Apoio à CPI

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É grave a situação da saúde pública na região da Subprefeitura da Lapa, sobretudo no que diz respeito à atuação da Prefeitura Municipal de São Paulo, que se mostra totalmente incapaz de fazer frente às demandas crescentes por atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).
Em meados de 2010, a Secretaria Municipal de Saúde entregou a gestão do Pronto-Socorro da Lapa para a Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FFM). O acordo entre a Fundação e Prefeitura pretendia recuperar o cambaleado PS localizado na Avenida Queiroz Filho, começando pela normalização do quadro de médicos, passando por reformas físicas e chegando à tão necessária modernização dos equipamentos hospitalares. Essa recuperação seria feita com a liberação de recursos municipais gerenciados pela FFM.
Passados oito meses da publicação do acordo em Diário Oficial, o resultado é desanimador, pois, sem contar com verbas adequadas, o PS Lapa continua cambaleando, conforme mostra matéria publicada nesta edição. Com pouco dinheiro em caixa, não há como a FFM tocar adiante o prometido plano de recuperação, não obstante os esforços coletivos e em certos casos pessoais de seus diretores.
O resultado desse descompasso é agravado pela crise que culminou com o fechamento do Hospital e do Pronto-Socorro Sorocabana em setembro do ano passado, fato que passou a sobrecarregar o atendimento no PS Lapa. A própria Secretaria Municipal de Saúde admite que o PS lapeano não foi planejado para suportar a demanda de 3.500 pacientes por mês com picos de até 400 atendimentos num único dia.
Por conta desse quadro, é muito bem-vinda a proposta feita pelo vereador petista Carlos Neder, (membro do G-8) de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou mesmo da instalação de uma comissão de estudos capaz de avaliar a real dimensão da crise do Sorocabana. Se tal iniciativa vingar, a Câmara poderá ter em mãos uma ampla radiografia não só da situação do hospital da Rua Faustolo – que até setembro se mantinha aberto por conta de repasses do SUS feitos pela Prefeitura – mas também da total precariedade do atendimento à população no PS Lapa e em outros equipamentos municipais como a Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na Rua Catão.
Espera-se que no âmbito do G-8 – grupo de vereadores que se comprometeram na eleição de 2008 em lutar pelas demandas da Lapa -, a proposta levantada por Carlos Neder seja endossada pelos outros sete parlamentares, a saber: José Police Neto (PSDB), Gilberto Natalini (PSDB), Claudinho (PSDB), Aurélio Nomura (PV), Paulo Frange (PTB), Eliseu Gabriel (PSB) e Donato (PT).

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