Entre o bom e o ruim

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Na semana que passou, vimos a região da Lapa figurar no topo de dois rankings importantes para os paulistanos, um deles positivo e outro negativo. A boa notícia ficou por conta da participação expressiva dos lapeanos na eleição para os conselheiros gestores dos CADES – Conselhos Regionais de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz. Já a ruim é que continuamos entre as regiões da cidade a registrar os mais altos índices de casos de dengue.

De acordo com dados da Coordenadoria de Gestão da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, responsável pelo processo eleitoral do CADES, a Subprefeitura Lapa contabilizou um total de 2.217 votos, um dos maiores do pleito, o que mostra a preocupação da nossa população com as questões ambientais e a qualidade de vida dos que moram aqui. E o que é melhor: para o próximo biênio, conseguimos eleger um grupo de conselheiros efetivamente engajado e que há anos pratica o ativismo consciente, e isso, certamente, fará com que avancemos ainda mais rumo ao desenvolvimento sustentável.

Do lado da Saúde, no entanto, os novos números divulgados pela COVISA – Coordenadoria de Vigilância em Saúde – assustam – e muito – por denotar o descaso dessa mesma população, aliada à falta de ações mais efetivas por parte do poder público, com uma questão que está pondo em risco vidas humanas. Na última contagem semanal, a área da Sub Lapa registrou aumento no número de casos de dengue em cinco de nossos seis distritos, tendo apenas o Distrito de Perdizes mostrado uma pequena redução. Desde que os casos da doença começaram a se agravar na cidade este ano, a Vila Jaguara despontou no primeiro lugar entre os bairros mais afetados, sempre seguida de perto pela Leopoldina.

Meses já se passaram e, incrivelmente, não conseguimos reduzir esses índices! E o problema – como bem foi salientado na reunião do Comitê de Arboviroses na última quarta-feira – é que a comunidade e os órgãos públicos não conseguem se unir para pensar e executar ações preventivas, deixando o mosquito voar solto e se reproduzir livremente nas águas paradas que se acumulam nas praças (devido ao entulho jogado) e casas (por causa da falta de cuidado com vasos de plantas, piscinas e latões).

Se a Lapa demonstrasse a mesma preocupação e cuidado no combate ao mosquito da dengue que vem demonstrando ao propor soluções e denunciar problemas em nossas áreas verdes, estaríamos hoje, sem dúvida, divulgando apenas boas notícias.

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