Visões opostas

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EDUARDO FIORA

Logo no início dos debates que marcaram mais uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg), na terça-feira,13, um morador do bairro pedia providências à subprefeitura em relação ao calçamento e recapeamento asfáltico no bairro. Tal posicionamento ratifica uma tendência, já expressa no Conseg Lapa e naquele do Jaguaré. Nesse fórum, valendo-se da presença de pelo menos um representante da subprefeitura, a comunidade tem deixado claro o seguinte: quer, sim, discutir assuntos que vão bem além do quesito segurança.
Tal vontade popular tem sido assimilada de maneira ambígua pela Subprefeitura da Lapa. Nas reuniões do Conseg lapeano, onde é constante o comparecimento do subprefeito Paulo Magalhães Bressan, o poder público dá mostras que aceita esse órgão como instância comunitária para a reivindicação de toda e qualquer questão ligada aos serviços ofertados pela prefeitura municipal. Assim, no último encontro do Conseg da Lapa, Bressan, entrando em sintonia com a percepção e anseios comunitários, não só ouviu os pleitos dos cidadãos presentes à reunião, como também deu amplo retorno às demandas anteriores, por ele mesmo filtradas. E mais: como eram várias as queixas e sugestões em relação ao sistema viário do bairro, Bressan se comprometeu a verificar, pessoalmente, quais as razões que levaram a CET a se ausentar das reuniões do Conseg.
Já a postura e entendimento do chefe de gabinete da Subprefeitura Lapa, Roberto Nappo, que vem acompanhando de perto o Conseg Leopoldina, são completamente diferente. Segundo ele, o órgão deve se ater exclusivamente às questões de segurança. Nappo, ao mesmo tempo em que evita entrar no mérito de questões como calçamento ou limpeza pública, adotou como prática, fazer convites aos moradores presentes à reunião do Conseg de modo que eles possam levar seus pleitos diretamente à sede da subprefeitura, “que está sempre com as portas abertas para receber a todos”.

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