Escolas de samba da região trazem enredos críticos

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Foto: Jacque Meira

Jacque Meira
Bruno Covas com o subprefeito da Lapa Leo Santos no ensaio da Águia de Ouro

As quatro escolas de samba da região desfilam na próxima semana no Anhembi com temas que passam por críticas sociais e homenagens. A Mancha Verde desfila já na sexta-feira (1º), à 1h25, com o enredo “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra”, sobre as lutas de Aqualtune, princesa do Congo que segundo a tradição seria a avó de Zumbi dos Palmares. O samba aborda a escravidão, intolerância religiosa e as lutas pelos direitos dos negros e das mulheres.

No sábado (2) a Águia de Ouro desfila às 22h30, com o tema “Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!”, uma crítica frontal à corrupção e exploração das riquezas em prol da ganância. Logo em seguida entra no sambódromo a Dragões da Real, às 23h35, vice-campeã de 2018, com o metafísico “A Invenção do Tempo – Uma Odisseia em 65 minutos”, sobre a influência do tempo na humanidade, passando por Chronos, deus do tempo até à sociedade moderna.

A Rosas de Ouro desfila às 2h50 com uma homenagem ao povo armênio com “Viva Hayastan!”, lembrando o episódio do genocídio que aconteceu em 1915 e estreitando os laços com a comunidade armênia que vive em São Paulo.

Outra escola da região é a Império Lapeano, que desfila no grupo especial de bairros da Sociedade Amantes do Samba Paulista (SASP) no Butantã no dia 4 de março. O enredo deste ano é “As gargalhadas que ecoam na noite. Nas encruzilhadas podemos te encontrar. Saudação a todas as pombas giras”, em homenagem as tradições da umbanda.

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