Moradores criticam novamente respostas automáticas do 156

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Teste de solicitação de serviço realizado por moradores tem resposta indicando solução

Em abril deste ano, a Associação Viva Leopoldina (AVL) questionou o envio de respostas automáticas não relacionadas às demandas e a finalização de protocolos sem solução dos problemas no 156, que é o canal que os munícipes têm para solicitar serviços à Prefeitura, incluindo toda a parte de zeladoria como remoção de lixo, cata-bagulho, poda de árvores, remoção de mato, varrição, entre outros.

Na época, para testar sua tese de que as respostas eram enviadas sem considerar o que foi solicitado, moradores chegaram a mandar fotos e textos que não eram relativos a serviços, como uma foto do personagem Mickey Mouse e até de uma pizza. Em alguns casos as respostas recebidas foram respondidas de forma genérica e em outros foi identificada a possibilidade da demanda ser um “trote”. O secretário de Inovação e Tecnologia Juan Quirós participou de uma reunião com representantes da AVL e moradores do bairro para discutir a questão. A AVL entregou um ofício com sugestões de melhorias que poderiam ser implantadas para melhorar o serviço. “Se a Prefeitura disponibilizasse aos munícipes reclamantes uma simples pergunta do tipo: ‘A ocorrência foi atendida? Sim ou não?’ teria uma medida de eficiência dos prestadores de serviço”, afirma Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de Relações de Governo da AVL.

Essa semana, a associação relata que os problemas continuam ocorrendo. Além de respostas automáticas, outras foram finalizadas rapidamente, referente a ocupações irregulares na Avenida Doutor Gastão Vidigal e imediações. “Um grupo grande de moradores da Vila Leopoldina, indignados com a situação de degradação da Avenida Doutor Gastão Vidigal, vem cobrando ações de zeladoria, varrição e especialmente assistência social, e tem recebido respostas padronizadas. Novos testes indicaram que de fato, em alguns casos, apenas dão baixa rapidamente nas ocorrências, em tempo recorde, sem a ação necessária. Isto coloca em cheque a credibilidade do sistema de atendimento da Prefeitura”, comenta Oliveira.

Questionada se houve a implementação de melhorias no sistema, a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) informa que a equipe do SP156 já havia tomado conhecimento dos dois protocolos informados pela Associação Vila Leopoldina na data de 02/12 e, prontamente, estabeleceu uma comunicação entre a Associação e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) para que a pasta adote as providências que considerar necessárias. A SMIT afirma que está acompanhando o andamento e os ajustes necessários.

A Prefeitura destaca que a equipe do SP156 realiza interface para aprimoramento das respostas aos cidadãos junto às secretarias e órgãos municipais. Entre junho e julho deste ano foi realizada ação conjunta com SMADS para aprimorar o fluxo de encaminhamento de solicitações e a precisão das respostas que são fornecidas a cada solicitação de acolhimento à pessoa em situação de rua. A responsabilidade pelas respostas cabe à secretaria prestadora do serviço. Ao SP156 cabe o registro da solicitação e o encaminhamento para que as pastas realizem os serviços solicitados.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social notificou a gestora do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) que atua na região da Vila Leopoldina, para verificar eventual falha no atendimento com relação ao ocorrido. A SMADS ressalta que as respostas enviadas no atendimento do 156 não são geradas automaticamente, e sim, definidas pelo próprio servidor responsável pela resposta a partir de modelos de textos padronizados.

SEAS Vila Leopoldina

Os orientadores do SEAS realizam abordagens diárias a adultos, idosos, crianças e adolescentes que vivem em situação de rua ou de vulnerabilidade social na região da Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina. Em novembro, as equipes que atuam na região realizaram 639 abordagens, que resultaram em 122 encaminhamentos para serviços de acolhimento, 193 para serviços da rede socioassistencial e 324 orientações. Durante as abordagens são ofertados encaminhamentos aos serviços da rede socioassistencial da Prefeitura, ao Poupatempo, para resolução de questões documentais e aos Serviços Integrados de Acolhida Terapêutica (SIAT), que integram o Programa Redenção, voltado para dependentes de drogas e álcool. As equipes são capacitadas para identificar a necessidade de cada pessoa abordada.

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