O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana protocolou na 2ª Vara Civil do Fórum da Lapa uma ação civil pública na qual requer a destituição de todo o corpo diretivo da Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana, que é responsável pela gestão do hospital localizado na Rua Faustolo.
O Sindicato sustenta que existem documentos apontando indícios de improbidade administrativa por parte dos gestores. Dessa foram, solicita à Justiça a nomeação de um interventor na administração do Sorocabana, de modo que seja possível contratar uma auditoria independente com o objetivo de tornar público a real situação financeira do hospital, que atende basicamente (90%) pacientes da rede pública do Serviço Único de Saúde (SUS).
A presidente da Associação dos Hospitais Sorocabana, Silvia Terezinha Tavares Pereira, é citada várias vezes na ação movida pelos ferroviários. O sindicato sustenta que Silvia fere os estatutos da entidade gestora ao ser responsável pela movimentação financeira do Laboratório LSM (Análises Clínicas) que presta serviço ao Sorocabana. “Ela (Silvia) na verdade gerenciava e percebia lucros do tal laboratório, auferindo vantagens, numa afronta a mais no dispositivo estatutário que aduz que os diretores da Associação não podem ser remunerados, tampouco auferir vantagens e lucros (artigo 40º dos Estatutos Sociais da Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana). De fato, ao defender-se numa ação movida pela União, Silvia Pereira, enquanto pessoa física confirma que movimentou, legalmente, recursos financeiros do Laboratório LSM.
A diretoria presidida por Silvia Pereira é acusada de não realizar Assembléias Gerais nos prazos determinados e de não exibir prestação de contas. Sustentam os ferroviários que o Conselho de Administração “não apresentou orçamentos e planos, quadro pessoal, balanço mensal ou submeteu ao Conselho todas as admissões ou demissões do quadro pessoal como prevê o Estatuto Social”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, Rubens dos Santos Craveiro, diz que a entidade quer salvar Sorocabana. “Os ferroviários são sócios deste hospital, que corre o risco de entrar em colapso. Por isso, entramos na Justiça para evitar que o pior aconteça”, afirma Craveiro.