Aprendizado e inclusão

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Costumo muito usar minha experiência quando falo do impacto da educação na vida de uma pessoa com deficiência. Se hoje sou alguém que consegue produzir e ser feliz no trabalho é porque tive acesso a um ensino de qualidade que anula qualquer ideia de paralisia.

Segundo o IBGE, apenas 330 mil brasileiros com deficiência trabalham com carteira assinada. Os números são reflexo de uma barreira enfrentada pela pessoa com deficiência ainda criança quando é barrada do direito à educação. Não é por acaso que me emociono quando conheço programas como o `Meu Novo Mundo`, idealizado pela Fiesp. Fui conferir os resultados da iniciativa nesta semana em evento realizado no Sesi Vila Leopoldina.

A pessoa com deficiência que é aprendiz participa de um ciclo de capacitação profissional por meio de cursos oferecidos pelo Senai-SP, além de participar de atividades que vão desde identificação vocacional ao esporte. Um dos pontos a aprimorar é o tempo de estágio dos aprendizes na empresa, que deveria ser ampliado. Um dos grandes méritos é trabalhar com jovens  em situação de vulnerabilidade social e deficiências severas.

Empresas quando dão oportunidade para pessoas com deficiência trazem verdadeiros leões para suas equipes. Algumas companhias já entenderam isso e contratam não só para cumprir as cotas, mas porque entendem que há ganhos imensuráveis. Aprender com as diferenças humanas é o maior deles.

Mara Gabrilli é publicitária, psicóloga, foi secretária da Pessoa com Deficiência de São Paulo e vereadora na Câmara Municipal de São Paulo e hoje é Deputada Federal pelo PSDB

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