“Fake news” hospitalar

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Qual é o contrário da “verdade”?

Há 2 anos vemos a Secretaria de Saúde de Bruno Covas afirmar, em eventos oficiais, que não poderia reabrir o Hospital Sorocabana porque seria: só uma parte da Prefeitura; um problema do Estado; e “tecnicamente inviável” para a Covid-19. Faltou combinar com colegas de partido e com a realidade.

A Secretaria de Saúde do Estado acaba de emitir ofício ao Comitê Sorocabana, após protestos, onde declara: o Governo repassou em 2016 integralmente o Hospital à Prefeitura por 20 anos devido à “carência de leitos hospitalares” do SUS há 10 anos numa região com 500 mil pessoas.

Mais que isso. Se era “inviável” em abril/2020, como instalaram 33 leitos (R$ 2,3 milhões) pouco antes do horário eleitoral? E por que a propaganda fala de “reabertura” do Hospital se 5 andares seguem fechados? Quem será responsabilizado por tantas “contradições” em 4 anos?

A Lei dá dicas. O Código Penal trata de crimes contra a Saúde Pública (Art. 267 a 285) e de prevaricação, quando servidores públicos deixam de cumprir a Lei (Art. 319), com pena de multa e prisão.

Com as instituições funcionando para todos, apurarão eventuais crimes no caso do Sorocabana, numa pandemia que já matou quase 14 mil paulistanos. Precisamos de menos covas, e mais Saúde.

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