Dando vida às ciclofaixas

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São Paulo lançou nesta semana um audacioso programa de compartilhamento de bicicletas inteligentes, que contam com geolocalização e podem ser retiradas ou deixadas sem depender de estações (dockless).

A iniciativa, construída em conjunto com meu mandato, colocará mais 50 mil bicicletas nas ruas e contribui para que o debate sobre as ciclovias e ciclofaixas tenha a qualificação que não vem tendo desde que se expandiu de forma arbitrária e precária a rede cicloviária na gestão anterior.

Pela falta de diálogo, criou-se um conflito desnecessário com muitas comunidades, várias delas localizadas em áreas de ZER (Zona Exclusivamente Residencial) vocacionadas para a instalação de ciclovias. A precariedade da implantação de muitas ciclofaixas criadas às pressas para gerar números também debilitou a imagem de uma rede cicloviária robusta.

Mas um dos principais problemas resultantes dessa implantação apressada e que a expansão do bikesharing agora ajuda a corrigir é que não basta ter ciclofaixas, é preciso povoá-las, ter realmente ciclistas que deem vida às mesmas, para que não sejam apenas o pedaço de asfalto pintado de vermelho que tem sido em muitos bairros.

Temos, então, uma condição excepcional de repensar as ciclofaixas na região, fazendo certo desde o começo, pensando no uso efetivo, incentivando a utilização com bikesharing e pactuando com a comunidade um sistema consensual.

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