Chuva, orçamento e vacina

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Chuvas fortes geralmente não são esperadas. Já os alagamentos e quedas de galhos e árvores quando temos uma tempestade, são. As reclamações referentes à necessidade de poda são as campeãs aqui no jornal e frequentemente aparecem na seção “Bronca” aqui do lado. Os moradores da região valorizam a qualidade de vida proporcionada pelas árvores, tanto é que quando a Enel realizou um mutirão de podas em 2019, muitas delas drásticas, as reclamações foram instantâneas. A Prefeitura afirmou que os exemplares tinham laudo para remoção e o serviço estava acumulado, por isso a impressão de ter sido feito mais do que era devido, mas ainda não vimos muitas das reposições que deveriam ter sido feitas.

O fator pandemia contribuiu para que o replantio fosse postergado, mas é fundamental cobrar essa reposição. Fazer um manejo arbóreo frequente, de forma a preservar as árvores e evitar que elas comprometam a rede elétrica, que galhos caiam e danifiquem telhados, ou que deixem as ruas escuras facilitando a ocorrência de assaltos é a verdadeira demanda. A chuva forte de terça-feira (8) teve impacto na região, com paralisação de trem, queda de árvore em carros, falta de energia e pontos já conhecidos de alagamento.

Esse cuidado que a cidade requer depende muito de algo que esteve em discussão essa semana, o orçamento. A audiência devolutiva sobre as propostas escolhidas pela população para serem incorporadas ao orçamento de 2021 não teve muitas novidades em relação ao que já havia sido publicado em outubro. Um esclarecimento interessante foi sobre os R$ 42 milhões que serão destinados ao Hospital Sorocabana. Pelo menos no primeiro trimestre, não devemos ter uma grande mudança no complexo já que o dinheiro será utilizado para manter os leitos para pacientes de Covid-19, instalados em agosto. O dinheiro poderá ter outro uso, de acordo com o rumo que a pandemia tiver, podendo ser utilizado para adaptar os leitos do Sorocabana para atender pacientes internados por outros motivos. Mas ter o Sorocabana de volta, com todo seu potencial, é algo que só será possível discutir quando o Governo do Estado e a Prefeitura entrarem em acordo sobre a transferência do imóvel, o que juridicamente permitirá os investimentos no local.

A boa notícia e talvez a mais esperada desse ano foi o início da vacinação, que começou no Reino Unido, assim como o anúncio da produção de vacinas pelo Instituto Butantan aqui em São Paulo. É triste ver que o clima político do país tenha gerado um questionamento sobre o trabalho desse centro de pesquisas biológicas que sempre foi referência em tudo que faz. A vacina que será produzida por eles é sim algo para confiar. Que venha logo.

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