Cerca de 60 moradores compareceram a reunião extraordinária do Conseg Leopoldina com representantes da CET, na manhã de segunda-feira, 14, no salão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Vila Leopoldina. O encontro aconteceu a pedido dos moradores para discutir a questão da ciclofaixa em ruas da Leopoldina, Bela Aliança e City Lapa. Falta de planejamento, de diálogo, desrespeito ao traçado de ruas tombadas (pelo Conpresp) estavam entre as principais reclamações. “Realmente é um desrespeito (com os moradores) na calada da noite aparecer essas faixas em alguns pontos absolutamente absurdos, como no final da Barão da Passagem com 60 centímetros de largura que dá numa valeta. Eu fico imaginando que quando o governo não consegue fazer grandes coisas, precisa mostrar algum serviço e então faz alguma coisinha”, afirmou o professor e diretor do Colégio Santo Ivo, José Carlos de Barros Lima, sob aplauso dos presentes. “Não se deram nem ao trabalho de tapar alguns buracos, simplesmente pintou se por cima. Não é só aqui na Leopoldina, na Rua Coriolano está um absurdo no horário de trânsito intenso, o ciclista tem que sair da sua rota para não cair no buraco e corre risco de ser atropelado. Ninguém foi consultado quanto a rota”, reclama o professor.
Barros Lima deixou claro. “Ninguém é contra o uso da bicicleta. Sempre andei de bicicleta no bairro. Há anos tem a rota desenhada no asfalto (caso da Rua Duarte da Costa), todo mundo passa por ali e nunca aconteceu nada. Nessas faixas que fizeram eu contei um ciclista na da Coriolano no trajeto quando vinha pra cá, e o transtorno é muito sério”, frisou ele. Assim como Carla Banietti e outros moradores da região, Barros Lima sugeriu a paralisação na implantação da ciclofaixa até que a apresentação de um projeto para comunidade. “Caso não se pare, tenho outra sugestão: só nos resta o Ministério Público”.
O assessor de relacionamento com ao munícipe da CET, Alexsander Almeida disse que a GET (Gerencia de Engenharia de Tráfego) da area que indicou a rota de bicicleta. Devido aos protestos de moradores, o assessor encerrou se comprometendo a dar retorno das solicitações ao presidente do Conseg, Jairo Glikson. “Não é possível falar com tanta intervenção”, reclamou o assessor. (MIC)