O Jornal da Gente está com inscrições abertas para os candidatos a vereador da area da Subprefeitura Lapa (compreendida pelos distritos da Lapa, Vila Leopoldina, Barra Funda, Perdizes/Pompeia, Jaguara, Jaguaré) que queiram participar de encontro com lideranças e empresários da região. O evento está previsto para a segunda quinzena de setembro. O prazo de inscrição termina na sexta-feira (2). Os critérios para inscrição é o candidato nunca ter cumprido mandato legislativo, morar ou ter alguma atividade fixa na região. “A ideia é apresentá-los a comunidade e ajudar esses candidatos por causa do prazo reduzido de campanha (45 dias) e os poucos recursos. O evento será uma vitrine para apresentação desses novatos que concorrem a uma vaga na Câmara Municipal. Vamos fazer uma cobertura, em tempo real, pela rede social”, explica o diretor do Jornal da Gente, Ubirajara de Oliveira. Os interessados devem enviar currículo, com Zona Eleitoral e comprovante de moradia para o e-mail do Jornal da Gente (redação@jornaldagente.inf.br). O telefone de contato da redação é 3874-5526 e 3874-5527.
Associação pede explicações sobre valor de desapropriações na Pompeia
A audiência pública sobre o projeto de prolongamento da Avenida Auro Soares de Moura Andrade foi realizada pela SPObras na terça-feira (23), no auditório da Subprefeitura Lapa. O superintendente de projetos da SPObras, Roberto Moura, representantes da SPUrbanismo e CET e do estudo do impacto ambiental na região, além do subprefeito, representantes de associações e moradores participaram do encontro. Moura explicou que a abertura da avenida faz parte da Operação Urbana Água Branca e prevê a formação de um eixo viário de 3 quilômetros de extensão, com o objetivo de melhorar o trânsito e a travessia de pedestres e ciclistas.

A Avenida Auro Soares de Moura Andrade compreende um trecho de 2,2 km a partir da Avenida Pacaembu, até a Casa das Caldeiras, um espaço de eventos, onde ficavam as antigas indústrias Matarazzo, tombado pelo Patrimônio Histórico. “Para preservar a estrutura tombada será necessário o remanejamento da linha 8-diamante da CPTM, o que abrirá espaço para o viário e construção do túnel que visa melhorar o fluxo de veículos com destino à Avenida Marquês de São Vicente, à Avenida Presidente Castelo Branco e à ponte da Freguesia do Ó. Está prevista ainda a instalação de uma ciclovia nas adjacências da pista reformada”.
Segundo o projeto da SPObras, foram desapropriados 27 imóveis, num total de 18 mil m², para viabilizar o prolongamento da avenida no valor total de R$ de 50 milhões.

A presidente da Associação Amigos de Vila Pompéia, Maria Antonietta de Lima e Silva questionou os aspectos técnicos e financeiros da obra.“É necessário que a CET explique melhor a questão do fluxo da Auro Soares em direção à Rua Boneli”, disse Antonietta.“ Que estudos foram feitos para garantir que a Rua Boneli suportará o novo fluxo da Auro Soares? Se existem, não foram apresentados na Audiência Pública”, protestou. “Já em relação aos aspectos financeiros, cabe à SP Obras, empresa da prefeitura responsável pela obra viária estimada em R$ 160 milhões, deixar mais transparente a dinâmica das desapropriações que se fazem necessárias para a ampliação da avenida”.
O responsável pelas desapropriações, engenheiro Julio Alves disse que as desapropriações seguem decreto e são acompanhadas pela Ministério Público e Justiça. Ele revela que em alguns casos (como o do dono do prédio da Kalunga que chegou a R$ 9 milhões) tem proprietário que entra com recurso e o juiz determina um valor com base em perícia.

O gerente de Planejamento da CET, Ronaldo Tonobon disse que a rua (G) prevista para ligar a Rua Carlos Vicari com o novo trecho da Auro de Moura não é prioritária. Pelo cronograma apresentado por Moura, a previsão de entrega da obra é de 30 meses após a licitação.
Matéria de autoria de Débora Dantine e Maria Isabel Coelho
Jornada do Patrimônio tem programação na região
O Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal de Cultura realiza a 2ª edição da Jornada do Patrimônio com o tema “Origens da Cidade”, neste final de semana, 27 e 28, com programação de atividades de visitação a prédios históricos. Segundo a Secretaria de Cultura, o intuito é fomentar o conhecimento e a valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade.
A iniciativa, lançada em 2015, é inspirada nas Journées Européennes du Patrimoine, da França, e no Open House, em Nova York, nos Estados Unidos. Na programação da região está o Sesc Pompeia com Percursos Poéticos no sábado (27, às 16h, e domingo (28), às 14h e 16h. A atividade é inspirada nas “Narrativas do Sesc Pompeia”, com intervenções-espetáculos que tomarão conta da unidade nos horários programados.
O edifício da Sociedade Beneficente União Fraterna, construído entre 1932 e 1934, na Rua Guaicurus, 1/59, terá visitação no sábado, das 9h às 16h.
A histórica Casa das Caldeiras, resquício da época das Industrias Reunidas Francisco Matarazzo, localizada na Avenida Francisco Matarazzo, 2000, é uma construção anterior a 1923 e tombado (1980) pelo Iphan e Condephaat. A casa que foi restaurada na década de 1990 recebe visita só no domingo às 10h, 12h, 14h e 16h.
A Casa Amarela foi construída em 1921 pelo italiano Ângelo de Bortoli, em estilo neoclássico na Rua Camilo 955/95, na Vila Romana, quando chegou ao Brasil no final do século XIX, antes da demarcação das ruas. A Casa Amarela é a mais antiga do bairro e estará aberta à visitação nos dois dias da jornada com a mostra “Interiores Afetivos”, uma parceria entre a artista Janice de Piero e o artista e arquiteto Sérgio Regis Martins, no sábado (27) e domingo (28) das 13h às 19h.
O solo da comunidade
A transformação do solo sempre gera polêmica em qualquer lugar do mundo, seja por questões religiosas ou sociais. Basta prestar atenção nos conflitos noticiados pela televisão.
Não foi diferente na primeira edição do Fórum em Debate organizado pelo Fórum Social da Vila Leopoldina, que discutiu a proposta de reurbanização de uma área de 290 mil m² da Votorantim (entre as avenidas Queiroz Filho, Marginal Pinheiros, Dr. Gastão Vidigal e a rua Professor Ariovaldo Silva) referente a proposta protocolada na Prefeitura pela empresa BVEP (empresa de empreendimentos e participações do Banco Votorantim) e da SDI (empresa de gestão e o URBEM (Instituto de Urbanismo e de Estudos para a Metrópole) para desenvolvimento de projeto urbanístico na região.
O arquiteto do Urbem, Milton Braga explicou que o processo aguarda a publicação da Prefeitura para uma discussão e início do projeto. A proposta é de promover junto à Prefeitura a discussão sobre o aproveitamento inteligente da antiga região industrial, localizada na macroárea do Arco Pinheiros, conforme define o Plano Diretor da Cidade. A ideia, segundo ele, é propiciar o uso misto dos espaços urbanos, mesclando unidades residenciais, comerciais, espaços públicos e fachadas ativas (com comércio e serviços no térreo). O fórum também debateu a possível saída da Companhia de Abastecimento e Entrepostos de São Paulo (Ceagesp) do bairro.
O vereador e relator da Lei de Zoneamento, Paulo Frange explicou as regras da Lei para a eventual transferência da Ceagesp da Vila Leopoldina, de uma área de 700 mil m² , do Governo Federal.
Frange lembrou que se a proposta para a área da Votorantim evoluir e a Ceagesp deixar o bairro, a mudança será radical. Serão quase um milhão de m² disponíveis para a construção de novos empreendimentos imobiliários, dos quais 40% do terreno ficará com o município: 15% vai para a construção de novo viário e calçadas largas, 10% para o verde, 5% com destino específico (saúde, educação etc.) e 10% que podem ser utilizados para habitação de interesse social (HIS).Ou seja, a proposta do grupo privado, ainda que em fase embrionária, nasce com área prevista para moradia popular e verde.
A temperatura da discussão aumentou depois que moradores de três favelas do entorno da Ceagesp alegaram que não foram lá para discutir a saída da Ceagesp e sim moradia. Lara Luciana da Cruz afirmou que se sentiu enganada. “Ficamos sabendo que iam tratar de moradia dessas três favelas”, explicou, acrescentando: todas as pessoas vieram aqui hoje porque falaram que ia tratar da saída das favelas”. Ela afirmou que tem muita gente trabalhadora na favela que só quer moradia digna. “Se nós estamos lá é porque não tem apoio do poder público”.
Assim como Frange, o vereador Nabil Bonduki e José Police Neto manifestaram a preocupação de construir, com participação popular, proposta que inclua aqueles que esperam por moradia há anos no entorno da Ceagesp.
Com tantos protestos, os envolvidos no debate saíram com a certeza de que a prioridade é ouvir os moradores – de todas as faixas de renda -, mas principalmente aqueles esquecidos a própria sorte pelos becos da Leopoldina.
Jornada do Patrimônio tem programação na região da Lapa
Foto: Divulgação

O Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal de Cultura realiza a 2ª edição da Jornada do Patrimônio com o tema “Origens da Cidade”, no próximo final de semana (27 e 28). O evento promove atividades de visitação a prédios históricos, além de roteiros de memória, apresentações artísticas e uma série de palestras e oficinas pela Cidade.
A região terá patrimônios abertos para visitação como a Casa Amarela de quase 100 anos na Rua Camilo 955/957, na Vila Romana (dia 26 e 27), o centenário prédio da Sociedade Beneficente União Fraterna da Rua Guaicurus, 1/59 (no sábado, das 9h às 16h), na Água Branca, as instalações do Sesc Pompeia (26 e 27) além da histórica Casa das Caldeiras da época das Industrias Reunidas Francisco Matarazzo (Avenida Francisco Matarazzo, 2000, na Pompeia) e Igreja de São Geraldo das Perdizes (de 1932).
Segundo DHP, o intuito é fomentar o conhecimento e a valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade.
A iniciativa, lançada em 2015, é inspirada nas Journées Européennes du Patrimoine, na França, e no Open House, em Nova York (openhousenewyork), nos Estados Unidos.
A Jornada do Patrimônio também promove atividades voltadas para famílias, com intuito de instigar a educação e reconhecimento patrimonial no jovem cidadão. A programação completa pode ser conhecida pelo site da Jornada do Patrimônio (http://www.jornadadopatrimonio.prefeitura.sp.gov.br/2016/).
Mercado completa 62 anos
O Mercado da Lapa completa 62 anos nesta quarta-feira, 24. Esse ano a comemoração será com bolo às 16h. A central de abastecimento lapeana faz parte da história da região, da Cidade e do País. Idealizado pelo vereador Iapeano Ermano Marchetti e projetado e construído pela Prefeitura do Município de São Paulo, o prédio de forma triangular foi considerado um dos mais modernos na época.
As instalações foram inauguradas no ano do 4º centenário de São Paulo e no dia do falecimento do então presidente Getúlio Vargas. Por conta da morte de Vargas, o mercado só permaneceu com suas portas abertas até às 10h da manhã. Não teve os fogos de artifícios planejados para inauguração devido ao luto oficial.
No início eram 40 boxes prontos dos 160 planejados. Boa parte dos comerciantes do mercado eram imigrantes recém-chegados da Europa, principalmente da Itália, oriundos do extinto mercadinho da Rua Clélia.
Os primeiros clientes do Mercado da Lapa foram os fiéis imigrantes à procura de produtos de sua terra natal como vinhos, uísques, bacalhau, peixes chepolinas, funghis italianos e azeites.
Um decreto do Prefeito Reynaldo de Barros alterou, em 1982, o nome oficial para Mercado Municipal Rinaldo Rivetti, como reconhecimento ao cidadão e proprietário de um boxe, Rinaldo Rivetti, por participar de campanhas sociais como uma que impedia o fechamento do Hospital Fogo Selvagem.
Na quarta-feira, 31 de agosto, às 13h, o Mercado Municipal Paulistano (Mercadão) receberá a oficina sobre Aproveitamento Integral de Alimentos. As nutricionistas do Departamento de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), apresentarão gratuitamente ao público, receitas com casca de laranja cristalizada, tira gosto de semente de abóbora, farofa de abóbora, creme de couve, arroz com cascas e suco de laranja, beterraba e cenoura.
Nutricionistas realizam oficina
No dia do seu aniversário (na quarta-feira, 24 de agosto), do Mercado da Lapa recebe a oficina de reaproveitamento integral de alimentos com nutricionistas da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), com receitas como casca de laranja cristalizada, tira gosto de semente de abóbora, farofa de abóbora, creme de couve, arroz com cascas e suco de laranja, beterraba e cenoura.
A aula será realizada no Mercado, dia 24, das 13h às 17h. As vagas são limitadas e para participar o interessado deve enviar e-mail (eancosan@prefeitura.sp.gov.br) com nome completo, RG e CPF. O Mercado da Lapa fica na Rua Herbart, 41, na Lapa.
SPObras realiza audiência sobre abertura de avenida
Foto: Maria Isabel Coelho

A SPObras realiza nesta terça-feira (23) a audiência pública sobre o prolongamento da Avenida Auro de Moura Andrade, às 18h, no auditório da Subprefeitura Lapa (Rua Guaicurus, 1000).
A obra – que faz parte da Operação Urbana Água Branca – proporcionará a formação de um eixo viário de três quilômetros de extensão para diminuir os impactos no trânsito veículos e pedestres.
O Mercado e a história
O Mercado da Lapa comemora 62 anos de fundação no dia 24 de agosto. A central de abastecimento é muito importante para a região Oeste e um marco na história da Cidade. Hoje passam todos por ele mais de 5 mil pessoas. todos os dias. Para se ter uma ideia, até o final do século 19 o bairro da a Lapa não era considerado parte da cidade de São Paulo. Era uma região com sítios e chácaras afastada e povoada por imigrantes europeus que chegaram ao Brasil para construir a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
Com o crescimento da Cidade , o bairro também se desenvolveu. O Mercado da Lapa foi construído na década de 1950. E foi um dos primeiros mercados municipais de bairro com edifício projetado para a função. O projeto foi idealizado pelo vereador Iapeano Ermano Marchetti e construído pela Prefeitura. Quando foi inaugurado em 1954 as portas permaneceram abertas ao público somente até às 10h da manhã por causa do luto oficial pela morte do então presidente Getúlio Vargas. Não teve fogos de artifícios como planejados. Seu nome foi alterado para Mercado Municipal Rinaldo Rivetti, em decreto assinado pelo então Prefeito Reynaldo de Barros, em homenagem ao “Cidadão Exemplar”.
A Associação dos Comerciantes do Mercado da Lapa (Acomel) foi criada em 1969 pelo saudoso Aziz Jorge, que serve de exemplo de gerenciamento e empreendedorismo pelos permissionários de outros mercados municipais da cidade de São Paulo.
Há 21 anos sou permissionário no Mercado Municipal da Lapa e estou no segundo mandato como presidente da Acomel (Associação de Comerciantes do Mercado da Lapa) e acompanho cada história que surge em seus coredores. O Mercado da Lapa continua fazendo história a cada ano. Para comemorar seu aniversário, os comerciantes convidam à todos para cantar o parabéns e saborear o nosso bolo às 16h.
Medalhista de ginástica é da Lapa
O medalhista de bronze de ginástica no solo na Olimpíada Rio 2016, Arthur Nory Oyakawa Mariano, é morador da Lapa de Baixo. Após retorno da Rio 2016, Nory passou pela redação do Jornal da Gente na sexta-feira (19), acompanhado de seu pai Roberto Carlos Mariano. Mariano é professor de Judô e sua esposa professora de Natação, motivo que fez com que Nory iniciasse cedo no judô. “Todo dia ia para o treino. Aos 11 anos senti que judô não era minha paixão e do lado tinha a ginástica no Palmeiras. Eu acabava o treino e ficava olhando e fazendo cambalhota”, conta ele.
A base do atleta na ginástica foi em um curso no clube Pelezão. “Depois fiz um teste no Clube Pinheiros em 2005 e ficava dividido entre judô e ginástica. No Palmeiras fazia judô e no Pinheiros ginástica. Em 2006 resolvi ficar só na ginástica e investi na carreira até hoje”.
Nory afirma que a rotina de atleta é de disciplina e superação. “Todo atleta é motivado por sonhos e metas. Escrevi na parede do meu quarto ‘eu vou para as Olimpíadas’, desde que entrei na ginástica. E como passei a evoluir muito no esporte disse: quero ser medalhista olímpico. Isso me motivava porque a gente treina seis vezes por semana, seis horas por dia fora academia”, revela o jovem.
O medalhista estudou em escolas da região, entre elas o Colégio Módulo. “Entrei na faculdade de Educação Física na UNIP. Comecei, mas por conta da Olimpíada tive que mudar para o Rio e tive que trancar”.
A força de vontade, disciplina e dedicação levou Nory para a Olimpíada do Rio. “Em 2010 participei dos Jogos Olímpicos da Juventude. No final de 2011 participei de um evento teste que era para classificar uma equipe para Londres, fui bem. Desde lá comecei a participar de várias competições adultas. A partir de 2012 que comecei essa caminhada para o Rio 2016”, revela Nory. “Só talento não constrói o atleta, tem que ter disciplina e esforço, tem que treinar bastante”, conclui o medalhista de bronze. (MIC)
Da Lapa para o mundo
Em meio à corrida eleitoral, cafés e visitas de candidatos, o Jornal da Gente recebeu a visita do atleta da ginástica artística e medalhista de bronze Arthur Nory à redação. O jovem acaba de chegar da disputa na Olimpíada Rio 2016 e já se prepara para a de Tokyo. Sua determinação é contagiante. Seu sorriso também.
Nory chegou acompanhado do pai Roberto Carlos Mariano, seu maior fã. Impossível não ser. O medalhista é simples e atende a todas as pessoas com sorriso. A medalha de bronze é pesada, tanto quando a importância da conquista para Nory e para todo povo brasileira. Ao tocá-la a gente se sente um pouco medalhista, graças à simplicidade do atleta lapeano que divide sua glória com os admiradores.
Morador da Lapa de Baixo e o filho do professor de judô com uma professora de natação, Nory iniciou cedo no esporte por incentivo dos pais. Aos 11 anos já sabia que sua vocação não era o judô, e sim a ginástica. Sonhou e traçou metas. Na parede do seu quarto escreveu “eu vou para as Olimpíadas”. Conseguiu. “Quando decidi que a ginástica era o caminho que ia seguir, acreditei que um dia ia estar lá”, disse Nory durante a entrevista ao Jornal da Gente e o Guia Daqui Lapa. Depois escreveu: quero ser campeão olímpico, quero ser medalhista olímpico, e nesta sexta-feira ele dividiu sua vitória bronzeada com a equipe da redação e agora com nossos leitores do JG. Como chegou lá? Ele mesmo explica que todos os dias ao acordar se sentia motivado ao ler a frase na parede.
O jovem estudou em escolas de região e deu seus primeiros passos na ginástica em um curso básico no clube Pelezão. Depois foi para o Pinheiros para traçar um caminho de sucesso.
Suas mãos calejadas mostram o grau de sua superação, mas sua persistência e disciplina servem de incentivo para os jovens que, assim, como ele, sonha em chegar a um pódio olímpico.
Ao saber da premiação disse que passou um filme da sua vida, de tudo que lutou e passou para chegar lá. “Sabe quando você lava a alma e fala: consegui. É uma felicidade muito grande. Quando soube que ia ganhar a medalha, deitei no chão e chorei. Agradeci a Deus por aquele momento. É uma emoção única que espero sentir novamente daqui quatro anos de novo”.
Não é fácil, relata. O atleta de auto rendimento tem que superar muitas barreiras e acreditar que vai dar certo. “Não deixar que as dores sejam maiores que seus sonhos”, diz. Seu exemplo de superação serve para atletas e também para cidadãos. O medalhista de bronze Arthur Nory surgiu na Lapa para conquistar o mundo com seu exemplo de superação e disciplina. Somos todos bronze!