O Diretor de Planejamento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro falou sobre os projetos de modernização das estações da região aos convidados do À Mesa com Empresários. Segundo Silvestre, os projetos de melhoria como a unificação das estações da Lapa e da Água Branca e reforma da Imperatriz Leopoldina são relevantes por vários motivos. “Primeiro, é um eixo importante porque nós pegamos a Lapa, Água Branca e ligamos com outro eixo de transporte integrado com o Metrô, na mesma oportunidade que nós temos a Linha 6 (hoje em obra) integrando com a Lapa”, explica o diretor.
Ele lembrou que a ferrovia tem condicionantes históricas. “É uma ferrovia que vem do século retrasado que é a São Paulo Railway com uma diretriz de traçado e posteriormente uma Linha 8 que segue para região Oeste e interior do Estado”.
O diretor falou sobre a importância da unificação das duas estações da CPTM na Lapa (Linha 7 – Rubi – na Rua William Speers e Rua John Harrison com Doze de Outubro, e a estação da Linha 8 – Diamante, na Rua Guaicurus, próxima do terminal de ônibus urbano). “Estamos projetando uma estação integrada (unificação) nessa região. É relevante integrar a Linha 8 com a Lapa (7) porque com isso equilibramos o transporte nas estações”, afirmou.
Para Silvestre o desafio da CPTM é fazer a intervenção com a linha em operação. “Existe duas alternativas para unificação das estações da Lapa: ou fazemos uma estação unificada na região da Guaicurus (onde fica a Linha 8) e aí tenho o deslocamento de área de interesse de atratividade (comercial) da região (da Doze de Outubro) porém tem um terminal de ônibus próximo, ou do outro lado (próximo ao Mercado da Lapa) levando toda integração e aproximando do eixo de interesse do usuário (centro comercial do bairro)”.
Com a unificação na Lapa, o movimento na Barra Funda vai cair. “Na hora que integrarmos a linha 7 e 8 na Estação da Lapa, diminuímos as viagens (das pessoas que vem de Franco da Rocha, Francisco Morato e Caieiras) em direção a linha 8 até a Barra Funda. Hoje a ordem de passageiros na Estação Lapa da Linha 8 é de 25 mil pessoas/dia e da linha 7 de 30 mil pessoas/dia, um total de 55 mil e com o movimento que deve vir da Barra Funda (com a unificação) deve passar de 60 mil”.
Outro desafio apontado pelo diretor da CPTM é fazer acessibilidade na estação Imperatriz Leopoldina. “É uma estação muito confinada, onde temos o desafio de fazer essa implantação por que não há muito espaço dentro da faixa de domínio da ferrovia. A Imperatriz recebe cerca de 18 mil pessoas por dia e a Domingos de Moraes – que teve acrescido melhorias funcionais como elevadores de acessibilidade além de outros itens de conforto para os usuários – recebe 16 mil pessoas/dia”.
A estação Água Branca (linha 7) também vai passar por transformações.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni participou da edição do À Mesa com Empresários, com sua equipe de técnicos e diretores na segunda-feira, 13, no Espaço Armazém. O encontro é uma iniciativa da Página Editora e Jornal da Gente em parceria com o Buffet Morenos e Espaço Armazém e apoio do Ciesp Oeste, Instituto Anastassiadis e Centro Universitário São Camilo. Além do secretário, o evento contou com a presença do presidente da CPTM, Paulo Magalhães Bento Gonçalves, do diretor de Planejamento da CPTM, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, do coordenador da Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões, Celso Caldeira, e o gestor de implementação da Linha 6 Laranja do Metrô, Thierry Besse além dos deputados estaduais Marcos Zerbini e Celino Cardoso entre as autoridades.

Cerca de 100 empresários e lideranças participaram do encontro sobre a construção da Linha 6 de Metrô e melhorias nas estações da CPTM. “Enfrentamos um grande desafio, vivemos na terceira maior metrópole do mundo, que perde só para Mumbai na China e Tókio no Japão. Um dos nossos grandes desafios é a mobilidade. No Estado de São Paulo temos hoje uma rede metroferroviária com 340 km, 80 de Metrô, 260 de CPTM, interligados”, disse Pelissioni.

O secretário lembrou que a Linha 6 Laranja do Metrô (em obras) é a maior Parceria-Público Privada (PPP) de trens e Metrô da América Latina, com R$ 10 bilhões de investimento, 15 estações, sendo 5 na região da Subprefeitura Lapa (Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes e PUC-Cardoso de Almeida). “Temos um grande desafio de fiscalizar para que as obras ocorram dentro dos prazos e que em 2020 a gente possa ter o Metrô servindo a região”, declarou Pelissioni, acrescentando que a secretaria tem projetos de melhorias para as estações da região como a unificação das duas estações da Lapa e Água Branca e melhoria na estação da Leopoldina. Segundo ele, o projeto da Estação Imperatriz Leopoldina está em andamento para melhorar as condições de acessibilidade a estação. “Temos um convênio assinado, pelos menos uma publicação, para distração do PAC do Governo Federal e nós vamos atrás desses recursos para poder fazer essa reforma. Imaginamos que até o ano que vem possamos ter o projeto concluído”, afirmou o secretário. “Já a unificação das estações da Lapa será uma grande obra. O grande anseio da comunidade é ligar as duas estações que estão distantes, duas linhas (7 e 8) e então temos que fazer uma estação nova. É um projeto para mais de R$ 100 milhões de reais”, revela Pelissioni. “Primeiro, precisamos concluir o projeto, definir as áreas a serem desapropriadas para que a gente possa concorrer ao financiamento e definitivamente licitar as obras”, explicou.

Toca da Onça

Questionado pelo conselheiro do Cades Lapa, José Trindade Celis sobre a passagem subterrânea “Toca da Onça” e a possibilidade de construção de uma passarela sobre a linha da CPTM, o secretário de Transportes Clodoaldo Pelissioni falou sobre o problema. “As linhas da CPTM cruzam a Cidade de Leste e ainda temos o Metrô, então temos diversos problemas de acesso por que as pessoas precisam transitar de um lado a outro das linhas do trem. Temos uma passagem inferior e a outra sugestão é de passarela. Passarelas nós precisamos ter áreas para alocar os acessos além de escadas e hoje temos a necessidades de rampas por conta da Lei de Acessibilidade. Eu pedi para CPTM estudar outra alternativa se envolver custos e apresentar para a comunidade para ver se eventualmente a Prefeitura quer participar e se temos áreas disponíveis para uma solução conjunta para a questão”, afirmou o secretário.

Deputados Celino e Zerbini prestigiam encontro

Na abertura do À Mesa com Empresários o deputado Celino Cardoso lembrou a luta para que o projeto da Linha 6 do Metrô – que vai ligar a Vila Brasilândia a Estação São Joaquim (passando pela área da Subprefeitura Lapa) – , chegasse a região. “É importante trazer os agentes públicos para se inteirar com a comunidade, principalmente, num momento que se tem uma obra tão importante como essa (da Linha 6)”, afirmou Celino. “Essa luta começou antes de me eleger deputado e olha que estou no meu sexto mandato. Outras pessoas já lutavam antes de me eleger. Junto com Mário Cova, a gente reiniciou essa luta, mas eu queria dizer que o start dessa Linha 6 do Metrô aconteceu no governo José Serra, quando ele deixou a prefeitura para Gilberto Kassab e se elegeu

governador do Estado”, lembrou Celino . “É um ganho coletivo, não é mérito pessoal de nenhum político. Isso é o resultado de um esforço conjunto de muita gente que lutou por isso e graças a sensibilidade do nosso governador que entende que essa linha vai melhorar a vida de milhões e milhões de pessoas”, afirmou o deputado Celino.

Para o deputado estadual Marcos Zerbini, o evento foi importante por tornar transparente o que acontece na região. “Acho que o desafio com os novos governos é fazer cada vez mais essa relação (como esse evento) com a sociedade organizada e com as pessoas que serão beneficiadas pelos serviços. É um grande momento e um grande evento muito importante para todos”.

Veja vídeo:

O Centro Cultural Tendal da Lapa (Rua Constança, 72) recebe neste sábado, 11, as atividades do Projeto descarte On de logística reversa de resíduos elétricos e eletrônicos (REEE), resultado da parceria entre os governos do Japão e do Brasil, desenvolvido pela JICA – órgão do governo japonês. A programação no Tendal teve início no dia 5 (domingo) com as oficinas Painel Reinventado, com Renato Hofer; e Tramas Urbanas, com o Coletivo Meio Fio, além de pintura em lona, com participação do público.

O projeto-piloto foi implantado na área da Subprefeitura Lapa e conta com a participação de varejistas da região (Lojas Americanas, Extra, Pernambucanas, Casas Bahia, Ponto Frio e WalMart – na coleta dos resíduos) , associações e empresas de reciclagem e será realizado até 31 de outubro. O objetivo é sensibilizar o cidadão sobre a importância do descarte correto de resíduos eletroeletrônicos.

No Lounge de entrada do Tendal, o público vai encontrar objetos que mostram a história da evolução dos eletrônicos, com a presença de um DJ e do robô Descartes, mascote do projeto, feito de resíduos eletroeletrônicos. No Espaço Oficinas serão realizadas as atividades com a comunidade. Um Estúdio de Fotos foi montado para o visitante registrar fotos em um cenário com eletrodomésticos vintage. O Auditório está reservado para as conferências e apresentações sobre a logística reversa de Resíduos Eletroeletrônicos organizadas pela equipe da JICA e organizações parceiras. A programação aberta ao público começa às 10h30 com seminário; às 10h50 representantes da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), da JICA e ABREE (Associação Brasileira de Resíduos Eletroeletrônicos) e Fecomércio participam de um bate-papo com o público; às 13h30 começa a Oficina de pintura e colagem (Coopermiti) e a Oficina de bijuterias feitas com REEE às 14h50. A programação traz ainda grafite (das 9h às 16h). Uma caixa de coleta fica à disposição do público durante o evento para receber eletroeletrônicos de até 60cm x 50cm x 75cm.