Ceagesp e Atende dialogam sobre uso de área

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Reunião do Fórum Social Leopoldina

Celebrado pela comunidade na época de sua inauguração, no início de 2018, o Atende (Atendimento Diário Emergencial) localizado ao lado do portão 18 da Ceagesp foi um dos temas da reunião do Fórum Social Leopoldina, na segunda-feira (24). No encontro, foi relatado que o equipamento teria recebido um ofício, solicitando sua saída do local no prazo de 10 dias.

A informação foi repassada para Cleide Leonel Amaro Mendes, supervisora de Assistência Social da SAS Lapa. “O ofício dizia que o espaço foi cedido por 90 dias, então já deveria ter saído em março do ano passado. Temos o termo para prestação de serviço na área, mas desconhecíamos a forma como foi cedida a área. De qualquer forma isso deve ser tratado com a secretaria, não com as equipes que estão lá”, diz. “Atendemos 158 pessoas, sendo 50 durante o dia e 108 à noite, que dormem lá. O serviço está atendendo a demanda do território”, afirma Marlene Ferreira, gestora do Atende da Vila Leopoldina.

Segundo o subprefeito da Lapa, Leo Santos, na terça-feira (25) foi realizada uma reunião entre o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social Marcelo Del Bosco e o presidente da Ceagesp Johnni Hunter Nogueira para tratar o caso. “O presidente (Johnni) quer regularizar a situação, já que a cessão da área venceu 90 dias depois da instalação. Ele não quer tirar o Atende de lá, apenas acertar a questão jurídica entre dois entes públicos”, afirma.

Questionada sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) esclarece que a Unidade de Atendimento Diário Emergencial (Atende) Vila Leopoldina não será fechada. “Temos que agradecer a Ceagesp pela sensibilidade com a questão social do entorno e por ceder esse espaço importante para a população de rua. Também temos que agradecer o pessoal da Assistência Social que realiza um trabalho incansável na região”, afirma Carlos Fernandes, ex-subprefeito da Lapa que inaugurou o equipamento.

Com uma grande oferta de trabalhos informais, a Ceagesp chegou a ter uma “mini cracolândia” nas avenidas Professor Ariovaldo da Silva e Manuel Bandeira.

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