Voto não tem preço

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Com este lema, dezenas de entidades da sociedade civil inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil – deram sequência às campanhas “Ética na Política”, Fraternidade e Política” e “Combate à Corrupção Eleitoral”.  A sociedade mobilizada fez valer seu direito previsto no art. 61 §2.º da Constituição, a lei de iniciativa popular. Mais de um milhão de brasileiros subscreveu o projeto que veio a se transformar na Lei 9840/99. A LEI DA FICHA LIMPA. Até 2007 haviam sido cassados 623 políticos, entre eles 4 governadores e vices, 6 senadores, oito deputados federais, 13 estaduais e 508 prefeitos e vices. Se com uma simples assinatura pudemos criar uma lei que nos protege de maus políticos, o que não podemos com o voto? Como votar? Como escolher candidatos? No horário político destacam-se os que falam bem ou têm carisma. Na TV, apelam para a emoção e truques próprios das novelas onde se inspiram seus “marqueteiros”. Comparar o comportamento com o discurso, as propostas e histórico do candidato, é uma forma de eliminar grande número deles. Programas de governos, na maioria das vezes, são elaborados por profissionais com a participação da área de “marketing”. São precedidos de pesquisas e destinam-se a atender apenas a expectativa dos eleitores e ganhar a eleição. Vencida a eleição, são colocados de lado porque já produziram o seu efeito. Está provado que temos força para mudar as coisas. Será com nossa consciência cidadã, com nossas ações, que construiremos para o país e a sociedade que queremos e que merecemos. 

João de Sá é advogado e ex-presidente da OAB-Lapa

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