Uma semana após o protesto contra a cobrança de estacionamento na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o movimento começou tranquilo nas primeiras horas da manhã. A situação se complicou com a chegada dos caminhões para carregamento de produtos para feiras e mercados, no meio do dia. Apesar da suspensão da cobrança anunciada na segunda-feira, pelo presidente da Ceagesp Mário Maurici de Lima Morais, uma fila de caminhões se formou na Avenida Gastão Vidigal. Sem a arrecadação da tarifa, a concessionária C3V, responsável pela implantação do novo sistema de circulação viária do entreposto, dispensou os agentes contratados para orientar o trânsito dentro do entreposto. A Ceagesp informou que a dispensa dos agentes é temporária até que se encontre nova fonte de recursos para remunerar os trabalhadores. A suspensão da cobrança de estacionamento foi tomada depois do tumulto que resultou na destruição de portarias, do prédio do departamento de fiscalização e do departamento de gerenciamento do entreposto, um caminhão guincho, veículos e cabines de cobrança além de duas pessoas feridas (um segurança por uma pedra e um jovem que foi baleado, socorrido ao Hospital Universitário, que já teve alta médica), no dia 14.Os funcionários dos setores depredados foram realocados em outros prédios do entreposto. “A Ceagesp aguarda o laudo de engenheiros das edificações que foram depredadas e incendiadas (na sexta-feira passada). A partir dele, vamos verificar a possibilidade de fazer uma contratação emergencial para a reconstrução dessas edificações”, explicou Maurici.Para o presidente, a Ceagesp foi vítima de um ato criminoso com a intenção de impedir o controle e monitoramento do que acontece nas dependências do mercado. “A administração da Ceagesp tem convicção que o ato de banditismo não foi obra de trabalhadores – caminhoneiros, comerciantes ou carregadores honestos que atuam no mercado”, declarou Maurici. “A cobrança está suspensa. O que não está suspensa é nossa determinação de adotar um sistema de monitoramento e controle de trânsito e de entrada e saída de veículos e pessoas do entreposto. Cobrando ou não, nós já tínhamos a convicção de que isso seria necessário e depois do acontecido na sexta-feira estamos ainda mais certos de nossa decisão”, conclui Maurici.
Sub fixa orçamento|após crítica
Um levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo revela que a maioria das subprefeituras da cidade, entre elas a da Lapa, descumpre a chamada Lei da Transparência (13.949, de 21 de janeiro de 2005)..Segundo o coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo e do programa Cidades Sustentáveis, Maurício Broinizi, de acordo com a lei, os dados atualizados do orçamento de cada subprefeitura devem ficar disponíveis em local visível ao cidadão na respectiva praça de atendimento. Os dados foram coletados em visitas as 32 subprefeituras da cidade por conselheiros participativos e outros cidadãos. Na Subprefeitura Lapa e outras 22 subprefeituras o orçamento não estava fixado. “A Lei obriga cada Subprefeitura, Câmara Municipal e Tribunal de Contas do Município, a publicar mensalmente os dados da execução orçamentária do mês anterior para que a população possa acompanhar como está sendo aplicado o dinheiro público. Seis subprefeituras cumpriam o que está previsto na Lei da Transparência: Capela do Socorro, Cidade Ademar, Jaçanã/Tremembé, Mooca, São Mateus e Vila Maria/Vila Guilherme. Outras três tinham quadros com seus dados orçamentários, porém os números estavam desatualizados. Em Santo Amaro, os números publicados eram de dezembro de 2013. Nas subprefeituras Sapopemba e Vila Prudente, que ainda funcionam no mesmo espaço, os dados eram de janeiro de 2014. Não havia publicação dos dados orçamentários nas demais 23 subprefeituras”.
Subprefeito – Segundo o subprefeito Ricardo Pradas, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras já tinha ressaltado, junto às subprefeituras, a importância da disponibilização nas praças de atendimento, da Lei de Execução Orçamentária (nº 13.949). Alertado pela Rede Nossa São Paulo que algumas subprefeituras não tinham adotado as medidas, o secretário Ricardo Teixeira determinou aos subprefeitos atentarem ao cumprimento da lei. Pradas disse que os dados orçamentários sempre foram publicados, no site da Subprefeitura (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/lapa/, clicando em Execução orçamentária – na coluna da esquerda). Na tarde de quinta-feira, o subprefeito fixou o documento na quadro de avisos na entrada da Praça de Atendimento e ao lado do auditório da Subprefeitura. A Câmara Municipal de São Paulo cumpriu a Lei, mas o Tribunal de Contas impediu a verificação pelo representante da Nossa São Paulo.
Fórum discute sobre alberque feminino
O Fórum Social da Vila Leopoldina continua a procura de imóvel para instalação de um albergue feminino no bairro. No encontro de terça-feira, o grupo que discute a questão dos moradores de rua recebeu o Coordenador Regional de Saúde Centro-Oeste, Alexandre Nemes Filho, e o novo supervisor Técnico de Saúde Lapa-Pinheiros, Ajax Salvador, que falaram sobre o programa Braços Abertos. Adaucto Durigan, assessor do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, lembrou que a intenção é levar para a Leopoldina o Braços Abertos, mas adaptado a realidade da região. O coordenador de Saúde lembrou que na região da Lapa tem um grupo (de moradores de rua parecidos com o do Centro e na Leopoldina o grupo é maior e com diferentes situações. Nemes orientou o fórum a preparar um projeto e encaminhar para avaliação. No final da reunião, uma moradora informou que teria dois imóveis na Leopoldina para serem avaliados para instalação do albergue. O próximo encontro do fórum será dia 22 de abril, às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Rua Brentano com Paulo Franco, na Vila Hamburguesa.
Chuva e caos
Na sexta-feira muitas ruas e praças da região da Subprefeitura Lapa ainda estavam cobertas por pedaços de galhos das árvores que caíram durante a chuva forte de terça-feira. A Coordenadoria de Defesa Civil da Subprefeitura Lapa registrou 35 quedas de árvores no dia. Muitos locais, como a Rua Guararapes, pareciam uma pequena floresta, mesmo depois de três dias do fenômeno climático. Muitas árvores caíram sobre a fiação da Eletropaulo, uma delas na Rua João Tibiriçá e outra na Tomé de Souza, deixando o Alto da Lapa, às escuras. O restabelecimento de energia demorou quase 24 horas. Na Leopoldina moradores e comerciantes de ruas como a Carlos Weber, a Schilling, Passo da Pátria, Imperatriz Leopoldina, tiveram de trabalhar no escuro, com luz de vela ou fechar as portas. A beleza do verde que é um dos atrativos nas propagandas de novos condomínios está mesmo em queda livre, em muitos casos por necessidade de poda. Protocolos registrados por moradores esperam por anos para receber o serviço. A subprefeitura afirma que existe uma programação. O subprefeito da Lapa, Ricardo Pradas atribui muitas das quedas a idade das espécies. Na City Lapa tem árvore com mais de 50 anos e no Pacaembu, outro local muito arborizado, as arvores tem 70 anos, diz ele. Pradas tem três equipes para cuidar das árvores e outras três para manutenção de todas as áreas verdes da Subprefeitura Lapa. Poucos funcionários para muito verde. Como se não bastasse, foram registrados vários pontos de alagamentos. Com estruturas de drenagem antigas e projetos ainda sem solução técnica para canalização do córrego que passa pelo Curtume (ao lado da Subprefeitura e Poupatempo), os munícipes ficaram ilhados. Um dos carros estacionado ao lado da SubLapa foi afetado pela enchente e teve que ser guinchado terça-feira. A Avenida Pompeia com Francisco Matarazzo é outro ponto de enchente que provoca vários problemas. Isso sem falar da Rua Turiaçu que terá uma nova arena prevista para inaugurar em breve. Nesses locais é comum ver carros boiando a cada chuva forte. É prejuízo e mais prejuízo ao cidadão que precisa acompanhar de perto a aplicação dos recursos públicos.Aliás, um levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo, com a colaboração de conselheiros participativos e outros cidadãos, revela que a maioria das subprefeituras da cidade, entre elas a da Lapa, não vem cumprindo a chamada Lei da Transparência (13.949, de 21 de janeiro de 2005). De acordo com a lei, os dados atualizados do orçamento de cada subprefeitura deveriam estar disponíveis em local visível ao cidadão na respectiva praça de atendimento. O subprefeito da Lapa divulgava os dados no site da subprefeitura, mas após questionamento desse jornal, com base na divulgação do levantamento da Nossa São Paulo, e orientação da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, Pradas fixou a execução orçamentária de fevereiro na Praça de Atendimento, na tarde de quinta-feira. A partir de agora a comunidade já pode e deve acompanhar e cobrar cada centavo da aplicação do orçamento, que é o resultado dos impostos pagos.
Espaço lança CD com|mitos do mundo
O Espaço de Leitura do Parque da Água Branca (Rua Ministro Godói, 180) promove neste sábado (15), às 15h, espetáculo teatral “O omelete” com Du Circo. Picadeiro, perna de pau, bola de cristal, malabarismo e muita palhaçada compõem a apresentação. E no domingo (16), às 15h, o Espaço promove o lançamento do CD “Mitos ao redor do mundo”. Para este disco, cinco narradores de histórias recriaram mitos de criação de diversas civilizações. Algumas histórias deste trabalho serão contadas ao vivo pelos artistas. Nos dois dias, às 11h, segue o projeto “maiúsculos & MINÚSCULOS”, que tem como objetivo aproximar os participantes dos livros e incentivar a leitura. A entrada é franca.
Cobrança causa protesto na Ceagesp
Manifestantes queimaram cabines de cobrança, caminhão, carros, latas de lixo e até o prédio do posto administrativo da Ceagesp (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo), na sexta-feira, 14, durante protesto contra o início da cobrança do estacionamento no Entreposto, na Leopoldina. Mais de cem homens da Polícia Militar participaram da operação para conter os manifestantes, um dia após o início da cobrança de estacionamento. Com veículos, prédio incendiados e a informação de que havia uma pessoa armado, a Tropa de Choque foi acionada e conseguiu dispersou o grupo.
O vice-presidente do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo) e diretor financeiro da Apesp (Associação dos Permissionários do Estreposto), Claudio Furquim disse que as entidades representativas (Sincaesp, Apesp , Acapesp – de Pescado , Sindcar – dos carregadores e o Sindflores – do setor de flores) repudiam o vandalismo. “Não sabemos de onde partiu essas ações. Repudiamos os atos de vandalismo praticados por pessoas alheias as nossas entidades”, declarou Furquim. Por causa dos danos caisados pelo tumulto, o consumidor vai ficar sem feira. O varejão de final de semana está supenso, segundo o Entreposto. A Ceagesp informa ainda que haverá um esforço grande para consertar os equipamentos para reabrir na segunda-feira, 17.
Secretário Paulo Frateschi visita redação do JG
Lapeano de nascimento e morador da Lapa, o secretário Municipal de Relações Governamentais Paulo Frateschi visitou a redação do Jornal da Gente na manhã de quarta-feira, 12. Ele chegou acompanhado do Subprefeito da Lapa, Ricardo Pradas e de Mauro Caseri, da Coordenação de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da Subprefeitura Lapa.
O secretário participou de um café da manhã com o diretor do JG, Ubirajara de Oliveira, e a equipe de redação, a editora Maria Isabel Coelho e o repórter Bruno Pedroni.
Paulo Frateschi assumiu a Secretaria em 10 de fevereiro após a saída de João Antônio da Silva Filho que passou a responder como conselheiro no Tribunal de Contas do Município (TCM). “Minha experiência é de partido, sempre fiz parte da direção do PT. Nunca fui de governo, já passei pela Câmara, já estive em Brasília, mas não conheço bem essa coisa de governo”, admite o secretário. Ele falou sobre a importância do Conselho Participativo. “Esse conselho é muito legal, existem muitas expectativas. Ele ainda está muito no começo. É a primeira vez que se tem um conselho assim na Cidade. Ele é o único no Brasil”.
Sobre a quantidade de conselhos que vem sendo implantado na Cidade (participativo, Cidade, habitação, trânsito, etc), Frateschi destacou que a intenção é colocar todos para discutir e participar. “O prefeito é bom. Ele tem um projeto estratégico estrutural de futuro. O prefeito Haddad vê a Cidade como um todo. Ele está pensando no transporte, em limitar os automóveis, o transporte coletivo mais rápido e facilitar a construção na beira dos corredores e inibir as construções nos miolos dos bairros”, conclui.
Escassez de água|preocupa Comitê
As vésperas do Dia Mundial da Água (22 de março), o sistema que abastece a região Metropolitana está com níveis críticos para atender a população. “Vamos ter problemas sérios de água”, afirma o diretor adjunto de Meio Ambiente do Ciesp, vice-presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e morador da Lapa, Francisco Além. O índice de armazenamento e pluviometria do Sistema Cantareira atingiu 15,6% da capacidade, na tarde de quinta-feira, 13. Para Além estamos em uma crise que deve se confirmar como a pior dos últimos 80 anos. Segundo o vice-presidente do comitê, a possibilidade de racionamento não está afastada. “Nos não podemos descartar a possibilidade de racionamento devido ao problema da estiagem muito prolongada e a falta de conforto de um volume de água para ser utilizado. Os Estados Unidos, por exemplo, tem 100% de reservação de água, aqui temos zero. Nesta época (de verão) tínhamos que estar reservando a água da chuva para usar durante o ano, mas infelizmente devido a essa escassez, não estamos fazendo est reserva”. Para o especialista, as campanhas de uso racional da água não podem ser pontuais. “Nós somos privilegiados em águas tanto subterrânea quanto superficial, só que a demanda é maior que a oferta”, alerta Francisco Além. Ele lamenta que muitas medidas não saiam do papel. “Apesar de sabermos que não damos a devida importância ao planejamento, precisamos reunir esforços para que o Plano Diretor (de Aproveitamento de Recursos Hídricos da Mocrometrópole Paulista) não fique só no papel.
Abastecimento e a crise
A sexta-feira foi quente. Aliás, a quinta também. Um incêndio atingiu a comunidade da Avenida Manuel Bandeira, na Leopoldina, na tarde de quinta-feira. O Corpo de Bombeiros deslocou 13 viaturas para controlar as chamas. E água para apagar o fogo. A sorte é que não houve feridos. Na sexta-feira, um ônibus incendiou na Rua Trajano, na Lapa, e assustou todo mundo, mas segundo o Corpo de Bombeiro, o fogo foi provocado por um curto circuito. Não houve vítimas.
O pior aconteceu na Ceagesp durante a sexta-feira, um dia após o início da cobrança de estacionamento para caminhões e carros. A tarifação faz parte do novo sistema de circulação viária e controle de portarias implantado pela C3V, concessionária que ganhou a licitação da Ceagesp.
O protesto começou com latas de lixo e cabines de cobrança queimadas. A PM foi acionada. Informações de pessoas armadas levou reforço de policiais para Ceagesp. A cancela da portaria de entrada (3) foi quebrada. Durante o protesto, os manifestantes também atearam fogo em um caminhão guincho e em um prédio do entreposto. Lá estava o Corpo de Bombeiro para combater as chamas. O cenário era de uma praça de guerra. Um segurança foi atingido por pedras e um jovem ferido por arma de fogo foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro. Até o final da noite as informações sobre a ocorrência e seu estado eram desencontradas. Os comerciantes do entreposto afirmam que buscam uma solução, dentro da Lei, quanto à cobrança de pedágio e repudiam as ações de vandalismo praticadas por grupos estranhos.
Por causa dos danos, os clientes ficarão sem seus produtos neste fim de semana. Diante do resultado do quebra-quebra, a direção do Ceagesp informou na tarde sexta-feira que o varejão de sábado e domingo está suspenso. O entreposto só vai operar para carga e descarga, mesmo assim de forma restrita, devido às limitações provocadas pelos danos deixados pelo tumulto.
Se a cobrança e as avarias das manifestações ameaçam afetar o abastecimento de produtos hortifrutigranjeiros, pescado e flores, outra crise está para se confirmar como a maior dos últimos 80 anos, o de abastecimento de água. O índice de armazenamento do Sistema Cantareira atingiu 15,5% da capacidade na sexta-feira, 13. Na reunião do Comitê da Bacia do Alto Tiete realizada no Ciesp Oeste, quinta-feira, o vice-presidente, diretor-adjunto de Meio Ambiente do CIESP, Francisco Além lembrou que a possibilidade de racionamento não está afastada devido ao problema da estiagem muito prolongada e a falta de conforto de um volume de água para ser utilizado. Ou seja, não temos reservas para atender a população. A demanda é maior que a oferta. Pelo que parece, temos que continuar com a economia de água e rezar para que o governo execute projetos para resolver a questão hídrica na região. Caso contrário, não teremos água para nada, nem para apagar incêndio.
Mortes traz cúpula da segurança à região
A morte de três pessoas ma Vila Leopoldina mobilizou a cúpula da Segurança Pública de São Paulo na manhã de sexta-feira, 7. Os corpos foram encontrados no interior de um apartamento de um condomínio de alto padrão na Rua Passo da Pátria. Vizinhos ouviram barulho de tiros vindos de dentro do apartamento, no segundo andar do prédio, e acionaram a Polícia Militar (4º Batalhão), que preservaram o local até a chegada do delegado do 91ºDP e da equipe do DHPP. Segundo informações divulgadas pela polícia, os corpos são de uma médica pediatra moradora do condomínio, Elaine Munhoz, de seu filho de 22 anos Juliano (estudante de medicina e residente da Santa Casa) e da namorada do rapaz (também estudante de medicina), Sabrine, de 26 anos.
Juliano estava no 5º ano de medicina da Santa Casa. Sua namorada também era estudante de medicina e sobrinha de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).