Que pare a dança das cadeiras!

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Faz apenas oito meses que anunciei aqui nas páginas do JG a última troca de subprefeito na Lapa, chamando a atenção para a ‘dança das cadeiras’ que vinha se sucedendo no prédio da Rua Guaicurus,1.000 desde 2021. Quando Ismar de Freitas Neto assumiu o cargo, no início de abril deste ano, já havia deixado para trás três subprefeitos no curto período de dois anos: Marcus Vinícius Valério, que ficou à frente da Sub Lapa de agosto de 2022 até março de 2023; Fernanda Galdino, que após poucos meses como subprefeita foi exonerada por indícios de corrupção; e o antecessor dela, Caio Vinícius Luz, que ficou no cargo menos de 100 dias.

Por isso o discurso de Ismar à época da posse, garantindo “que vinha para ficar e cumpriria seu mandato até o final da gestão Ricardo Nunes, pois contava com o apoio incondicional do prefeito” foi um alento não só para mim, mas com certeza para todos nós lapeanos, que respiramos aliviados com a perspectiva de a Sub Lapa, finalmente, ter uma gestão continuada. O alento, no entanto, durou pouco. Infelizmente, Ismar já é mais um a engrossar a lista de subprefeitos que vêm e vão da Subprefeitura Lapa, apesar de ter contado com a simpatia das entidades e de boa parte dos moradores locais.

É preciso reforçar: esse troca-troca tem que parar! E uma forma de se chegar a isso é não permitindo que os cargos de subprefeito sejam meras indicações políticas, uma maneira de ‘presentear’ ou ‘devolver favores’ a vereadores, lideranças partidárias ou seja lá quem for nesse meio político regido a ‘toma lá, dá cá’ que se enraizou em nosso país. Um subprefeito não pode estar no cargo somente ‘porque alguém de cima quis’. Sua figura, mais do que qualquer outra figura pública, precisa representar a região em que ele atua. Sendo assim, é importante que um subprefeito – que, vale lembrar, é o principal responsável pela administração pública em uma determinada região da cidade, e não uma simples marionete a ser manipulada – conheça de fato a realidade local e tenha uma ligação forte com a área sob sua supervisão.

Para um gestor ser comprometido ele precisa, acima de tudo, atuar com liberdade (sem ter rabo preso) e ter a certeza de que seu cargo não será colocado a prêmio a qualquer momento como parte de um jogo político. Só assim ele conseguirá implementar as ações necessárias nos bairros, tendo tempo para planejar e executar as benfeitorias mais urgentes e lançando as sementes para que, no longo prazo, a região cresça e se desenvolva de forma sustentável.

Portanto, fica aqui nossos votos de uma gestão longa a Luiz Carlos Smith Pepe, que agora assume a cadeira na Rua Guaicurus.

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