Um recorte ainda invisível

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A violência contra as mulheres continua, infelizmente, sendo uma realidade cotidiana. Nesse mês do ‘Agosto Lilás’ em que também se marca os 16 anos da Lei Maria da Penha, é importante falarmos sobre a dupla vulnerabilidade que as mulheres com deficiência enfrentam. Primeiro por ser mulher no Brasil e segundo, por enfrentar diariamente barreiras para sua inclusão e acessibilidade.

A subnotificação, no caso da mulher com deficiência, segue ainda mais presente e velado, pois muitas vezes a vítima enfrenta impeditivos e barreiras comunicacionais e de mobilidade para fazer o registro dessa violência. Em 2021 tivemos mais de 6,9 mil boletins de ocorrência no estado registrados por pessoas com deficiência, destes 45% foram de mulheres.

É necessário romper com este silêncio e com as barreiras. Nesse sentido, criamos o programa TODAS in-Rede que apoia a mulher com deficiência neste ciclo de exclusão e de violência por meio da oferta de informações e orientações acessíveis e com a criação de uma rede virtual de comunicação. Levando em conta as mais de 1,9 milhão de mulheres com deficiência que vivem no estado, se torna essencial criar políticas públicas e ações para apoiá-las.

Levar informações, romper com o silêncio velado dando voz e vez às mulheres para que rompam com os ciclos de violência é uma tarefa de todos nós. Seguimos atentos.

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