Morador da Leopoldina afirma ter maior coleção de camelos da América Latina

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Alexandre Abdallah e sua coleção com 473 exemplares de camelos e dromedários em sua casa

Quem passar pelo Chaveiro Abdalla, localizado no número 181 da Rua Nanuque, poderá ser atendido pelo proprietário Alexandre. O empresário de 40 anos afirma ser o maior colecionador de camelos e dromedários da América Latina, com 473 exemplares feitos de diversos materiais como madeira, plástico, pelúcia, porcelana, ouro, prata e até um feito com osso de um camelo de verdade.

De origem síria, sua família veio para o Brasil em 1954 e está na Vila Leopoldina desde 1986. Foi por iniciativa de um tio-avô, que veio ao País para mascatear e viu na Ceagesp um local ideal para exercer seu trabalho, que a família deixou a cidade de Homs e criou raízes em São Paulo.

Abdallah considera os camelos “tanques de guerra” totalmente ligados à sua cultura ancestral e decidiu colecioná-los. “Comecei a comprar camelos no ano de 1999, também comprei CDs de música árabe, me aprofundei na cultura, comecei a admirar os camelos e a garimpar, a ir atrás, conhecer mais. Os camelos são um tanque de guerra que Deus deixou em forma de animal na Terra. Um camelo armazena 200 litros de água em 10 minutos, nas corcovas ele armazena gordura dos alimentos que come para atravessar o deserto e é o único animal com dois dedos. Me apaixonei por esse animal”, afirma.

Em feiras e bazares Abdallah afirma ter conhecido outros colecionadores de simulacros do animal, mas apenas um tem uma coleção que está no páreo da dele, com 300 exemplares.
Uma das peças que Alexandre possui foi adquirida em um museu no Egito, feita de bronze no século XVII, com 417 anos, e pertenceu ao acervo do Império Persa.

Outros itens numerosos em sua coleção são os camelos coloridos de brinquedo da Gulliver, que quem viveu a infância durante os anos 70 deve se familiarizar.

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