiram e precisamos buscar solução para todos eles, principalmente para mais qualidade e melhor salário na educação, mais moradias aos sem teto, melhoria no sistema de transporte para os trabalhados, saúde, e por ai vai. No fim de maio, uma matéria do jornal Folha de S. Paulo  revelou que os gastos governamentais com a Copa do Mundo são menos significativos do que se imagina. E que os governos (municipal, estadual e federal) canalizaram cerca de R$ 280 bilhões para escola pública no ano. Já o investimento no Mundial é de cerca de 26 bilhões, sendo que cabe reembolso do gasto na construção de estádio e outras obras (como mobilidade). Ou seja, o valor investido na Copa corresponde a cerca de um mês do que se gasta com a educação. Isso mostra que os recursos destinados ao Mundial não resolve o problema da area. 

O que não podemos é levar temas tão importantes para o centro do gramado e virar manchete negativa do noticiário internacional.  

É preciso, sim, que se busque o debate em fóruns adequados, como os encontros Café com Comunidade, que terá na próxima edição a presença do presidente da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), Silvano Silvério, discutindo com convidados sobre os problemas e soluções para o lixo que produzimos todos os dias (resíduos domiciliares, reciclagem e sua destinação), ou ainda o À Mesa com Empresários que tem prevista a participação do governador e pré-candidato a reeleição, Geraldo Alckmin, este mês. São em eventos como esses que encontramos respostas a esses questionamentos. Porém, o que se nota é a ausência desses manifestantes, nos debates. Uma coisa é certa, não é paralisando a Copa que vamos andar para frente. Andar para frente exige muito mais que isso.

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