Associação lança vídeo questionando PIU Leopoldina

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Foto: Reprodução

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Área onde está prevista a construção do PIU Leopoldina

A Associação Viva Leopoldina (AVL) divulgou um vídeo na internet onde critica aspectos do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina-Villa Lobos. Chamado “PIU Leopoldina – O PIU do Bilhão”, o vídeo aponta como não adequado o prazo de 26 anos de execução do projeto, com entrega de moradias para os moradores da Comunidade da Linha prevista para o 17º ano. Critica também o desconto de 12,21% ao ano dado pela Prefeitura ao proponente do projeto em decorrência da antecipação da outorga. A associação estima que isso representará um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, valor que se comparado a projetos do Governo do Estado seria suficiente para a construção de 60 mil habitações de interesse social, enquanto o PIU prevê a construção de 853 moradias.

Outro ponto que o vídeo chama a atenção é o fato da Prefeitura ceder 500 mil m² de potencial construtivo, que é o direito de construir edificações mais altas, ao proponente a um preço abaixo do habitual, sendo que apenas 150 mil m² serão implementados na Vila Leopoldina, e os outros 350 mil m² serão utilizados em bairros que pertencem ao território do PIU Arco Pinheiros. “O vídeo foi lançado com o objetivo de conscientizar os moradores da região do prejuízo aos cofres públicos por trás da proposta social do PIU. Desnuda o grande negócio imobiliário por trás de tudo isso, que beneficia a poucos. Tivemos grande progresso na última audiência pública nesta discussão, pois além do enorme prejuízo, foram levantados aspectos importantes como a falta de relatório de impacto ambiental, custos ocultos de descontaminação e desapropriação de terrenos, supressão de áreas demarcadas para reurbanizar comunidades para dar lugar a empreendimentos de luxo, relações perigosamente estreitas entre agentes públicos e proponentes, muitos desses pontos levantados pelo vereador Caio Miranda e pelo Defenda São Paulo. Não dá para fazer projeto urbanístico sem uma discussão ampla com todos os envolvidos. O que a gente viu até aqui foi um plano feito a portas fechadas com o cenário escolhido sendo validado depois em audiências públicas conduzidas pelos próprios interessados. Com este prejuízo daria para fazer 60 mil casas populares e não as 853 oferecidas ao pessoal das comunidades, que acabam sendo usados como verniz social do plano. A gente lamenta que a causa das pessoas dessas comunidades, que tanto sofrem e merecem a moradia digna, sejam usadas dessa forma”, declara Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de Relações de Governo da AVL.

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