Natalini participa de reunião sobre Parque Orlando Villas-Bôas

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Representantes de entidades manifestaram apoio à reabertura do parque

A Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo recebeu uma reunião com o vereador Gilberto Natalini (PV) para discutir um movimento pela reabertura do Parque Orlando Villas-Bôas. Carlos Prisco, diretor superintendente da distrital, manifestou o apoio à causa. “Nossos associados apoiam a reabertura do parque. Tem que resolver e ter uma solução definitiva. Queremos o parque aberto, mas desde que tenha condições para abri-lo”, afirma.

Natalini explicou aos presentes todo o processo referente ao Parque Orlando Villas-Bôas, do fechamento da usina de compostagem ao projeto de lei que inaugurou o parque, e seu fechamento devido à suspeita de contaminação do terreno. Ao contrário da preocupação que manifestou durante a reunião realizada no próprio parque no dia 6 de outubro, o vereador relata ter conversado com Tamires Carla de Oliveira, da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, que afirma que a prefeitura não perdeu o interesse em reabrir o parque. Ele também conta ter se reunido com Maria Cecília Martins, da Cetesb, e diz que o órgão necessita de um plano de intervenção total do terreno, antes da aprovação do laudo sobre contaminação.

Fabiana Soman Paes Funaro e Luiz Henrique Cappellano, da Sabesp, demonstraram no encontro da ACSP que a empresa está disposta a colaborar, mas cabe à prefeitura a entrega do projeto de intervenção. “O projeto é da prefeitura, não é nosso”, relata Fabiana. O prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes, defendeu a reabertura. “É um parque importante para a região. É um parque pronto, já era clube dos funcionários da Sabesp. É importante fazer o que precisa ser feito para reconquistar esse parque”, diz.

O vereador aponta que não há nenhum contaminante no parque que poderia causar malefícios imediatos à população, sendo restrito apenas o acesso ao lençol freático abaixo do terreno, dada a constatação de dois metais contaminantes. “Só teria problema se fizesse um poço artesanal lá”, diz Natalini. Gláucia Mendonça Prata, do Movimento Popular de Vila Leopoldina, reiterou a fala de Natalini, comparando a situação a de um posto de gasolina, onde o terreno é contaminado, mas não afeta as pessoas que estão na superfície. Ela organiza um abaixo-assinado para pedir a reabertura do parque.

Entidades
As entidades presentes manifestaram apoio à causa, quando o vereador Natalini ressaltou a importância de uma mobilização popular para que pelo menos a área prevista na primeira fase do parque, de 65 mil m², seja reaberta o quanto antes. Mesmo as associações que na época defenderam o fechamento do parque preocupadas com o risco de contaminação, se posicionaram a favor da reabertura. “Assinamos um documento naquele contexto. Hoje queremos a reabertura”, diz Edison Barros, presidente da Assampalba.

Fernando Mourão, conselheiro do Cades, sugeriu um mutirão de limpeza no parque pelos moradores seguido de um jogo de futebol para iniciar a ocupação. Já a também conselheira Rosa Gomes defende que é necessário um plano de manejo antes do mutirão para não causar danos ao parque. Jairo Glikson, do Conseg Leopoldina, levantou a importância de lutar pelo parque localizado em uma área de grande interesse imobiliário, porém Natalini lembrou que a unidade está em uma Zepam (Zona Especial de Proteção Ambiental), o que inviabiliza consideravelmente o interesse para a construção de empreendimentos.

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