Semana de bons resultados

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Tem sido muito difícil conseguir boas notícias, ou mesmo notícias que não sejam relacionadas ao coronavírus. A retrospectiva de 2020 será monotemática. Mas parece que as coisas estão mudando. Os projetos deixados de lado voltam a ganhar força e a vida fica a cada dia um pouco mais normal.

Um boa notícia foi a presença de duas escolas da região entre as vinte melhores unidades de ensino público da cidade. Já estivemos nessas escolas para fazer matérias sobre projetos bastante interessantes. Na ETEC Professor Basilides de Godoy teve a batalha de robôs com criações feitas pelos alunos de mecatrônica. Já na Escola Estadual Alexandre Von Humboldt, vimos o caso da união da comunidade para ajudar uma aluna a participar de uma feira de ciências na Escócia, por causa de um projeto que ela desenvolveu: um monitor cardíaco para sonâmbulos. Não só ela conseguiu realizar a viagem como foi considerada um dos destaques da feira.

Também foram apresentados dois projetos muito bons na reunião mensal do Cades (Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz) da Lapa, realizada essa semana. Um deles estuda uma forma de deixar as ruas e calçadas mais adequadas para crianças em seus trajetos entre casa e escola, algo que tem como consequência melhorias para todos os pedestres. O outro, um projeto de reciclagem de vidro que está ganhando força na Vila Leopoldina.

Sobre a Operação Urbana Consorciada Água Branca, é difícil enquadrar como boa notícia, mas ao menos foi positivo o fato de que na última audiência pública os vereadores se comprometeram a discutir a revisão da lei com técnicos e representantes da sociedade civil antes de aprovar o novo texto. Foram muitos anos de discussão e participação para aprovar a lei da operação no formato em que ela está. Não faz sentido mudar o fator responsável pela arrecadação de recursos se isso não for uma construção colaborativa com quem será afetado.

Por fim, uma casa noturna na Vila Romana que tirou o sono de vizinhos nas últimas semanas ganhou atenção não só das autoridades, mas da mídia em geral. Além da falta de medidas de segurança previstas pela quarentena, o que mais incomodou os moradores foi o som alto e barulho na rua até de madrugada. É compreensível a ansiedade dos jovens de quererem voltar aos eventos e dos estabelecimentos em retomar seu faturamento. Mas ainda não é o momento. E quando for, é necessário ter uma estrutura adequada, com isolamento acústico, para que as reclamações não voltem a ocorrer. Um negócio deve se adequar à vizinhança, e não o contrário.

Com coisas boas e ruins, a vida está voltando à normalidade.

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