Hospital Sorocabana continua sob pressão

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Equipamento está fechado desde setembro de 2010

Cresce na Câmara Municipal movimento em favor de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue a crise que levou ao encerramento das atividades do Hospital Sorocabana em setembro de 2010, por conta de dívidas que chegam a R$ 350 milhões. Na terça-feira, 5, quem se manifestou na tribuna do parlamento paulistano foi o vereador Aurélio Miguel (PR), que expressou sua preocupação com os fatos relatados pelo vereador Carlos Neder (PT), autor do pedido de CPI.
Dos bastidores da política surgem informações dando conta da origem de Carlos Amorim, que se apresenta como bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, algo que o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, Rubens Craveiro, sustenta em editorial publicado no boletim da entidade. Segundo fontes parlamentares, Amorim não é membro da Universal, o que coloca em xeque a gestão do presidente da Associação Beneficente Hospitais Sorocabana, Yvens Scruph. Ele que sustenta, até o momento, a posição de Amorim na superintendência da entidade. Scruph se nega a falar com a imprensa.
Amorim também se diz representante do grupo Assim Saúde, mas a diretoria da empresa (com sede no Rio de Janeiro), nega o fato, em comunicado oficial. Ao se apresentar ao prefeito de Botucatu, cidade que conta com uma unidade do Sorocabana, Carlos Amorim afirmou ser representante da Imperium Bank, uma corretora de comodities. O Jornal da Gente teve acesso a documento onde a empresa aparece como arrendantária de um hospital na cidade de São Caetano (fechado por conta de dívidas da ordem de R$ 60 milhões). No contrato de arrendamento, o nome de Amorim surge no campo de testemunhas. A Câmara Municipal de São Caetano investiga essa operação, uma vez que o capital social da Imperium Bank seria de apenas R$ 20 mil.
Em São Paulo, o vereador Carlos Neder, enviou ofício ao secretário municipal da Saúde, Januário Montone, questionando vários pontos da crise do Sorocabana, desde o repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) até a presença de Carlos Amorim como interlocutor do Sorocabana com a Prefeitura.
O Jornal da Gente, desde janeiro, solicita entrevista com Carlos Amorim, que até o momento prefere manter-se afastado da imprensa. Além de seu envolvimento com o Sorocabana, a reportagem procura saber de Amorim a respeito dos diversos processos que ele responde junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

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