Bolsonaro visita a Ceagesp

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Foto: Júlio Nascimento

Júlio Nascimento
Presidente Jair Bolsonaro reúne grande público em sua passagem pela Vila Leopoldina

Mesmo com um fluxo normal médio de cerca de 50 mil pessoas por dia, a Ceagesp foi palco da aglomeração de público, jornalistas e uma comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em sua visita à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, na terça-feira (15). O evento ocorreu para a inauguração da Torre do Relógio, monumento simbólico da Ceagesp que foi revitalizado com investimentos de comerciantes do entreposto.

Se em agosto de 2019 o Governo Federal anunciou seu pacote de privatizações, que incluía entre outras estatais os Correios, a Eletrobras e a Ceagesp, durante a visita o discurso foi outro. “Aqui, quando se fala de privatização, quero deixar bem claro, enquanto eu for presidente da República, essa é a casa de vocês”, afirmou Bolsonaro. A proposta de saída da Ceagesp da Vila Leopoldina foi defendida e anunciada pelo governador João Doria, para a criação do Centro Internacional de Tecnologia e Inovação de São Paulo (CITI) no terreno.

Bolsonaro também elogiou o novo diretor presidente da Ceagesp, Coronel Ricardo de Mello Araújo, indicado por ele e aprovado pelo conselho administrativo da companhia, que segundo o presidente é o responsável por uma nova dinâmica dentro da Ceagesp. “Aqui era um ninho de rato. (…) Levei meses para trocar (o diretor presidente) porque a burocracia é enorme e eu sabia o que estava ocorrendo de fato aqui, inclusive extorquiam os mais humildes, quem carregava carrinho aqui dentro, as senhoras que serviam cafezinho. Tinha máfia dos boxes, da segurança, do lixo, do furto de caixotes, entre tantas outras. (…) Com o trabalho do Coronel Mello Araújo, de seus assessores e a participação dos funcionários, permissionários e caminhoneiros, nós trazemos para cá um ambiente de negócio sadio que na ponta da linha vai diminuir o preço das mercadorias”, disse Bolsonaro, que afirma ter sido confrontado por burocratas sobre a falta de experiência de Mello Araújo como gestor. “Aqui tem que começar com trabalho de polícia. Porque tem muito bandido aqui dentro”, completou.

Durante a visita também foi inaugurado um monumento artístico encomendado pelos comerciantes em homenagem a Bolsonaro. O presidente cumprimentou trabalhadores e flores foram jogadas sobre ele. Já membros da imprensa, antes da chegada de Bolsonaro, foram hostilizados e frutas foram jogadas nos profissionais. Faixas foram colocadas em apoio ao presidente, falando dos 50 anos da Ceagesp na Leopoldina e relacionando o NESP ao governador João Doria. Do lado de fora, na Avenida Doutor Gastão Vidigal, um grupo protestou contra Bolsonaro com faixas que pediam a vacina para a Covid-19.

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