Prefeitura falha e fragiliza PS

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Conselho Gestor cobra posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde

O atendimento no Pronto-Socorro da Lapa ainda dá sinais de grande fragilidade, mesmo com a Fundação Faculdade de Medicina redobrando esforços para contornar problemas advindos de falhas que podem ser atribuídas à Secretaria Municipal de Saúde. É o que revela a reunião do Conselho Gestor do PS com a direção da Fundação – entidade que hoje responde pela gestão do equipamento – na qual foram apresentadas e respondidas várias questões que o Jornal da Gente divulga com exclusividade.

Demanda excessiva
O prédio que hoje abriga o PS Lapa não comporta o atendimento de mais de 3.500 pacientes por mês, com pico de até 400 pessoas num único dia. Parte dessa demanda era atendida no PS do Hospital Sorocabana, fechado em 2010. Segundo a diretora Executiva da Fundação Faculdade de Medicina, Alexandra Brenatni, não há como, na atual estrutura física, realizar de maneira adequada o fluxo interno dos pacientes. Além disso ainda faltam médicos parta cobrir 100% dos postos disponíveis no quadro de funcionários.

Retaguarda inexistente
E como falta um hospital de retaguarda (o Sorocabana fechou em 2010) o fluxo de pacientes se agrava quando os médicos se deparam com a necessidade de transferir pacientes. Paciente está internado no PS Lapa há mais de três meses, pois não há vaga em hospital público para acolhê-lo.

Offline
Os repasses da Secretaria Municipal de Saúde à FFM não permitem a compra de um simples computador. A diretora Alexandra Brenatni teve que se valer de uma bolsa de incentivo à pesquisa concedida por órgão estadual (FAPESP) para compartilhar com o PS o computador que ela, enquanto pesquisadora, usa em seus estudos.

Reforma
Se existe dinheiro da Prefeitura para tocar obras de reformas como a nova ala de pediatria (já finalizada) e novo setor de atendimento psiquiátrico (em andamento) faltam recursos para a implantação de sala capaz de receber novo aparelho de Raio X, algo que requer, também, reforma no quadro elétrico.

Repasse de verbas
A diretoria da FFM explica que o atraso no pagamento de salários em dezembro (pagos no mês seguinte) ocorreu por conta de defasagem no repasse por parte da Secretaria Municipal de Saúde.

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