População pode ajudar a evitar proliferação de escorpiões

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Foto: Toninho Tavares / Agência Brasília

Toninho Tavares / Agência Brasília
Os escorpiões mais comuns em São Paulo são o marrom e o amarelo

A importância da zeladoria e de evitar pontos viciados vai além de impedir o mal-estar causado pelo descarte irregular de lixo. Trata-se de uma questão de saúde já que essas situações permitem a proliferação de escorpiões. Os aracnídeos foram responsáveis  por 184 mortes no Brasil em 2017 e 11,5 mil casos de ataques no estado de São Paulo.

Segundo a Coordenadoria de Saúde (CRS) Oeste, no primeiro semestre de 2018 foram recebidas quatro solicitações relacionadas a escorpiões na região da Lapa. A CRS informa que todas atendidas e não ocorreu nenhum registro por picada do animal. A coordenadoria também realiza o Programa de Controle de Escorpiões, com monitoramento das áreas que possam ter algum foco, além do atendimento de solicitações registradas pelos munícipes. As ações realizadas são de medidas preventivas, tanto com orientações aos moradores próximos às regiões, como também de conscientização de educação ambiental, vistorias em imóveis e, quando há necessidade, ação de retirada manual. Mensalmente são realizadas vistorias de córregos, galerias de esgoto e galerias pluviais próximas aos imóveis, a fim de minimizar o aparecimento de espécimes e quaisquer riscos de acidentes à população.

A população também pode colaborar para tornar as condições do ambiente desfavoráveis à ocorrência, permanência e proliferação dos escorpiões. Na área externa aos domicílios é preciso manter limpos quintais e jardins, não deixar acumular folhas secas e lixo domiciliar. O lixo domiciliar deve ser acondicionado em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados, para entregá-los ao serviço de coleta. Nunca se deve jogar lixo em terrenos baldios. Também é importante eliminar fontes de alimento para os escorpiões, como baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados. Obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, também são ambientes favoráveis para o abrigo de escorpiões, com superfícies sem revestimento e umidade, então é preciso remover periodicamente os materiais de construção armazenados. O mesmo vale para lenha.

Já na área interna das casas é importante rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas, vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha, reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas, aberturas dos ralos, pias ou tanques. Também é válido telar aberturas de ventilação de porões, manter assoalhos calafetados e todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados.

As espécies de escorpião mais comuns em São Paulo são o marrom e o amarelo. Entre os sintomas da picada, além da dor no local, da picada estão náuseas, vômito, salivação excessiva, sudorese, tremores e taquicardia. Quem for picado deve procurar um pronto-socorro, se possível com o escorpião que causou o ferimento ou uma foto, para que possa determinar qual o tratamento indicado.

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